Filmes.
Filmaço eletrizante com Will Smith na madrugada da Globo.
Existe uma diferença sutil entre os irmãos Ridley e Tony Scott. Enquanto que o primeiro nos oferece uma filmografia, digamos, um pouquinho mais séria, incluindo várias obras primas inesquecíveis (Alien: O 8º Passageiro, Blade Runner - O Caçador de Andróides, A Lenda, Thelma & Louise, Gladiador, Falcão Negro em Perigo, entre outros) , seu irmão mais novo é mais pop, nos presenteando como filmaços eletrizantes, com visual, ritmo e estilo de videoclipe (Top Gun - Ases Indomáveis, Um Tira da Pesada 2, O Último Boy Scout, Chamas da Vingança, O Sequestro do Metrô 1 2 3, entre outros). O thrilley de ação Inimigo do Estado, estrelado por Will Smith e Gene Hackman, e que foi exibido na madrugada de segunda para terça na sessão Corujão da Rede Globo, não foge a regra de do mais novo dos Scott, e tem um ritmo alucinante e frenético, mesmo tratando de um tema um pouco mais sério e bastante interessante: os limites (ou ausência destes) que o Estado tem de invadir a privacidade dos seus cidadões, em nome da paranóia disfarçada de segurança nacional.
Para o congressista Phillip Hammersly (Jason Robards, em rápida aparição na sequência inicial do filme), o Estado jamais deve invadir a privacidade dos seus cidadões. O maquiavélico Thomas Brian Reynolds (Jon Voight. ótimo) chefão de uma organização governamental que quer mais é promover este Big Brother da vida real, e seus capangas, resolvem convencer o parlamentar do contrário, mas como o mesmo não muda de ideia, acabam eliminando o cara. Eles não contavam que o ato estaria sido filmado. O vídeo acaba indo parar na sacola de compras do advogado Robert Clayton Dean (Smith, convicente), que a partir de então passa a ser perseguido pelos bandiões governamentais e ver sua vida virar pelo averso, mas contará com a ajuda do misterioso Brill (Hackman) para sair desta roubada que se meteu acidentalmente.
Com um ritmo frenético e um roteiro muito bem escrito, repleto de reviravoltas, Inimigo do Estado é um filmaço eletrizante, que prende a atenção e empolga do começo ao fim. As atuações de um elenco afiadíssimo são os outros destaques do filme que, além dos citados atores no parágrafo anterior, ainda conta com participações curiosas de Gabriel Byrne, Jason Lee, Seth Green, Tom Sizemore, Regina King e Jack Black. Em síntese, um filmaço nota 10,0 que, infelizmente, além de ser dublado, foi exibido num péssimo horário. Um empolgante thrilley de ação que merece ser descoberto, visto e revisto.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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