10. A Hora do Pesadelo.
No ano em que Sexta-Feira 13 Parte 4: O Capítulo Final chegava as telonas anunciado como a última aparição do icone Jason (algo que sabemos não aconteceu, já que o vilão fodão indestrutível voltou aparecer mais oito vezes depois deste filme), o mestre Wes Craven presenteou o gênero do terror e a sétima arte com um personagem ícone inesquecível, que entrou para a galeria dos vilões do gênero: Freddy Krueger, tão bem interpretado e único personagem marcante do ator Robert Englund. De quebra, ainda foi responsável pela estreia de um certo astro, excelente ator, conhecido como Johnny Deep. Krueger ganhou um curto seriado televisivo onde foi mestre de cerimônia, estrelou mais seis filmes e ganhou um remake. Por aqui, o título nacional acabou servindo de cópia para vários filmes (A Hora do Espanto, A Hora do Lobisomem, A Hora da Brutalidade, etc.) Enfim, merecidamente, A Hora do Pesadelo está no nosso Top 10.
9. Gremlins / Os Caça-Fantasmas.
Sem sombra de dúvida, 1984 foi um ano ímpar para o gênero do terror. Além de ganhar um personagem ícone inesquecível, o gênero ainda ganhou um sub-gênero. Produzido por Steven Spielberg e dirigido por Joe Dante, Gremlins foi o percursor do terrir, sub-gênero que mistura terror e comédia. Ganhou uma continuação no começo dos anos 1990, várias imitações e a partir dele, o gênero oficialmente passa a não ser levado à sério e ser um pouco mais divertido.
A mistura de gênero também deu certo entre ficção e comédia no inesquecível Os Caça-Fantasmas, um dos maiores campeões de bilheteria não somente daquele ano, mas da história do cinema. Um roteiro excepcionalmente criativo e muito bem desenvolvido, somado a um elenco afiadíssimo, uma direção primorosa e efeitos especiais de encher os olhos, fazem do filme um dos melhores de todos os tempos e, merecidamente, vim parar no nosso Top 10.
8. Ruas de Fogo.
Filme que figura entre os cinco melhores filmes que este blogueiro já assistiu até hoje, a fábula de rock'n'roll do diretor Walter Hill simplesmente juntou dois gêneros que para muitos seriam inconciliáveis: ação e musical. Com um roteiro criativo, o grande destaque é a trilha sonora contagiante e fodástica, com duas canções interpretada pela atriz Diane Lane, que até hoje empolga e coloca todo mundo para dançar. Ganhou uma continuação que ninguém viu e poucos sabem que existe, mas, isso não vem ao caso. O fato é que Ruas de Fogo é um filmaço inesquecível e até hoje insuperável.
7. Loucademia de Polícia.
"No dia 04 de março deste ano, a recém eleita prefeita Mary Sue Beal anunciou que estava alterando as práticas de contratação dos policiais desta cidade. Altura, peso, sexo, educação ou força física não serão empecilho para novos recrutas entrar na Academia Metropolitana de Polícia. Centenas de pessoas que nunca imaginaram tornarem-se policiais se inscreveram imediatamente. Naturalmente, a polícia enlouqueceu completamente.". Com esta mensagem, iniciava-se um dos maiores fenômenos do gênero da comédia, que se arrastou por dez anos, gerando seis continuações, seriados, gibis e outros produtos. Reunindo um elenco talentosíssimo, o gênero da comédia não tinha visto até aquele momento uma fenômeno de sucesso de proporção gigantesca desde dos tempos dos Os Três Patetas. Um feito heroico e tanto para os aloprados policiais.
6. Os Trapalhões e o Mágico de Oróz / A Filha dos Trapalhões.
O nosso cinema não poderia ficar de fora da nossa lista e marca presença com uma dobradinha de peso dos saudosos Os Trapalhões. Após um ano separado, onde geraram dois filmes solo, tendo Renato Aragão estrelando um e os demais outro, o quarteto mais amado do Brasil volta com tudo às telonas. O resultado foi simplesmente espetacular e surpreendente: dois dos melhores filmes do grupo, que marcaram o ápice do quarteto no cinema e que figuram na lista dos melhores filmes nacionais de todos os tempos, dois clássicos inesquecíveis, divertidos, engraçados e emocionantes. Após a paródia de O Mágico de Oz e a claríssima homenagem do grupo ao genial Charlie Chaplin, vieram um sucessão de filmes péssimos do grupo (exceções: Os Trapalhões e o Rei do Futebol, Os Trapalhões no Auto da Compadecida e O Casamento dos Trapalhões), que contavam com as desnecessárias participações de Xuxa, Gugu, Angélica, Dominó e outros pé-frios que só contribuíram para sujar a até então impecável filmografia do grupo. Por tudo isso, merecidamente, orgulham o nosso cinema e marcam presença no nosso Top 10 dos clássicos de 1984.
