Filmes.
Clássicos da América Vídeo: As Minas do Rei Salomão.
E falando em aventura a la Spielberg como não lembrar da versão made in Cannon de 1985, para o clássico da literatura que por quarto vezes (esta é a terceira), As Minas do Rei Salomão, dirigida por J. Lee Thompson (que dirigiu nove filmes estrelados pelo saudoso Charles Bronson e também a divertídissima aventura, já comentada por este blogueiro, Os Aventureiros do Fogo, com Chuck Norris e Louis Gossett Jr.), tendo Richard Chamberlain como o mítico aventureiro Allan Quartemain e uma linda jovem atriz em início de carreira chamada Sharon Stone. Claramente inspirada nas duas aventuras de Indiana Jones lançadas até então, a trama do filme é bastante simples e divertida, colocando o aventureiro caçador de tesouros sendo convencido pela impulsiva Jesse Huston (Stone) a ir até a África, para resgatar o pai dela, sequestrado por um tosco e figuraça comandante nazista (Herbert Lom, hilário) e seu aliado, mais tosco ainda, o seboso Dorgatti (John Rhys-Davies, que atuou em Os Caçadores da Arca Perdida e, posteriormente, em Indiana Jones e a Última Cruzada e na trilogia O Senhor dos Anéis) . O trio de aventureiros, que além do casal, conta também com o figuraça nativo Umbopo (Ken Gampu), se mete nas brenhas africanas enfrentando uma série de perigos, não somente para resgatar o velhote, mas, principalmente, numa corrida contra os vilões rumo às míticas minas do rei Salomão.
Sou suspeito para falar deste sub-Indiana Jones, já que tenho um carinho afetivo em especial por ele, por ser o primeiro filme que assistir no jurássico e extinto videocassete. Sentimentos afetivos deixados de lado, o fato é que As Minas do Rei Salomão é uma aventura divertídissima e figura tanto como uma das melhores versões do clássico escrito por H. Rider Haggard em 1885, como também entre os melhores genéricos de Indiana Jones, mesmo com aparente limitações orçamentárias, características do filmes da saudosa produção oitentista e um nível de canastrice do elenco elevado. Chamberlain e Stone formam um casal divertidísimo e carismático, graças a química legal entre eles. Curiosamente, a dupla voltou aos personagens um ano depois, na decepcionante e tosca continuação Allan Quartemain e a Cidade do Ouro Perdido, filmada coladinha com o filme original, e que comentarei em outra ocasião.
Em síntese, As Minas do Rei Salomão é uma aventura divertida mesmo pegando carona no sucesso dos primeiros clássicos memoráveis estrelados por Indiana Jones e distorcendo sua fonte original (a trama do livro se passa em 1880, enquanto que a do filme, que se passa na Segunda Guerra Mundial, uma cagada e cuspida imitação do memorável Os Caçadores da Arca Perdida). Um clássico dos saudosos e memoráveis tempos da Sessão da Tarde, que é mais um que aumenta a lista de bons filmes oitentistas, que andam sumidos da programação das emissoras televisivas, abertas e por assinaturas. Diversão garantida para a toda família, que recebe deste blogueiro saudosista a nota 9,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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