Eterno Rocky Balboa estrela uma péssima adaptação dos quadrinhos que como ficção convence.
Uma das grandes estreias deste final de semana nos nossos cinemas, Dredd não é a primeira adaptação do herói futurista dos quadrinhos que prende, julga e aplica a setença. Em 1995, o brucutu Sylvester Stallone estrelou O Juiz, ao lado de coadjuvantes de peso como Armand Assante, Diane Lane, Rob Schneider e os veteranos Max Von Sydow e Jurgen Prochnow. O filme é considerado uma das piores adaptações dos quadrinhos da história do cinema, graças ao egocentrismo do astro que mexeu bastante no roteiro e deu trabalho ao diretor Danny Cannon, a ponto de declarar e está cumprindo até agora, a promessa de não trabalhar mais com um astro ou estrela hollywoodiana. A vaidade do astro, que com certeza não tinha familiaridade com a fonte original, os quadrinhos, foi o motivo deste filme ser um fiasco, refletindo numa péssima bilheteria. Uma das maiores merdas que o astro cometeu na sua carreira cheia de altos e baixos.
Stallone está péssimo, numa das piores atuações de sua carreira, como o herói futurista que é o melhor no que faz, ou seja, detonar a bandidagem. Porém, o cara é traído, julgado e condenado pelos seus superiores e condenado. À caminho da prisão, a nave que o transportava, junto com outros prisioneiros, é abatida e o herói luta pela sobrevivência, ao lado de Hermann (Schneider, um pouco perdido e sem graça, em segunda parceria com Stallone, com quem dividiu cena no fodástico O Demolidor), que ironicamente foi preso injustamente por Dredd. O herói fodão volta a mega-cidade onde atuava, a fim de tentar descobrir os responsáveis pela sacanagem que fizeram com ele e, obviamente, acertar as contas, contando com ajuda também da novata juíza Hershey (Diane Lane). Dredd acaba descobrindo que seu ex-parceiro Rico (Armand Assante), que tinha sido julgado por ele, e dado como morto, além de está vivinho da Silva, é o seu irmão
Como adaptação dos quadrinhos, é inegável que o filme é uma decepção total, destruindo todas as características do herói, que na sua fonte original, não tirava o capacete nem a pau, mas, que no filme usa todo o uniforme em pouco mais de dez minutos. O ótimo elenco faz o que pode, tentando tirar leite de pedra de um roteiro tão regular. Mas, em compensação, como ficção, até que o filme não chega a ser essa merda total que tanto falam por aí (e até compreensível, já que trata-se de uma adaptação), já que O Juiz tem ação na medida certa e efeitos especiais razoáveis. E por esse ponto de vista, e tão somente por este, é que este blogueiro até que curte o filme e lhe dá a nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Cartaz original do fiasco O Juiz.
Apenas nele e em pouco mais de dez minutos de filme
que o herói está devidamente caracterizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário