segunda-feira, 4 de maio de 2020

RECORDAR É REVER: CIDADE DE DEUS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Cidade de Deus.
Produção brasileira de 2002.

Direção: Fernando Meirelles e Kátia Lund (co-diretora).

Elenco: Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Phellipe Haagensen, Douglas Silva, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Jefechander Rodrigues, Alice Braga, Emerson Gomes, Edson Oliveira, Michel de Souza Gomes, Roberta Rodrigues, Luis Otávio, Maurício Marques, Gustavo Engracia, Darlan Cunha, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) e na TV aberta (Globo) e por assinatura (Canal Brasil).

Sinopse: Adaptação do romance homônimo escrito por Paulo Lins, que por sua vez, baseia-se em fatos. O surgimento e o desenvolvimento da Cidade de Deus, comunidade periférica no Rio de Janeiro, inicialmente formada por vítimas de enchentes e incêndios criminosos em outras comunidade, que foi crescendo, junto com a violência, fazendo surgir o poder paralelo do tráfico de drogas. O filme é narrado através do ponto de vista de Buscapé (Alexandre Rodrigues), jovem morador da comunidade, que luta para realizar o sonho de ser fotógrafo.

Comentários: Sem sombra de dúvida, uma das maiores peças que minha memória traíra aprontou foi ter feito eu acreditar que já tinha comentando aqui esta obra-prima do nosso Cinema Nacional. Mas, antes tarde do que nunca, principalmente, vindo no momento especial do mês que o nosso blog completar dez anos. Mas, enfim, o que dizer sobre Cidade de Deus sem ser repetitivo? Simplesmente, um filmaço, marco divisório e histórico da história do nosso Cinema Nacional, prestigiadíssimo lá fora, a ponto de ser indicado a quatro Oscars (absurdamente, não foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro), injustamente, não levando nenhuma estatueta (pelo menos, deveria ter levado duas, Edição e Fotografia).

O diretor Fernando Meirelles em parceria com Kátia Lund e com uma excelente equipe técnica entregam um filmaço que já nasceu uma obra-prima, com um excelente roteiro, muito bem escrito e desenvolvido, que ganha ainda mais forças pela competência dos supracitados, e principalmente, pelas brilhantes atuações de um elenco afiadíssimo, boa parte formado por estreantes, ilustres desconhecidos residentes em comunidades carentes do Rio de Janeiro, que simplesmente, são um show à parte. Vale mencionar o brilhante trabalho de preparação de elenco de Fátima Toledo, que simplesmente, lapidou e entregou vários diamantes preciosíssimos.

A supracitada parte técnica é outro show à parte de Cidade de Deus. Nos deixa ainda boquiabertos, mesmo após quase vinte anos que foi produzido, o que a direção de fotografia e a edição faz aqui, praticamente nos colocando dentro da trama, testemunhando tudo, entregando várias sequências icônicas da sétima arte. Caramba! Aquele giro de câmera na sequência inicial, nos fazendo fazer uma viagem no tempo, é algo até hoje único insuperável.

Com tudo isso e muito mais (como disse, estou vitando o máximo falar mais do mesmo), o resultado não poderia ser outro: um filmaço realista nu e cru, impactante, emocionante, envolvente, simplesmente, não apenas um dos melhores do nosso Cinema Nacional, mas, de toda história da sétima arte. Um filmaço imperdível, obrigatório para todo cinéfilo até mesmo por aqueles que têm ranço com o nosso cinema. Cotação / Nota: 10,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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