De tempos em tempos, Hollywood nos surpreende com um filme estrelado por um grande astro e que nos leva a refletir sobre a nossa própria fé, sem necessariamente ser um filme religioso, sem blá, blá, blá, muito menos citações exageradas de versículos bíblicos. Este é o caso de O Livro de Eli, ficção estrelada pelo grande ator Denzel Washington, também um dos produtores do filme, e que traz no elenco o sempre ótimo Gary Oldman.
A trama se passa num futuro pós-apocalíptico, onde num Estados Unidos destruído por um guerra nuclear, Eli, interpretado magistralmente por Denzel Washington, peregrina solitariamente. Ele sabe que tem uma missão, que nem ele mesmo entende de levar um único exemplar de um Livro ao Oeste.
Sem querer estragar a supresa, mas este Livro é o último exemplar da Bíblia, que também é cobiçado por Carnegie, interpretado brilhantemente pelo também excelente ator Gary Oldman, que sempre é escalado para fazer vilões. Ao contrário de Eli, cuja a motivação é fazer o Livro ser difundido e assim, levar esperança a humanidade, Carnegie ambiciona utilizá-Lo para dominar o mundo pós-guerra.
O roteiro do filme é envolvente, prendendo a nossa atenção do começo ao fim, repleto de reviravoltas, nos supreendendo quando menos esperamos. Em contra partida, o filme pode decepcionar um pouco quem curte muita ação, ao estilo Mad Max e cia. Mesmo assim, o roteiro compensa e até mesmo os mais aficcionados por ação não sentirão falta, pois ação, apesar de pouca, é suficiente para o filme que tem como atrativo o roteiro.
Apesar de se passar num futuro pessimista e no caos, em momento nenhum o filme passa uma mensagem negativa. Muito pelo contrário, a mensagem de esperança está explícita durante todo filme, principalmente através do personagem de Denzel, que está disposto a dar vida, para cumprir a suz missão de proteger e fazer conhecer a Palavra de Deus. Até mesmo quem não é religioso, vai gostar deste filme, graças ao carisma de Denzel Washington roteiro que não faz discurso religioso e traz grandes lições que nos fazem refletir, principalmente, que a esperança para o caos que a humanidade anda mergulhada está exclusivamente em Deus e em Sua Palavra. Todas estas lições passadas de forma surtil e envolvente, sem apelar para o sentimentalismo e conversão instantânea diante do sofrimento, características típicas dos filmes protestantes norte-americanos.
Em síntese, O Livro de Eli é um excelente filme, um dos melhores estrelados por Denzel Washington. Recomendado principalmente para aqueles que como eu, acredita que a Palavra de Deus é o tesouro que pode salvar toda a humanidade. Mas para isso, precisamos fazer com Eli e assumir a nossa missão de defende-La e propaga-La.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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