5. Braddock: O Super Comando.
Você deve está pensando, num ano em que tivemos tanto filmes fodásticos, que porra uma produção da Cannon está fazendo na nossa lista e ainda na quinta colocação. Vamos lá! Chuck Norris negou um convite irrecusável. Não sabemos se por ego inflado ou se a afirmação "não faço vilão" é verdadeira (difícil de acreditar nesta alternativa, já que um dos personagens ícones é justamente um vilão num filme clássico do lendário Bruce Lee). O fato é que Norris usou essa afirmativa para recusar atuar no clássico oitentista Karate Kid: A Hora da Verdade. O atualmente sumidão Martin Kove deve agradecer a Norris até hoje, pois, simplesmente pegou o papel do treinador porra-louca, seu personagem mais inesquecível. Norris também saiu ganhando, já que no mesmo ano, estrelou Braddock: O Super Comando, e o resultado foi muito além de alavancar sua carreira, com seu personagem mais ícone, responsável para no futuro torná-lo fenômeno pop da grande rede e colocar a produtora de filmes B, Cannon em evidência. Norris inaugurou um tipo de herói de filme de ação que predomina até hoje: o exército de um homem só.
Certa vez, em uma entrevista, Norris disse que foram filmes como Braddock que preparou o público para assistir filmes mais sérios sobre a guerra do Vietnã como Platoon e Nascido Para Matar. Não sei se ele está certo, mas, o fato é que após o filme, vieram Rambo II - A Missão, Comando para Matar e centena de milhares filmes estrelados por um exército de homem só, que ganha uma guerra que seu país levou uma pisa histórica. Por ter redefinido o gênero de ação e elevá-lo ao topo dos favoritos do público, que Norris e sua produção made in Cannon marcam presença na nossa lista.
A porra começa a ficar séria na nossa lista a partir daqui, e por pouquinho mesmo, não rolou um empate técnico com os filmes que estão no pódio. .Nosso último empate são com dois filmaços inesquecíveis daquele ano, que por aqui, se tornaram clássicos de sessões vespertinas de emissoras concorrentes. Pense comigo: Estamos em 1983, você é um roteirista, tem um excepcional roteiro prontinho desde de 1977, e depois de seis anos, vê-lo na fase de pré-produção, com o astro mais badalado daquele momento, Sylvester Stallone, contratado para estrelar o filme. Só que o cara, ainda na fase de pré-produção, começa a sugerir várias mudanças no seu roteiro, do tipo, diminua a comicidade, aumente a ação, blá, blá, blá, blá... É ou não é para ficar puto? Ainda bem que as pentelhadas de Stallone não vingaram, e os produtores, para não terem que tirar mais grana do bolso, mantiveram o roteiro original, desvincularam o pentelho brucutu do projeto, contrataram Eddie Murphy e o resultado foi muito além do esperado. Um filmaço policial fodástico, o lançamento ao estrelato de um talentosíssimo astro, uma trilha sonora inesquecível, tudo isso e muito mais, num clássico pop da sétima arte.
Os anos 1980 pipocaram filmes de fantasia e A História Sem Fim é um dos ápices. O filme é um retrato fiel da época em que foi produzido, seja pela excepcional trilha, seja por não ter receio nenhum em adotar em vários momentos um tom sombrio, entregando uma das cenas trágicas mais impactantes e tristes da história do cinema que faz até mesmo o Chuck Norris chorar, e uma criatura realmente assustadora (só mesmo o fodão Norris que não se caga de medo ao se deparar com o Gmork). De quebra, ainda conta com a canção-tema, que marca a época, estando entre as melhores de um filme.
