"Meu nome é Bond, James Bond". Por cinquenta e três anos o agente secreto mais conhecido da sétima arte vem cumprindo muito bem as missões que lhe são dadas. Nesse tempo estrearam e encerraram-se franquias mas o fato é que o agente 007, que está no seu vigésimo quarto filme, vem se mantendo firme e forte nas telonas, levando gerações de fãs ao delírio e conquistando novos adeptos a cada novo filme. Com uma filmografia invejável desse nível, daria para fazemos diversos Top 10, que com certeza iremos fazer em outras ocasiões. Por hora, vamos começar listando os filmes favoritos desse blogueiro. Não estranhe, nem pegue ar com a ausência dos cultuadíssimos Moscou Contra 007 e 007 Contra Goldfinger e a presença de outros filmes malhadíssimos tanto pela crítica quanto pelos fãs, pois, como acabei de afirmar, aqui é uma lista de preferência pessoal. Então, ao invés de me xingar, sugiro que elabore sua própria lista e, se possível e querendo, a poste no seu comentário, afinal, sua opinião é sempre bem-vinda em nosso blog. Enfim, antes que outro vilão megalomaníaco ou uma obscura organização inventem de querer dominar o mundo, obrigando nosso agente fodão a entrar em serviço, vamos ao nosso Top 10.
Começamos nossa lista polemizando com o único filme estrelado pelo esquecível George Lazenby, que no desempate desbancou Sean Connery (007 Contra o Satânico Dr. No e Com 007 Só se Vive Duas vezes) e Timothy Dalton (007 - Marcado para a Morte), dois grandes atores que deram vida a Bond. O filme tem suas qualidades, como o interessantíssimo roteiro que coloca Bond apaixonando e casando-se, e ainda a ilustre presença do saudoso e eterno Kojak, Telly Savallas, como o vilão Blofeld. Se tivesse sido estrelado por Sean Connery tinha tudo para está no pódio da nossa lista, mas, deu azar de ser estrelado pelo canastrão australiano que, por incrível que pareça, para alguns fãs foi o melhor ator a dá vida devido a ter sido mais fiel a essência do personagem nos livros de Ian Fleming. Polêmicas e opiniões à parte, o fato é que o filme é ótimo, com ingredientes suficientes para perdoarmos o protagonista, a piadinha infame de péssimo gosto no começo do filme, o babado tosco na blusa do Bond e ele trajar em algumas sequências um kilt (saiote escocês), garantindo que a nossa lista seja democrática com a presença de todos os atores que deram vida a Bond.
Sem sombra de dúvida os quatro primeiros filmes de 007 estão entre os mais cultuados pelos fãs, tanto pela presença do mítico Sean Connery, para maioria, até hoje, o melhor Bond de todos, como por serem considerados os melhores filmes da franquia. Particularmente gosto do quarto filme, o único da franquia a ganhar um remake, o que não é mérito nenhum, já que o mesmo é o horrível Nunca Mais, Outra Vez (título mais profético, impossível), com Connery voltando extra-oficialmente ao personagem de forma constrangedora e patética. Ignoremos essa vergonhosa refilmagem como também a situação mais constrangedora e vexatória que o agente fodão se mete num filme oficial da franquia. Indiscutivelmente um dos melhores filmes da franquia, um dos melhores estrelados por Connery.
Estreia em grande estilo daquele que para mim, até agora, é o melhor Bond de todos os tempos, apesar de ter assumido o personagem bem tardio e estrelar alguns dos piores filmes da franquia. Roger Moore está perfeito como o agente, no filme que deixa de lado os vilões tradicionais da época (leia-se soviéticos e megalomaníacos da SPECTRE), numa trama com um certo ar de ocultismo. A presença de Jayne Seymour estreando nas telonas como uma das mais linda bond girl de todos os tempos e a inesquecível e deliciosa clássica canção-tema cantada por Paul McCartney são a cereja do bolo deste divertidíssimo filme.
Assim como Roger Moore, Pierce Brosnan assumiu Bond um pouco tardiamente (coincidentemente, devido a também está envolvido com um seriado televisivo), já que estava cotadíssimo para substitui-lo em 1987, mas, acabou dando a chance para o ator shakespeariano Timothy Dalton estrelar dois filmaços da franquia. Mesmo assim, inegavelmente, Brosnan deixou sua marca na franquia ao personificar um Bond mais brucutu, estilo que Daniel Craig consolidou, atraindo fãs da nova geração. Em seu segundo filme no personagem, Brosnan está em plena forma para as cenas de ação, bem a vontade no personagem, e ainda conta com duas bond girls ímpares: a eterna Lois Lane do horrível seriado Lois e Clark, a lindíssima Teri Hatcher, e a estrela das artes marciais Michelle Yeoh, simplesmente, a bond girl mais durona e realmente talentosa em sequências de lutas que a franquia teve até hoje.
Por mais que eu tenha queimado neurônios para utilizar critérios para desempatar alguns filmes da franquia (seis filmes, simplesmente, têm a mesma nota dada por nós, o que me fez quebrar a cabeça para descartar metade destes da nossa lista), um empate foi inevitável, justamente entre os filmes que são as despedidas dos dois últimos Bond (isso se Daniel Craig não voltar atrás e encarar mais um filme). A despedida de Brosnan foi justamente no ano que o personagem comemorava quarenta anos nas telonas, o que acabou recheando o filme com diversas homenagens descaradas aos vários filmes da franquia. Nostálgico mas sem deixar de ser atual, da mesma forma que o último filme da franquia, atualmente em cartaz, que resgata o bom e velho Bond, sem deixar cair o pique da ação frenética dos filmes da nova geração, méritos suficiente para de cara, merecidamente, o novo filme garantir presença cativa em nossa lista.
