Refilmagem de suspense dos anos 60, traz Robert De Niro numa das melhores atuações de sua carreira.

Após quartorze anos preso, Max Cady (De Niro) é libertado, com sede de vingança contra o seu ex-advogado Sam Bowden (Nolte), que por omitir que a adolescente que ele estuprou não era tão santinha, foi o responsável pel sua prisão. O psicótico Cady inicia uma jogo doentio e obsessivo não somente aterrorizando Sam, mas também sua esposa Leigh (Lange) e sua filha adolescente Danielle (Lewis), que inclusive, o psicopata chega a seduzir. Sem provas e meios legais para afastar Max de sua família, o advogado recorre a ajuda do detetive Claude (Joe Don Baker), sem êxito, já que o psicopata está disposto a ultrapassar todas as barreiras para ferrar com ele e sua família.
Se Cabo do Medo não fosse um filme do começo dos anos 90, com certeza, muitos acreditariam que seria, e teria tudo parac ser, um filme do saudoso diretor Alfred Hithcock. Scorsese faz um suspense excepcional, à moda antiga, bem ao estilo do saudoso diretor, abusando do jogo de imagem e de uma ótima trilha tocada extremamente exaustivamente. O filme tem um roteiro muito bem escrito, apesar de se alonga um pouco demais, o que somado com o exagero da trilha, torna o filme um pouquinho cansativo e enjoativo, defeitos pequenos superados por um elenco afiadíssimo.
Mas, sem sombra de dúvida, o grande mérito do filme é De Niro, que simplesmente arrebenta ao mesmo tempo que assusta com uma atuação excepcional, dando um show. Curiosamente, para tornar ainda mais realista sua assustadora perfomace, De Niro gastou um dinheirão com o dentista, para que deixasse seus dentes com aspecto horrível que vemos no filme, e depois da filmagem, ainda mais dinheiro, para que os fizesse voltar ao normal. Apenas um pequeno detalhe do perfeccionismo de um grande ator que, infelizmente, atualmente, vem fazendo personagens e filmes inferiores do seu enorme talento.
Além de mostrar um De Niro numa atuação digna do seu inegável talento, Cabo do Medo também confirma o que comentei numa das postagens anteriores que não fazem mais filme de terror e suspense como antigamente. Envolvente e realmente assustador, com um elenco afiado, um filmaço de primeira, um clássico recente, que precisa ser descoberto, visto e revisto. Imperdível. Nota 8,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
De Niro arrebenta e assusta num show de atuação.
Lewis também não fica atrás, além de ser um colírio para os olhos.
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