quinta-feira, 17 de março de 2016

VINGANÇA TUPINIQUIM.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

Mundo Cão.
Produção brasileira de 2014.

Direção: Marcos Jorge.

Elenco: Babu Santana, Adriana Esteves, Lázaro Ramos, Milhem Cortaz, Paulinho Serra, Antonio Ravam, Thainá Duarte, Vini Carvalho, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 17 de março de 2016.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: A trama se passa em 2007. Antônio Santana (Santana) é um cara esforçado, que rala bastante no trampo no centro de zoonose. Num dia rotineiro, ele e seu colega (Serra) pegam um cachorrão. Seguindo a regra vigente na época, após três dias no local, o cachorrão é sacrificado. Só que Paulinho (Ramos), dono do cão, aparece e, obviamente, fica puto com o ocorrido. A partir daí, Paulinho passa a tocar o terror na vida de Santana e de sua família.

Comentários: Como sempre digo, quando o nosso cinema nacional sai da mesmice das comédias abestalhadas e descerebradas, e investe em outro gênero, a iniciativa é muito bem-vinda. Afinal, é inegável que em todas as áreas artísticas, temos profissionais talentos para dar e vender. Uma pena que iniciativas assim não desperta o interesse da maioria do público que prefere as tais citadas comédias (na sessão que acabei de assistir, éramos eu e mais seis pessoas). Vai ver que por isso que os primeiros minutos do trailer o filme aparentava ser mais uma comédia, até mostrar que não era e me deixar empolgado para ver. Afinal, sou da minoria que não perde tempo e, tão logo chegue um filme nacional fora do gênero modinha sem fim, corro logo para o cinema. Sob a batuta do mesmo diretor do elogiadíssimo e bajuladíssimo Estômago, que ainda não assistir (convenhamos, o título não é nada atrativo), Mundo Cão é um filme com uma premissa interessantíssima, apesar de nem um pouco original (afinal, o tema vingança é trabalhado a exaustão desde dos primórdios da sétima arte), um enredo envolvente e empolgante, com grandes atuações, principalmente de Babu Santana e Lázaro Ramos, que simplesmente arrebentam, e protagonizam um dos duelos psicológicos mais fodásticos do nosso cinema. O problema é que o roteiro tem mais furos do que peneira, que torna a história em alguns momentos absurda e patética. Outro problema é não se definir qual gênero, fazendo uma mistureba entre suspense, ação, policial e comédia. Esse erro é até perdoável, e não prejudica o filme, até tornando-o mais interessante, assim como o primeiro erro citado que, mesmo imperdoável, também não atrapalha, já que o resultado final é satisfatório. Que mais iniciativas como essa sejam concretizadas. O nosso cinema nacional agradece.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


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