Filmes.
Ficções científicas, campeães de bilheterias, em dose tripla na telinha.
Nesta semana tive o prazer de assistir no conforto do meu lar três filmes de ficção científica, todos campeões de bilheterias (destes, por incrível que pareça, dois até então inéditos para mim) e que foram exibidos em emissoras fechadas. O primeiro foi o indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Filme, Distrito 9, exibido no Max HD, a partir das 20 horas da última terça-feira. O filme tem uma premissa interessante. Em 1982, uma nave pifa, forçando seus ocupantes extra-terrestres a descerem, e fica pairando no ar nos céus de Joanesburgo até os dias de hoje. Os visitantes vivem confirnados num gueto, em condições sub-humanas (no caso sub-extraterrenas. rsss...), tratados como paira pelos humanos. Uma organização governamental nada amistosa, resolve despechá-los para outra área, ainda mais decadente e longe dos humanos. É quando um dos seus funcionários, Wikus (interpretado de forma convicente por Sharlto Cooper), que está à frente da operação bota-fora, é acidentalmente contaminado por um fluído alienígena e passa lentamente a se transformar num alien. Agora, perseguido pela organização que tanto defendia com unhas e dentes (algo que, aliás, o carinha vai perdendo logo de cara), que deseja discercá-lo pedacinho por pedacinho, o Mané sofrerá na pele tudo que os aliens passam, mas contará com a ajuda do alien Christopher. Na época do seu lançamento, muito foi comentado sobre este filme que tem uma premissa interessante já que trata de assuntos sérios da vida real (preconceitos, interesses econômicos acima da vida humana, etc.), mas, que, particularmente não me agradou tanto. A primeira metade é um pouco chata e tediosa, e só começa a ficar interessante quando Wikus é contaminado e passa a ser perseguido. Produzido pelo mestre Peter Jackson, no geral, Distrito 9 é um filme razoável, com um roteiro inteligente, que consegue nos levar a algumas reflexões, mas, que também não é esta coisa toda, a ponto de ser indicado como Melhor Filme. Com certeza, não foi a toa que saiu da cerimônia do Oscar de mãos abanando. Mas, é inegável que o filme tem seus méritos, portanto, merece ser conferido. Nota 6,0.
Ainda na terça, por volta das 22:50, foi a vez de finalmente assistir Star Trek, reinvenção ousadíssima da cultuada série, Eexibida no Canal Fox. Particularmente, não sou um fã da clássica série e até acho chatinha e tediosa tanto ela, quanto os filmes e seus derivados. Acho que por isso que gostei tanto desta nova versão, dirigida por J.J. Abrams. A trama é interessante e mostra, numa nova roupagem, como os célebres intergrantes da nave U.S.S. Enterprise, ainda jovem se conheceram: Kirk (no original, vivido por William Staner e aqui por Chris Pine), é um jovem rebelde e esquentadinho, que baterá de frente com o cerebral vulcano Spork (no original vivido por Leonardo Nimoy, único do elenco original a dar às caras nesta nova versão, e agora é vivido por Zachary Quinto). Junto com os outros tribulantes, vão viver suas primeiras e novas aventuras, enfrentando o vilão da vez, Nero (Eric Bana, irreconhecível, numa perfeita maquiagem), que viajou no tempo, em busca de vingança contra Spork, mudando totalmente todo universo da série tão cultuada por milhões. Aposto que a ousadia criativa de J.J. Abrams pode até ter desagradado aos mais fanáticos dos fãs, mas, o fato é que somos presenteados com um excelente filme de ficção, bem ao estilo Star Wars, que diverte e empolga. Com certeza o intuito com esta nova roupagem, atrair mais fãs apaixonados. O resultado, na minha opinião, é bastante satisfatório e, em momento nenhum, ofende a concepção original do universo trekiano, já que a forma criativa de inovar a franquia (no caso, a viagem no tempo para mudar os acontecimentos), não ignora, muito menos ofende a gênese da série. Em síntese, um filmaço de primeira, que nos deixa ansiosos para a nova aventura, prevista para chegar às telonas no próximo ano. Nota 9,0.
Falando em clássico, de ontem para hoje, tiver a grata surpresa de rever no canal Liv, o filmaço O Vingador do Futuro, clássico dos anos 90, dirigido pelo criativo Paul Venhoven e estrelado por Arnold Schwarzenegger, no auge de sua carreira e forma física. Com um enredo bastante interessante, baseado num conto de Phillip K. Dick (o mesmo autor de Blade Runner), o filme se passa em 2084, onde o pacato cidadão Douglas Quaid (Schwarzenegger), com uma esposa gostosa (Sharon Stone, antes do estouro com Instinto Selvagem, também de Venhoven), vem tendo pesadelos frequentes com Marte, mesmo aparentemente nunca ter visitado o planeta vermelho. Obsecado, o cara resolve procurar uma agência de mental, onde os caras implantam memórias de fatos que nunca foi vivenciado. Mas, no processo é descoberto que o cara teve suas memórias reais deletadas e que os tais sonhos, são na verdade fragmentos de fatos reais, vividos por ele. Perseguido, Quaid vai até Marte em busca de saber quem é de fato. Filmaço de primeira que não somente é um dos melhores filmes do brucutu austríaco, como também um dos melhores do gênero, que até nos faz ignorar as toscas bizarrices apresentadas no decorrer da trama como Arnoldão pagando um micaço com uma toalha na cabeça como turbante, prostituta com três tetas, outra anã, um alien com uma vagina deformada no meio da testa e um oráculo com a mistura da cara do Chucky da franquia Brinquedo Assassino e Dom Coneone de O Poderoso Chefão, que vive na barriga de um carinha. Nem mesmo assisti-lo dublado (se ao menos fosse na dublagem original, quando o filme foi exibido na Globo e no SBT) tira o prazer de rever um filme tão envolvente e empolgante. Creio que, dificilmente, o remake dirigido por Len Wiseman e estrelado por Colin Farrell, irá superar um filmaço tão bom. Nota 10,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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