terça-feira, 24 de abril de 2012

TÃO FRACO E TÃO LONGE DO OSCAR.

Filmes.
Tão fraco e tão longe do Oscar.

A cerimônia do Oscar já ocorre há meses, mas este blogueiro ainda está na maratona com os filmes indicados a principal categoria (em comparação ao ano passado, até que esta maratona está sendo rápida demais, Agora, só faltam dois indicados, ambos estrelados por Brad Pitt). Na noite de domingo foi a vez de conferir  na tela do Cine SESI, o drama Tão Forte e Tão Perto, dirigido pelo xodó dos membros da Academia Stephen Daldry (este é o seu quarto filme e os três anteriores, Billy Elliot, As Horas e O Leitor, também foram indicados), estrelado pelo estreante Thomas Horn, lardeado por grandes atores veteranos, coadjuvantes de luxo Tom Hanks, Sandra Bullock, Max Von Sydow, John Goodman e Viola Davis. De forma bem convicente, o talentoso Horn interpreta Oskar Schell, um garoto com dificuldades em convivências e com várias fobias, muito apegado ao seu pai, Thomas (Hanks), que de forma criativa, inventa "excurções" por Nova Iorque, para que o garoto tenha contato com outras pessoas. Mas, o mundo do problemático garoto cai, quando seu pai morre no atentado ao World Trade Center, no fatídico 11 de setembro. Isolado dentro de casa, um ano depois, vasculhando as coisas de seu pai, Oskar acha acidentalmente um pequeno envelope com uma chave dentro, e passa acreditar que esta seja o último, embarcando em mais uma excursão pelas ruas de Nova Iorque.

A lista de indicados deste ano estava boa demais para ser verdade. Estava faltando aquele típico filme que eu chamo de "Bunda", que agrada tanto os mais intelectuais e, principalmente, aos membros da Academia. Tão Forte e Tão Perto é o filme bunda dos indicados deste ano, um dramalhão meloso e tedioso, que tinha uma premissa interessante, mas, se perde na mediocridade e no tempo exagerado. E o estrago só não é pior e mais doloroso para os espectadores, graças a um elenco afiadíssimo, principalmente o novato Thomas Horn que consegue a proeza de ofuscar os veteranos do elenco. Injustamente, o pirralho não foi indicado como Melhor Ator. Mas, os coadjuvantes de luxo não ficam atrás e também nos brindam com ótimas atuações, principalmente Bullock e Von Syndow (este indicado a Melhor Ator Coadjuvante). Em síntese, um filme fraco, que sequer deveria ser indicado, que faz jus a longa lista de filmes assim, que agradam aos toscos membros da Academia. O primeiro e até agora o mais fraco da impressionante excepcional lista de indicados deste ano (incrível que até este é superior aos piores indicados do ano passado) Nota 4,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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