domingo, 23 de março de 2014

PATRIARCAS NA TELINHA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Abraão (Abraham).
Produção estadunidense, italiana, alemã, checa e francesa de 1993.

Direção: Joseph Sargent.

Elenco: Richard Harris, Barbara Hershey, Maximillian Schell, Vittorio Gassman, Carolina Rossi, Gottfried John, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (TNT) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 6,0.  

Sinopse: Abrão (Harris) vive com sua esposa Sarai (Hershey), junto com seus irmãos e suas respectivas esposas, filhos e servos, no acampamento do seu pai Tera (Gassman). Abrão não é totalmente feliz, sempre se questionando o que quer da vida e também pelo fato de sua esposa ainda não ter concebido. Um belo dia, Abrão recebe a mensagem de um Deus que ele não conhece e que ninguém nunca havia ouvido falar, lhe revelando que deve deixar a casa de seu pai e partir rumo a terra prometida. Inicia-se uma jornada que ira torná-lo Abraão, pai de uma nação.

Comentários: Como a maioria dos personagens bíblicos, o primeiro dos patriarcas, o pai da fé para as três religiões monoteístas, já ganhou várias versões, sempre usando a tal da liberdade artística e poética. O pecado mortal deste telefilme é justamente abusar da tal liberdade, só que sem criatividade, mas com muito enchimento de linguiça, esticando exageradamente o filme (são três horas de duração) sem necessidade. Salva-se a excelente e competente atuação do saudoso Richard Harris (01/10/1930 - 25/10/2002) e as sequências bíblicas mais  conhecidas como a visita dos três anjos (descaradamente copiada e colada do filme A Bíblia, de John Huston, apenas diferenciando por usar três atores), a destruição de Sodoma e Gomorra (também quase uma cópia do clássico de Huston), a expulsão de Hagar e Ismael e a sempre emocionante sequência do sacrifício de Isaque. 


 
Como todos os filmes da coleção,
Abraão ganhou capa nova e um sub-título.

 
Filme completo na versão dublada.

Jacob (Jacob).
Produção estadunidense, italiana, alemã, checa, francesa e holandesa de 1994.

Direção: Peter Hall.

Elenco: Matthew Modine, Lara Flynn Boyle, Sean Bean, Joss Ackland, Irene Papas, Giancarlo Giannini, Juliet Aubrey, Christoph Waltz, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (TNT) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: Na terra de Canaã vive o filho de Abraão e Sara, Isaac (Ackland), com sua esposa Rebeca (Papas) e seus filhos gêmeos Esaú (Bean) e Jacó (Modine). Isaac tem preferência por Esaú e deseja que ele o suceda após a sua morte. Mas, Rebeca sabendo que Esaú não tem responsabilidade nenhuma com seu povo, prefere que Jacó suceda o patriarca. Quando percebe que Isaac está mais para lá do que para cá e está prestes a dar à bênção a Esaú, Rebeca arma e quem acaba recebendo a bênção é Jacó. Puto da vida, Esaú ameaça seu irmão, e Rebeca o envia para casa do seu irmão, o astuto Labão (Giannini). De cara, Jacó se apaixona por Raquel (Boyle)  e deseja casar com ela. Mas, Labão, ao perceber que tudo que Jacó toca prospera, se aproveita da paixão que tem pela filha e arma uma arapuca para que Jacó permanece em suas terras mais tempo do que precisa.

Comentários: Apesar de ter a metade de duração do filme sobre Abraão, a xaropada desnecessária e esticada permanece aqui, principalmente, a partir da sequência onde Jacó e comitiva vão embora da casa de Labão. Em compensação, não chega a tornar o filme enfadonho como o anterior, graças a citada curta duração. O filme tem um bom roteiro que tanto respeita a narração bíblica como também, mais uma vez, faz uso da boa e velha liberdade artística, mas, desta vez, não chegando a atrapalhar tanto o resultado final, mesmo com algumas sequências toscas e ridículas como a queda do jumento de um penhasco, onde se percebe claramente que trata-se de um boneco, o sinal ridículo e tosco que o casal Jacó e Rebeca combinam para se encontrarem e a patética luta de Jacó contra um anjo de Deus, fato que, por si só, na própria Bíblia, é uma situação patética. Em compensação, temos um bom elenco, com Modine se saindo bem como protagonista e com um Giancarlo Giannini roubando a cena com uma excelente atuação como Labão. Em síntese, os produtores aprenderam um pouquinho com o erro do filme do primeiro patriarca e melhoram bastante aqui, nos presenteando com bom filme bíblico. 


 
Capa nova do DVD. 

 
Filme completo na versão dublada.

José (Joseph).
Produção estadunidense, italiana e alemã de 1995.

Direção: Roger Young.

Elenco: Ben Kingsley, Paul Mercurio, Martin Landau, Lesley Ann Warren, Monica Bellucci, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (TNT) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 8,5.  

Sinopse: Vendido como escravo para Potifar (Kingsley), um manda-chuva poderoso do Faraó, o semita José (Mercurio) de cara chama atenção por ser desenrolado, bem acima da média dos outros escravos. Acusado injustamente de ter tentando dar uma com a esposa do seu patrão (Warren), José narra para ele sua história de vida, a fé que herdou do seu pai Jacó (Landau) e como seus irmãos, por o inveja, o venderam para um mercador. Na prisão, José recebe um dom de Deus de interpretar sonhos algo que o fará sair da merda e se tornar um todo-poderoso no Egito. Após a volta por cima, anos depois, inesperadamente, José recebe a visita de seus irmãos, que não o reconhece. A partir daí, sua cabeça e seus sentimentos são mexidos.

Comentários: Depois de um filme curtinho, os produtores resolveram investir em outro filme de longa duração que, como Abraão, foi exibido pela primeira vez na TV estadunidense em dois dias. Mas, ao contrário do filme do primeiro patriarca, desta vez a longa duração nem é tanto percebida, graças a um roteiro muito mais caprichado que torna a história muito mais interessante, apesar de manter a xaropada esticada de sempre, só que em dosagem melhor. Ainda no quesito roteiro, o filme perde pontos apenas pela tentativa forçada de dar um destaque desnecessário e exagerado ao personagem de Kingsley que na verdade é meramente coadjuvante e não tem muito o que fazer (na Bíblia, resume-se em alguns versículos, na narração da acusação da safada da mulher dele). Se dos patriarcas, José não tem tanto destaque como seus ascendentes nas religiões monoteístas, pelo menos levou vantagem em cima deles nos telefilmes desta coleção. 


 
Capinha nova do DVD.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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