Mais uma da série: Grande elenco, filme ruim.
Recuperado do trauma de assistir Sex and the City 2, retornei a minha maratona, assistindo a comédia romântica Idas e Vindas do Amor, do mesmo diretor do sucesso Uma Linda Mulher, conduzindo um elenco cheio de estrelas hollywoodianas, (o que não quer dizer que nem todos são bons atores e atrizes), que inevitávelmente, foi indicado a quatro categorias do Framboesa, todos relacionadas a interpretações.
Quando alguns meses atrás vi no Cine Maceió o cartaz deste filme, lotado de estrela, veio em mente a frase do Capitão Nascimento, ao ser informado da Operação do Papa, no primeiro Tropa de Elite: "Vai dar merda!" E não falei por simplesmente não ser muito fã de comédia romântica, mas pelo fato que geralmente, os filmes que reúnem um imenso elenco de estrelas, simplesmente são péssimos. Basta citar o péssimo e entediante Simplesmente Amor, que inclusive contou com o nosso Rodrigo Santoro, desperdiçando totalmente o seu talento.
Idas e Vindas do Amor lembra muito aquele péssimo filme, só que um pouco melhorzinho. Se a trama daquele passa-se durante o natal, neste filme, se passa no dia dos namorados norte-americano, onde várias tramas paralelas, todas apáticas e sem profundidade já por tentar encaixar a participação de todos os envolvidos em tão pouco tempo, vão se desenrolando.
O filme cai na mesma armadilha de boa parte dos filmes que reúne um elenco grande de estrelas: acaba super-valorizando alguns e desperdiçando totalmente o talento de outros. Neste caso, são valorizados os personagens do esforçado Ashton Kutcher e os péssimos Jenifer Garner, Anne Hathaway e Topher Grace, grandes atores como Jamie Foxx, Kathy Bates, Shirley Maclaine, Hector Elizondo, a impagável Queen Latifah e a esforçada Jéssica Alba, estão totalmente perdidos. Nem mesmo a musa do diretor Julia Roberts (num ano sem dúvida não foi o dela) escapa. Muito menos o galã teen Taylor Lautner nitidamente sem ter o que fazer com o fraco personagem, estando no elenco apenas para atrair as suas numerosas fãs.
O filme não é totalmente ruim, entrando na categoria "dar para assistir", mas em nenhum momento consegue empolgar, nem fazer rir ou emocionar, defeitos que para uma comédia romântica são fatais. O que atrai a nossa atenção até o final é o simples fato de acontecerem várias tramas paralelas. Mas só isso, já que as mesmas são fracas, ligeiras e sem profundidades.
Sobre as indicações ao Framboesa, apenas acho que foram equivocadas. Os quatro indicados não são os melhores atores do filmes, mas também não são os piores. Lautner e Alba, aliás, tem participações tão curtíssimas que sequer podemos indicá-los pelas péssimas interpretações. Na minha opinião, quem merecia ser indicados são as péssimas Jennifer Garner, Anne Hataway e Topher Grace, como também o roteiro, que desperdiçou grandes atores e favoreceu os péssimos.
Em síntese, Idas e Vindas de amor é um filme que vale apenas por ver no mesmo elenco astros e estrelas hollywoodianos, como também pela mórbida curiosidade de ver bons atores pagando um micaço, com personagens inferiores aos seus respectivos talentos.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo, ainda tendo que encarar mais cinco candidatos ao Framboesa.
Decepção das fãs do Jacob da série modinha Crepúsculo: O urso de pelúcia aparece mais que o galã teen Lautner. |
Jessica Alba e Ashton Kutcher, dois dos indicados ao Framboesa. Tinha gente pior do que eles no elenco. |
Júlia Roberts, no cenário de boas partes das suas cenas em Idas e Vindas do Amor. Viagens em 2010 não fizeram bem a eterna linda mulher. |
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