
Quem tem TV por assinatura e assina um pacote básico sabe que, de vez em quando, as operadoras abrem o sinal de alguns canais do pacote mais recheado, para uma degustação. Calma, Paulo e Eudes! Os canais não dão comida para os assinantes. Esta degustão é uma estratégia das operadoras para transferimos a nossa assinatura para o pacote com mais opções de canais, logo, pagando um pouco a mais. Desde da semana passada estou tendo o privilégio de degustar dois canais de filmes: Max e Maxprime. E alternando entre os dois, acabei embarcando, no sábado à noite, numa maratona de filmes. Pena que, mesmo com o guia de TV em mãos, não tinha programado, pois do contrário, teria comprado e feito uma tonelada de pipoca.
No total foram cinco filmes, sendo três que eu já tinha assistido anteriormente e dois inéditos que embalaram a noite do meu sábado. De quebra, no intervalo entre um filme e outro, tive a grata supresa de receber a ligação de uma antiga amiga que desde do século passado eu não tinha contato, fato este que eu já comentei ontem em outra postagem.
Portanto, sem perder tempo, passo a comentar agora cada um destes filmes.

Hollywood não aprende com seus erros. Um deles é escalar astros famosos para interpretar heróis dos quadrinhos. Em regra, não rola. Mesmo que o ator espernei, diga que é fã do herói deste de criancinha, heróis dos quadrinhos, principalmente os mais conhecidos, jamais devem ser interpretado por astros e estrelas de primeira grandeza. No caso dos vilões é o contrário, devem ser interpretados pelos grandes astros e estrelas, principalmente se é um excelente ator. Mas repito, o herói jamais deve ser interpretado por um grande astro, seja bom ou péssimo ator. Exceção a regra apenas Edward Norton em O Incrível Hulk, Robert Downey Jr., nos dois (até agora) Homem de Ferro, apesar que o mesmo não era mais um grande astro antes da volta por cima interpretando o milionário de armadura pela primeira vez, e com Wesley Snipes, na trilogia Blade, apesar deste ser um herói do segundo escalão da Marvel.
Exceções a parte, o fato é que quando um grande astro inventa de estrelar um herói dos quadrinhos caba sendo um fiasco tanto paraele, quanto para o herói retratatado, gerando verdadeiros micos. Foi assim com Sylvester Stallone em O Juiz, com Van Damme sendo um dos heróis da versão para o cinema de Street Fighter, com o péssimo Ben Afleck em Demolidor, com sua esposa também péssima atriz Jennifer Ganner em Electra, com Halle em Mulher Gato e de Nicholas Cage neste Motoqueiro Fantasma.
Com exceção dos excelentes efeitos especiais e da estupidamente linda atriz mas sempre coadjuvante Eva Mendes, Motoqueiro Fantasma não convence, principalmente pelo péssimo protagonista e o roteiro tosco, não culpa somente dos roteiristas, mas também pelo personagem não ser tão agradável, fugindo do padrão de super-heróis. Na trama o personagem de Cage, quando adolescente (interpretado por um ator jovem que nada lembra o Cage, exceto por ser também péssimo ator, ao contrário da jovem atriz que interpretou a personagem de Eva Mendes adolescente, sendo uma cópia fiel da atriz), que desesperado por ver o pai morrendo de cancer, aceita a proposta de um demônio, interpretado (?) no piloto automático pelo lendário Peter Fonda. Evidente que o encardido cumpre a promessa do véio não morrer de cancer: morre no mesmo dia num acidente tosco, durante uma das exibições. Anos depois o capeta volta e transforma Cage no anti-herói título para servi-lo, resgatando para o encadido almas de pessoas más. O principal vilão do filme é o filho do capeta e sua gangue tosca de monstros.
O filme não é totalmente ruim, sobressaindo até sobre alguns dos péssimos filmes de heróis citados acima. Mas a falta de talento de Cage acaba prejudicando o produto final, algo que ele, mesmo sendo tão péssimo ator, não fez em outras produções. Enfim, Motoqueiro Fantasma só reforça a regra que astros consagrados jamais devem interpretar heróis dos quadrinhos, engrossando esta tosca lista. E o estrago poderia ser pior, já que Cage passou uma década brigando para interpretar Superman. Graças a Deus que desistiu da ideia tosca e partiu para o herói "caveirinha pegando fogo" do segundo escalão da Marvel.

