quarta-feira, 10 de maio de 2017

RECORDAR É REVER: LAMPIÃO E MARIA BONITA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Lampião e Maria Bonita.
Produção brasileira de 1982.

Direção: Paulo Afonso Grisolli e Luiz Antonio Piá.

Elenco: Nelson Xavier, Tânia Alves, Roberto Bomfim, Regina Dourado, Hileana Menezes, Lu Mendonça, Antônio Pompêo, Helber Rangel, Marco Antônio Soares, José Dumont, Arnaud Rodrigues, Claudio Correa e Castro, Jofre Soares, Michael Menaugh, John Procter, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.
  
Sinopse: Livremente baseado em fatos. A trama se passa nos últimos seis meses antes de Lampião (Xavier), Maria Bonita (Alves) e seu bando serem emboscados e fuzilados em Angicos, Sergipe, pela polícia militar de Alagoas. Embrenhados no meio do mato, na caatinga, um belo dia, Lampião e parte do seu bando acabam encontrando o geólogo inglês Steve Chandler (Menaugh), e resolvem fazê-lo como refém, exigindo resgate, o que só aumenta a tolerância zero e a perseguição contra eles. Em seu encalço, está a volante, liderada pelo Tenente Zé Rufino (Dumont), obcecado em capturar Lampião e seu bando.

Comentários: Hoje o Brasil perdeu um dos seus grandes atores: Nelson Xavier. Com uma longa carreira de respeitáveis 58 anos de duração, o ator nos presenteou com grandes e memoráveis atuações no cinema, na televisão e no teatro. Lembrado pela galera mais nova pela sua brilhante atuação em Chico Xavier, vivendo o saudoso médium, papel que ele repetiu em As Mães do Chico Xavier, que declarava ser o papel de sua carreira, particularmente, não sai da minha memória sua excepcional atuação como Virgulino Ferreira da Silva, o rei do cangaço Lampião, personagem que o já saudoso ator também tinha um carinho especial e que, curiosamente, reprisou nas telonas no divertido O Cangaceiro Trapalhão

Lampião e Maria Bonita é um marco da teledramaturgia brasileira, pois trata-se da primeira minissérie produzida e exibida pela Rede Globo. E diga-se de passagem que estreia triunfal! Trata-se de um trabalho muito bem elaborado, com um roteiro que claramente assume que é livremente inspirado nos fatos que cercam o personagem, com uma excelente parte técnica, que reconstituir com eficiência o ambiente e a época que se passa a trama, e com um elenco de coadjuvantes de peso, com excelentes atuações. Mas, é as excepcionais atuações dos protagonistas Xavier e de Tânia Alves, numa química perfeita entre eles, que são a cereja do bolo da minissérie (e sua versão retalhadíssima, encontrada no YouTube e em home vídeo), tornando-a uma verdadeira obra-prima. Bons tempos que a teledramaturgia da toda poderosa emissora carioca produzia trabalhos inesquecíveis e atemporais. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano

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