segunda-feira, 25 de setembro de 2023

OS FILHOS DE DEUS NÃO ESTÃO À VENDA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Som da Liberdade (Sound of Freedom).
Produção estadunidense e mexicana de 2023.

Direção: Alejandro Monteverde.

Elenco: Jim Caviezel, Eduardo Verástegui, Javier Godino, Gustavo Sanchez Parra, Kurt Fuller, Jose Zuñiga, Kris Avedisian, Mira Sorvino, Bill Camp, Manny Perez, Scott Haze, Gary Basaraba, Cristal Aparicio, Lucás Ávila, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Cinesystem Maceió em 23 de setembro de 2023.

Sinopse
: Baseado em fatos. Tim Ballard (Caviezel) é um dedicado agente especial do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que atua no combate ao crime de pedofilia. Tendo no currículo a prisão de mais de duzentos pedófilos, numa das missões ele acaba finalmente resgatando a primeira criança vítima deste crime perversamente monstruoso, o pequeno Miguel (Ávila). Sensibilizado com o apelo do menino para resgatar sua irmã (Aparicio), também capturada pela rede criminosa, Tim chuta o pau da barraca e parte com para desbaratar a organização, com uma determinação incansável para encontrar a menina.

Comentários
: A história de Som da Liberdade fora das telas é semelhante a jornada do herói protagonista no filme. Rejeitado pela Disney após a compra da Fox, o filme passou cinco anos na geladeira até que a corajosa e ousada produtora cristã Angel Studios - que mesmo fazendo história com a forma inovadora de levantar recursos e produzi a série bíblica The Chosen é totalmente ignorada pela imprensa e grande mídia - adquire os direitos e com muito esforço o leva aos cinemas. E os desafios só aumentaram com a tempestade de ataques e boicote aos filmes de tudo que é lado que praticamente não adiantaram de nada, já que o boca a boca, fez com o que público fosse em massa aos cinemas, tornando o filme um verdadeiro fenômeno de bilheterias.

Se não fossem os dias de hoje tempos chatíssimos em que vivemos, onde a diabólica cultura woke estivesse contaminando tudo, com imprensa, crítica, formadores de opiniões e influencers majoritariamente seus militantes, com certeza, Som da Liberdade seria um filme bem acolhido pela relevância do tema em que aborda, onde todos estariam debatendo meios de combater o terrível crime do tráfico humano principalmente de crianças, e quem sabe até estariam falando de indicações a Oscar. Mas, infelizmente, hoje em dia o que importa de fato para essa galera é a ideologia, e por isso, dane-se um filme que traz um terrível crime da vida real!

Realmente, não entendo tanto ataque a um filme com uma mensagem forte, pesada, mas, totalmente necessária. Ao assisti-lo, todos os argumentos que bombardeiam o filme caem por terra. Não tem nadica de nada de panfletário, político e ideológico, aliás, como a maioria das grandes produções hollywoodianas de hoje em dia. Não há sequer indício que aponte para que seja uma produção da extrema-direita, muito menos traz teorias da conspiração, nem mesmo um filme de temática cristã. É revoltante tanta canalhice nesses ataques injustificáveis ao filme. Felizmente, como diz o protagonista em uma das sequências, os filhos de Deus não estão à venda, nem do tráfico humano, muito menos das ideologias, e por isso mesmo, que o filme merecidamente é um fenômeno de bilheterias.

Polêmicas da guerra ideológica e política deixadas de lado, o fato é que Som da Liberdade é um filme impactante do começo ao fim. O delicado tema é tratado com um cuidado ímpar de não chocar gratuitamente o expectador, ao mesmo tempo de coloca com tudo o dedo na ferida, não mascarando o problema. Isso graças a excelente direção de Alejandro Monteverde, que aproveitando o ótimo roteiro que tem em mãos e principalmente, o elenco talentoso e engajadíssimo, usa e abusa de sua habilidade criativa, a ponto da gente até não se importa com a total falta de gore, nem mesmo de violência em sequências de ação que envolvem luta corporal (o recurso utilizado na clímax no combate entre Ballard e o pedófilo que está com a garota é tão simples e ao mesmo tempo genial). O roteiro é ótimo, mas, não chega a perfeição devido alguns pequenos detalhes, o que acaba sendo o único ponto fraco do filme, mas, sem comprometer, já que a direção e o elenco compensam.

Falando do elenco, o destaque, sem sombra é Jim Caviezel, que numa atuação sóbria onde usa bastante o olhar, entrega uma boa performance. Mas, quem roubam a cena sem sombra de dúvidas são os fofos e carismáticos atores mirins Lucás Ávila e Cristal Aparicio, nos transportam para a terrível sofrida experiência dos seus personagens. Incrível como eles nos cativam em todas as sequências em que aparecem, nos emocionando, e também com uma química perfeita nas poucas sequências em que atuam juntos.

Enfim, ignorem tudo que é dito na campanha canalha dos militantes de extrema-esquerda infestados na grande mídia. Som da Liberdade é um filme espetacular, tocante, emocionante do começo ao fim (literalmente, já que no meio dos créditos finais, tem um recado importantíssimo do astro Jim Caviezel, que na sessão que eu estava arrancou aplausos de todos), que dar um soco no estômago com um assunto indigesto, porém, necessário de ser denunciado. Um filmão para ser visto e revisto infinitas vezes, que nos leva a reflexão de como existem pessoas perversas neste mundo e por isso mesmo todos os cuidados principalmente com nossas crianças devem ser indispensáveis. Imperdível! CotaçãoNota: 9,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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