Este filme de ação e ficção científica, tem um roteiro criativo (mas que não consegue se explicar bem, logo, um pouco sem lógica) e narra a existência de várias dimensões, onde cada pessoa tem a sua versão. A medida que um desses "eu" morre, os sobreviventes tornam-se mais forte. Um destes "eu" de Jet Li é um malvadão ganancioso que viaja por todas as dimensões eliminando os seus outros "eu", restando apenas o bonzinho policial da nossa dimensão. No encalço do malvadão, dois agentes do FBI da única dimensão que têm conhecimento da existência das demais, interpretados por Statham e pelo sempre coadjuvante Delroy Lindo (Calma galera, não estou chamando o cara de lindo! De fato o sobrenome dele é esse adjetivo do nosso português. Encalhado sim! Mas baitôla, jamais! rssss...), que também trabalhou com Li em Romeu Tem que Morrer, fazendo o pai da personagem da saudosa Aalynhah, que fazia par romântico com Li.
O filme é repleto de ação do começo ao fim, prende a nossa atenção e excelentes coreografia de lutas onde Li brilha. Destaque para os duelos entre Li bonzinho e Li malvadão. O mesmo não acontece com Statham, talvez por na época ainda não ter revelado ao mundo os dons de lutador marcial, que limita-se apenas a dar uns soquinhos e uns tiros.
O Confronto lembra um pouco outros filmes de ação e ficção estrelados por outros astros como Exterminador do Futuro (com Schwarzenegger) e Timecop (com Van Damme). Em síntese, não é nenhuma obra prima, nem tão pouco o melhor filme de Li e Statham, mas é um excelente filme de ação, sendo o segundo melhor filme desta maratona. Imperdível para os fãs do gênero e dos dois astros.

A história é simples: um pai policial, super-protetor recebe a notícia que sua filha mais velha vai fazer um entrevista para uma faculdade a quilometros de casa. Então, se mete de viajar com ela até lá, junto com o filho mais novo e seu hilário porquinho, numa repleta da imprevistos e situações inusitadas. Típica comédia da Disney mas acima da média do atual padrão lixo da Disney, graças a excelente e engraçada interpretação de Lawrence, do porquinho que chega muitas vezes a roubar a cena e de uma família de idiotas que eles encontram na estrada.
Como qualquer comédia familiar norte-americana não poderia faltar os clichês com crise e reconquista da amizade entre pai e filha, mensagens de sempre de confiança em si mesmo, situações engraçadas tanto com humanos quanto com animalzinhos (no caso aqui o já citado porquinho) e o típico final feliz. Em síntese, não chegar a ser um péssimo filme, mas dar para assistir tranquilamente, sem compromisso, que em algumas cenas chegam a divertir. Típica Sessão da Tarde. É só questão de terminar a janela (= tempo estipulado entre os lançamentos do filme no cinema, em DVD, na TV por assinatura e na TV Aberta), para ser exibido exaustivamente nesta sessão Global e também na Temperatura Máxima.

O roteiro, que a maioria sabe de cor e salteado, narra a história de dois rivais, um agente do FBI (Travolta) e um bandidão louco e malvadão (Cage). O agente topa em fazer uma provisória troca de rosto, se passando pelo bandidão a fim de obter informação da localização de um bomba. Evidente que o bandidão sai do coma, também faz a cirurgia de troca de rosto e mata todos que conheciam este mirabolante plano, começando a se passar pelo agente. Tinha tudo para ser um péssimo e tosco filme, né? Mas supreendentemente acontece o contrário, pois o filme é excelente, que prende atenção do começo ao fim, com um roteiro repleto de ação e reviravoltas.
O diretor John Woo prova porque é um dos melhores diretores do gênero, não somente pelas cenas de ação alucinantes, mas também com o trato com os atores, pegando dois astros, mas limitados como atores e arranca deles as melhores interpretações de suas carreiras. Travolta, por ser melhor que Cage, se destaca um pouco mais, mas este não fica atrás, supreendendo como ator. Não é a toa que A Outra Face é considerado pela crítica o melhor filme do diretor em Hollywood. E olhe que a filmografia dele está repleta de grandes filmes do gênero como Missão Impossível 2 e A Última Ameça. Um excelente filme para ser visto e revisto, sem medo de enjoar.

O filme é um policial investigativo, com pouquíssimas cenas de ação, com um roteiro que conduz o expectador ao óbvio, mas com algumas supresas e reviravoltas sutis. O filme, que também conta com o também excelente mas sempre coadjuvante John Leguizamo, que interpretar um dos policiais que também investigam o crime e não se bica com o personagem de DeNiro, fica abaixo da expectativa e do talento destes grandes atores. Mas consegue prender atenção. Decepciona um pouco pois os personagens são fracos, impossibilitando grandes interpretações dos atores.
Ao final desta pequena maratona de filmes cheguei a conclusão que nem sempre ficar em casa no sábado à noite é sinônimo de tédio, e chega até ser mais divertido que a maioria das superficiais baladas. O importante é estamos bem conosco mesmo e não nos deixamos levar pela tristeza. Inventem! Tentem! Façam um programa de fim de semana diferente! Inovar sempre é o melhor remédio para manter bem longe a melancólia e o tédio.
Rick Pinheiro.
Descobrindo que não é tão ruim ficar em casa no sábado à noite.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... Tinha que ser você e seu humor bem mais divertido e antecioso que o meu. rssss...
ResponderExcluirRespondendo a pergunta: A foto é uma montagem da minha cara feia com o restante do John Travolta. Mas também tanto faz, ele e o Ricky Martin são péssimos padeiros mesmo (sabe pq né? rssss...).
Fuleragem à parte, eu me garanto. Como disse só o rosto que é meu. A foto é só para ilustrar o título da postagem.
Agradeço de coração as boas vindas!!!! Você também é bem vindo a me visitar e deixar comentários (até porque só você é que me visita e deixa comentários. kkkkkkkkkkkkkk...).
Abraços!!!!! Fik c Deus!!!!!!!!