3. Indiana Jones e o Templo da Perdição.
Em 1981, a dobradinha de gênios Steven Spielberg e George Lucas surpreendeu a todos, presenteando a sétima arte com o inesquecível clássico fodástico Os Caçadores da Arca Perdida, inaugurando uma tendência e criando parâmetros para os filmes de aventura. Inúmeras produções pegaram carona neste filmaço fodástico, sendo que apenas Tudo por uma Esmeralda (lançado em 1984, e seria o 11º desta lista se a mesma não fosse um Top 10) de Robert Zemckis foi a que mais chegou perto na época. Mas, Indiana Jones mesmo demorou três anos para voltar às telonas. E valeu a pena esperar, já que o herói fodão interpretado de forma maestral por Harrison Ford, volta em grande estilo numa aventura eletrizante, com ritmo acelerado, roteiro muito bem escrito e sequências tão clássicas quanto as do primeiro filme. O resultado não poderia ser outro: um clássico inesquecível, um filmaço único e insuperável que, merecidamente, leva o nosso bronze.
2. Karate Kid: A Hora da Verdade.
Puta merda, o que falar sobre este clássico dos bons e saudosos tempos da Sessão da Tarde? Um filmaço inesquecível que marcou toda uma geração que cresceu com os ensinamentos de Seu Miyagi, repetindo as brincadeiras com os colegas o tosco e patético golpe da garça de Daniel San. Dirigido pelo mesmo cara que já havia presenteado a sétima arte com outro clássico igualmente marcante, divertido e emocionante, Rocky, Um Lutador, o filme marcou para sempre uma geração inteira e a carreira dos protagonistas Ralph Macchio e o saudoso Pat Morita, que desde então, só ficaram conhecidos pelos personagens. O filme ganhou mais três continuações, sendo apenas as duas primeiras com Macchio e o diretor John G. Avildsen, todas inferiores, e recentemente um remake que consegue ser tão bom quanto o original que, até hoje, permanece insuperável.
1. O Exterminador do Futuro.
Tentarei ser breve, até porque, seria necessário outra postagem só para detalhar os vários motivos pelo qual, num ano recheado de clássicos fodásticos, O Exterminador do Futuro figura no nosso pódio. Ficarei apenas com três.
Primeiramente, o filme por si só é excepcional, um dos melhores da sétima arte. Roteiro inteligentíssimo, sem ser chato e entediante, com muita ação e suspense, inesquecíveis sequências de ação inigualáveis mas imitáveis até hoje, ritmo alucinante, sem parar um minuto, com direito algumas explicações que dão base e, convenhamos, algumas coerências a toda mitologia surgida a partir deste filme, serem dadas no meio de uma eletrizante perseguição. E isso com um orçamento baixíssimo até para os padrões hollywoodianos da época. Ganhou três continuações (a quarta estreia próximo ano), todas com orçamentos infinitamente maiores, um curto seriado televisivo e revolucionou para sempre os filmes de ação e ficção.
Outro fato do filme ser o fodástico dos fodásticos de 1984 atende pelo nome quase impronunciável de Arnold Schwarzenegger. Neste ano, enquanto Stallone amargava seu segundo fracasso consecutivo (o primeiro foi dirigir a tosca e desnecessária continuação Os Embalos de Sábado Continuam) com a malhadíssima comédia musical Rhinestone: Um Brilho na Noite, Arnoldão estrelava Conan, O Destruidor, continuação do filme responsável pelo seu estouro e substituía o ícone esportivo O.J. Simpson, que tinha sido aprovado pelo diretor e roteirista do filme, James Cameron, mas, barrado pelos produtores, que achavam que o cara não convencia como assassino (triste ironia do destino, anos depois, foi condenado na vida real por matar a namorada). A partir daí, ocorreu o grande divisor de águas em sua carreira, sendo elevado ao posto de astro, tornando-se um ícone da sétima arte e um dos reis dos filmes de ação.
Por fim, nada seria possível se não fosse o talento de James Cameron, roteirista e diretor criativo que tirou leite de pedra e com um orçamento mixuruca realizou um clássico inesquecível. O resultado não poderia ser outro, após o filme tornou-se um dos mestres revolucionários da sétima arte, trabalhando com orçamentos altíssimos, montando sua própria empresa de efeitos especiais. Tudo isso e clássicos fodásticos como Aliens: O Resgate, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, Titanic e Avatar só existem simplesmente porque naquele ano tão frutífero para a sétima arte, O Exterminador do Futuro foi realizado.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano e nostálgico.
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