Com o fim da Guerra Fria, parecia que estava decretada o fim do espião no cinema. Então, os caras tiveram que tentar reinventar o personagem, sem perder a essência. Então, no segundo e último filme estrelado pelo talentoso Timothy Dalton, resolveram colocar Bond não somente chutando o pau da barraca, pedindo demissão do M-16 e partindo para a vingança pessoal, mas, também enfrentando um vilão bem mais real do que o costume. ou seja, um mega-traficante de drogas. O tiro poderia ter saído pela culatra, mas, o fato é que o resultado surpreendeu, sendo um dos melhores filmes da franquia, o primeiro a priorizar a ação frenética, abrindo portas para Brosnan e Craig, inaugurarem e firmarem o estilo Bond brucutu. Destaque para as presenças das lindíssimas Talisa Soto e Carey Lowell, simplesmente, duas das mais lindas bond girls de toda franquia, e do feioso mas talentoso, Benício Del Toro, em começo de carreira, roubando a cena como um jovem e durão guarda-costas do vilão, interpretado pelo brigadeiro de festa da época, Robert Davi.
Não é a toa que Daniel Craig está de volta a nossa lista. Dos quatro filmes que ele estrelou como Bond, só 007 - Quantum of Solace deixa muito a desejar. Em sua estreia no personagem, mesmo não me convencendo como Bond (sinceramente, só conseguiu me convencer no penúltimo filme), o cara simplesmente deu sorte de estrelar um filmaço fodástico, com um roteiro muito bem elaborado que prende a nossa atenção do começo a fim, uma bond girl estupidamente linda (Eva Green) e um vilão muito bem interpretado pelo ótimo Madds Mikkelsen. Sem mais nada a declarar, afinal, indiscutivelmente, é um dos melhores filmes da franquia com todos os méritos.
Com certeza, a presença mais questionável e controvérsia da nossa lista. Afinal, estamos falando de um filme que tem um Bond Matusalém, sem pique para as cenas de ação, com cara de maracujá guardado no fundo da gaveta. Não nego, uma despedida melancólica e até constrangedora daquele que, para mim, é o melhor Bond de todos os tempos. Então, porque a presença na lista e ainda por cima garantindo o bronze? Antes que me xingue, deixa pelo menos expor os meus motivos: o filme tem um ótimo roteiro, um vilão interpretado pelo talentoso brigadeiro de festa Christopher Walker, a bond girl mais estranha e exótica da franquia, Grace Jones, eletrizantes sequências de ação, a estreia nas telonas numa micro-ponta do brucutu grandalhão Dolph Lundgren e a canção-tema mais pop e fodástica da franquia, cantada pelo Duran Duran. Se isso não te convenceu, então, recorro ao ditado popular: "gosto não se discute". O trintão filme de Bond garante o nosso bronze e fim de papo.
Uma opinião em comum tanto entre os fãs de Bond como também entre a crítica é que este clássico setentista é o melhor filme estrelado por Moore. Também não poderia ser diferente, afinal, é um filmaço com um excelente roteiro, uma química perfeita entre o Bond e a bond girl interpretada pela estupidamente linda Barbara Bach, e um dos mais inesquecível vilão da franquia, o figuraça Jaws, interpretado pelo saudoso Richard Kiel, que voltou no filme seguinte, o decepcionante 007 Contra o Foguete da Morte, único filme da franquia que tem sequências passadas no Brasil. De quebra, ainda tem a melosa mas inesquecível canção-tema interpretada por Carly Simon. Enfim, não é a toa que o filme reinou absoluto por trinta e cinco anos como o melhor da franquia pois méritos para isso tem de sobra.
Trinta e cinco anos de reinado de O Espião Que Me Amava acabou com uma surpresa e tanto, justamente no ano que a franquia completava cinquenta anos. Depois de uma ótima estreia e um decepcionante filme, não se esperava grande coisa do terceiro filme de Craig como Bond, mesmo com a ilustre presença na batuta do oscarizado diretor Sam Mendes. Mas, Operação Skyfall foi muito além do imaginado por qualquer ser humano e o resultado é simplesmente um filmaço excepcional, sem sombra de dúvida, o mais ousado da franquia em todos os sentidos, com Craig finalmente me convencendo como Bond, e o talentoso Javier Bardem roubando a cena como um dos vilões mais inesquecíveis da franquia. Nem mesmo a sofrível canção-tema interpretada pela Adele tira o brilho deste filmaço que, sem sombra de dúvida, o melhor da franquia, e que dificilmente será superado. Pelo menos nos próximos trinta e cinco anos.
Antes de terminar, quero dizer que além de estrelar este Top 10, o agente secreto mais conhecido de toda humanidade também irá inaugurar a novíssima seção do nosso blog: Filmografia. Como o nome já diz, sempre que pudermos, iremos postar a lista completa de produções de uma franquia e de um astro. E o nosso 007 irá abrir com chave de ouro, já na próxima postagem. Confira!
Antes de terminar, quero dizer que além de estrelar este Top 10, o agente secreto mais conhecido de toda humanidade também irá inaugurar a novíssima seção do nosso blog: Filmografia. Como o nome já diz, sempre que pudermos, iremos postar a lista completa de produções de uma franquia e de um astro. E o nosso 007 irá abrir com chave de ouro, já na próxima postagem. Confira!
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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