sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ATUAÇÕES CORAJOSAS EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Boa Sorte.
Produção brasileira de 2014.

Direção: Carolina Jabor.

Elenco: Deborah Secco, João Pedro Zappa, Cássia Kis Magro, Fernanda Montenegro, Pablo Sanábio, Felipe Camargo, Gisele Fróes, Enrique Díaz, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: João (Zappa) é um adolescente problemático que é internado numa clínica psiquiátrica, pelos seus pais (Camargo e Fróes). No local, seu comportamento só piora, vivendo voluntariamente recluso. Até que ele conhece Judite (Secco), uma dependente química que já usou de tudo, que tem HIV e está nas últimas. Os dois iniciam uma amizade, e depois, engatam um romance que irá marcar para sempre suas vidas, o que motiva João a prolongar sua estadia no local, para ficar perto da amada.

Comentários: Ao mesmo tempo veículo para o estrelato, as novelas da poderosa Rede Globo, na maioria das vezes, não apenas desperdiça os talentos do seu inegável espetacular elenco de grandes atores, como também ainda cria esteriótipos para alguns. Ainda bem que existem outros veículos para que estes deitem e rolem com seu talento. É o caso, por exemplo, de Deborah Secco que, se nas telinhas é desperdiçada com o mesmo tipo de personagem, na telona, procura projetos mais ousados, que exijam muito mais do que seu rostinho lindo. No caso de Boa Sorte, filme de estreia da filha do cineasta e metido a sabichão pseudo-intelectual Arnaldo Jabor, a atriz despe não somente a roupa, mas, também de toda vaidade, chegando a ficar magérrima para dar vida a uma personagem com altíssima carga dramática, bastante diferente das mocinhas abestalhadas e melosas que geralmente interpreta na telinha. Aproveitando-se de um bom roteiro, a atriz dar um show de atuação, contagiando seu colega de cena, o novato João Pedro Zappa  que, ressalvadas as devidas proporções, também não faz feio. Apesar de ser um drama pesadão e melancólico,o resultado final é um bom filme nacional que merece ser conferido. 




Saint-Laurent (Sain-Laurent).
Produção francesa de 2014.

Direção: Bertrand Bonello.

Elenco: Gaspard Ulliel, Jéremié Renier, Léa Seydoux, Louis Garrell, Amira Casar, Helmut Berger, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 2,0.  

Sinopse: Cinebiografia do estilista francês Yvês Saint Laurent (Uliel). A trama se passa entre 1967 e 1976, período do auge criativo do estilista, mas, também época em que ele mergulhou na putaria pederasta e nas drogas, atitudes destrutivas que por pouco não destruíram sua carreira e o império construído que vingou até hoje. 

Comentários: 2014 está sendo o ano das cinebiografias. Pipocaram um monte, não somente produzidas por aqui, mas, também lá fora. Só o polêmico estilista argeliano Yves Saint-Laurent (01/08/1936 - 01/06/2008) ganhou duas cinebiografias somente este ano. Não assistir a primeira, mas, sobre esta que acaba de ser lançada por aqui, posso dizer que é um filme chato pra caralho, arrastado, entendiante, que exagera na dose de ousadia, jogando na cara do espectador algumas picas, o que acaba sendo além de deselegante, irritante para quem não dar marcha-ré no quibe como o finado estilista. Além disso, abusa em detalhes técnicos que só para os que entendem o descartável e inútil mundo da moda, torna o filme ainda mais sonífero. Se o filme é essa merda toda, por quê estou dando uma cotação e nota que não condizem com tanto xingamento? Pelo simples fato do show de atuação de Gaspard Uliel, mais conhecido por aqui por ter feito o jovem Hannibal Lecter no lixo Hannibal - A Origem do Mal. Numa atuação corajosa, o cara simplesmente se joga no personagem, dando um show de interpretação. É justamente essa atuação que ameniza um pouquinho de nada as absurdas duas horas e meia de tortura francesa entediante.  


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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