domingo, 3 de dezembro de 2023

PAGUE PARA RIR, RECEBA PORRADA IDEOLÓGICA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Ó Paí, Ó 2.
Produção brasileira de 2023.

Direção: Viviane Ferreira.

Elenco: Lázaro Ramos, Luciana Souza, Dira Paes, Tânia Toko, Érico Brás, Lyu Arisson, Edvana Carvalho, Luis Miranda, Clara Buarque, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Kinoplex Maceió em 26 de novembro de 2023.

Sinopse
: Sequência de Ó Paí, Ó. Quinze anos após os eventos do filme original, Roque (Ramos) acaba de gravar uma música que promete ser um hit. E no meio da expectativa, ele e a galera do Pelourinho acaba tendo que unir forças para ajudar Neusão (Toko) a recuperar seu tradicional bar que acabou de perder.

Comentários
: Antes de comentar sobre o filme, deixa só eu fazer um esclarecimento, caso você tenha visitando o blog pela primeira vez e não venha me cancelar, me chamando de nerdola, lançando mão de um vocabulário inteiro de palavras com os sufixo "ista" ou "fóbico", ou se for do outro lado, me chamar de isentão ou pedir para fazer o L. Não tenho nada contra os realizadores de uma obra a utilizem para fazer sua militância ideológica, contanto que não a estraguem, o que infelizmente vêm ocorrendo nos últimos anos com essa forçação de barra da ditadura da cultura woke. Por outro lado, também sou contra a campanha de boicote por qualquer motivo que seja. Não gosta dos realizadores ou da mensagem que eles querem passar, não assista, Simples! Vale lembrar que uma produção é fruto de dedicação, tempo e grana de quem a realiza. E quem deve decidir assisti-la ou não é o público, sem interferência nem de quem a produz, nem de quem se opõe. Como um cara simples do povão, tudo que eu quero ao ir ao cinema é gastar meu suadíssimo dinheiro num programa tão caro que é cinema, e meu valiosíssimo tempo assistindo um bom filme. Quer usá-lo para fazer sua militância, fique à vontade. Mas, faça de forma criativa e, principalmente, não seja desonesto com seu público.

Após um primeiro filme que fez sucesso e uma série televisiva (que sinceramente, não assisti) Ó Paí, Ó retorna aos cinemas com um novo filme. Algo normal, mesmo com um tempo tão longo. O grande problema acaba sendo a mudança radical que é feita aqui. Em nome da militância, destrói-se completamente todo humor e todos os personagens carismáticos e hilários do filme original. Inclusive, o próprio protagonista vivido por Lázaro Ramos, que com um claríssimo ego inflamado, deixa de lado todo carisma que esbanjou como o Roque, para ser ele mesmo, ou melhor dizendo, o militante lacrador chato pra caralho, com direito até a quebra da quarta parede para vomitar frases clichês de militância, e ainda não poupar nossos ouvidos, soltado a voz em péssimos números musicais. Cara, talento você tem de sobra, poderia muito bem mandar o seu recado militante, sem destruir um dos seus personagens mais carismáticos de sua carreira.

O roteiro é péssimo, estragando totalmente uma trama que poderia ser boa e até engraçada, mas, infelizmente, prevaleceu a determinação em usar o filme para vomitar no público o lixo ideológico, praticamente em quase todas as frases. Erram  a mão e exageram na dose cavalar ideológica de uma forma nunca vista em nenhum filme ou série desta chatíssima cultura woke. Um tiro no pé até mesmo para a própria causa deles, pois acaba sendo um retrocesso homérico para a militância a mensagem ser vomitada sem nenhuma criatividade e simpatia, provocando indignação até para o espectador médio que está cagando para esse lance de guerra ideológica e só quer mesmo é se divertir.

Cometendo o pecado mortal imperdoável de uma comédia de ser totalmente sem graça (não falo só por mim, mas, de fato, nenhuma das cerca de doze pessoas que estavam na sessão que assisti, soltaram um risinho sequer em nenhum momento do filme, Inclusive, teve gente que saiu nos primeiros vinte minutos da projeção), Ó Paí, Ó 2 é o fundo do poço e até agora o maior exemplo de como a ditadura da cultura woke é tão perversamente danosa para a sétima arte. Chato, entediante e picareta, já que ao invés de entregar o que prometia, ou seja, uma comédia onde o espectador só quer dar boas gargalhadas, revendo seus adoráveis personagens, assiste decepcionado a destruição total deles, recebendo uma porrada de militância ideológica. Tão insuportavelmente irritante que por pouco não seria o terceiro filme da minha vida, que sair do cinema antes do seu término. Vergonhoso! CotaçãoNota: 0,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

2 comentários:

  1. falar em militancia (primeiro que eu adoro cinema nacional). esse eu n vi nem verei..e gosto mto qdo vao filmar no nordeste..Bacurau é sensacional!! e vc deve gostar de deus é brasileiro e eu adoro paraisos artificiais..mas tem um antigao com a bete mendes que é J. S. Brown, o Último Herói do Gibi, filmado em salvador. e tem uma cena feita no laboratorio de anatomia da ufba em que ela teve que ficar um tempao ao lado de um cadaver fedendo mto e o bicho parecia que ia acordar a a qqer momento kk tlvz a cinemateca da usp tenha uma copia pra transformar em torrent

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    1. Olá Maurício!

      Como alagoano, sou suspeito para falar sobre filmes que se passam aqui no Nordeste, melhor ainda quando são realmente rodados por aqui. A lista dos meus favoritos são intermináveis e Bacurau está nela com certa.

      Sobre Paraísos Artificiais sendo bastante sincero eu não gostei. E sobre J.S. Brown, O Último Herói do Gibi eu não conheço. Obrigado pela dica! Vou procurar para assistir!

      Obrigado pela visita e por comentar! Seja bem-vindo! Volte sempre! Um forte abraço! Fica com Deus!

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