7 (5). Karatê Kid III - O Desafio Final.
Iniciamos a nossa lista com aquele que não apenas é o pior filme da franquia original, mas, também, um dos piores terceiros filmes de qualquer franquia e também continuações da história da sétima arte. E não é a toa que o filme é detentor de todos esses títulos nada honrosos. De nada adiantou contar mais uma vez com a dupla de protagonistas vividas por Ralph Macchio e o saudoso Pat Morita, e com o diretor dos filmes anteriores, o também saudoso John G. Avildsen, já que o roteirista Robert Mark Kamen, também responsável pelos roteiros dos dois filmes anteriores, tratou de cagar geral. Do insosso interesse romântico de Daniel LaRusso que nem chega a engatar pela moça colocá-lo logo de cara na friendzone, passando por um vilão antipático e unidimensional vivido por Thomas Ian Griffith (que depois do filme tentou emplacar uma carreira de astro de ação C), a ridícula desculpa esfarrapada e patética para Larusso só lutar no último combate do torneio, nada funciona nessa bosta. E o ápice do estrago promovido pelo roteiro foi jogar na merda uma das amizades mais belas da cultura pop e ainda transformar LaRusso, de mocinho vítima de bullying num completo imbecil, burro pra caralho e totalmente ingrato com o seu mestre e melhor amigo Miyagi. Uma caracterização tão repugnante que admito que torci para que ele se lascasse no final. Uma triste e lamentável despedida do trio (quarteto, caso queira incluir também o roteirista), que nunca mais voltaria a ser formado após esta porcaria.
6. Karatê Kid (série animada).
Confesso que não lembrava desta série animada baseada na franquia que chegou a ser exibida no Brasil, e que por aqui, contou com os mesmos dubladores dos filmes. Com apenas uma temporada de treze episódios a animação lançada no mesmo ano do péssimo terceiro filme colocava Daniel e Miyagi, junto com a jovem Taki Tamurai (que quando criança, eu jurava ser a Kumiko, mocinha do segundo filme vivida pela linda Tamlyn Tomita) encarando algumas aventuras. A curtíssima temporada, a premissa e o fato do Miyagi dar piruetas são suficientes para entendermos o porquê a animação caiu no esquecimento. Mas, consegue ser bem superior ao já malhado aqui terceiro filme da franquia oficial, e ainda praticamente empata com o nosso quinto colocado.
5 (4). Karatê Kid 4 - A Nova Aventura.
4 (3). Karatê Kid II - A Hora da Verdade Continua.
Considerado por muitos o pior filme da franquia, particularmente, não acho tão ruim assim em comparação ao horrível terceiro filme. O saudoso Morita volta para se despedir de forma melancólica do personagem mais marcante de sua carreira, num filme que deveria se chamar Karatê Girl, já que o novo "Kid" aqui é uma garota. O roteiro ruim que traz uma penca de personagens chatos, incluindo a própria protagonista insossa, consegue ser superado pelo carisma da então futura ganhadora do Oscar Hillary Swank, que tira leite de pedra, e até convence como a tal mocinha, e ainda tem uma química perfeita com o saudoso veterano ator, que independente da ruindade do roteiro, manter todo charme do icônico mestre. E é justamente a dupla que garante que uma ligeira vantagem em cima da série animada, mas, não o suficiente para salvar o filme de ser ruim, uma continuação totalmente desnecessária e esquecível.
4 (3). Karatê Kid II - A Hora da Verdade Continua.
Nossa lista dar um gigantesco salto de qualidade a partir daqui. Única continuação que realmente é digna do original, o segundo filme acerta em cheio em focar a trama no mestre Miyagi, que volta à sua terra natal para visitar o pai doente e acaba tendo de encarar problemas e um amor do passado. LaRusso vai junto com as malas e também encontra uma nova crush e um novo rival bad boy e mala. A cereja do bolo deste filme é legar à franquia sua música mais inesquecível, Glory of Love, cantada por Peter Cetera, que chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Canção. Sem dúvida, o segundo melhor filme da franquia original, que só está nessa posição, por temos incluído o remake e a série na nossa lista.
3. Karatê Kid (2010).
É inegável que Karatê Kid não precisava de um remake. Mas, ele veio a exatamente dez anos completados ontem, e até que surpreendeu. Não chega a ser uma obra memorável como o original, e o jovem protagonista está longe de ser tão icônico como Daniel LaRusso. Mas, o bom roteiro que adapta bem a trama original, e principalmente, as sequências de lutas bem coreografadas, mais realistas e cruas, e o carisma do astro Jackie Chan acabam entregando um ótimo filme que consegue ser tão bom quanto o original, desde que evitemos as inevitáveis comparações. Assim como o quarto filme da franquia original, deveria ser chamado de Kung Fu Kid, já que é esta é a arte marcial trabalhada no filme.
2. Cobra Kai.
Admito que é complicado falar de uma obra que está em andamento, e muito arriscado colocá-la numa posição tão privilegiada (a queda de qualidade pode surgir com tudo na próxima temporada). Mas, é impossível reconhecer que Cobra Kai logo na sua primeira temporada provou seu valor e que merece ser a segunda melhor produção da franquia original. Após investir no remake, o astro Will Smith, fã declarado da franquia, resolve trazer de volta os icônicos personagens, agora, focando o protagonismo no antagonista original Johnny Lawrence, ressuscitando o personagem e carreira do seu intérprete William Zabka, brincando com a teoria de alguns que ele na verdade era o mocinho injustiçado e que LaRusso era o vilão. Indo além de ser um espetacular fan service, a série tem identidade e alma próprias, não se limitando apenas a trazer de volta nossos amados personagens, mas, também apresentando novos personagens promissores, todos numa ótima e divertida trama. E a cereja do bolo fica com as singelas homenagens que fazem com o icônico mestre Miyagi, que emocionam e fazem até Chuck Norris chorar.
1. Karatê Kid - A Hora da Verdade.
Com certeza que tão logo se deparou com essa lista, você concluiu logo que o Karatê Kid - A Hora da Verdade estaria no topo, afinal, trata-se de uma obra insuperável. O filme que é um dos mais icônicos clássicos dos anos 1980, continua atemporal, mesmo contando com sequências de lutas bobinhas até mesmo para a época em que foi lançado, afinal, quem viu, por exemplo, as reprises dos filmes do saudoso Bruce Lee, não iria levar a sério o golpe da garça da luta final. Mas,o saudoso diretor John G. Avildsen, que já havia brindado a história da sétima arte com Rocky, Um Lutador, conduz com uma maestria ímpar, despertando em nós a suspensão da descrença, entregando mais uma obra-prima que une esporte e valiosíssimas lições de vida, embaladas por um trilha composta pelo mestre Bill Conti (também responsável por Rocky). O filme conta também com um elenco talentoso, encabeçado Macchio e Pat Morita, que logo de cara, mostram perfeito entrosamento entre eles e entregam uma das mais belas amizades da história do cinema. Enfim, simplesmente, um filmaço que assistimos milhares de vezes, sabemos tudo de cor e salteado, mas, mesmo assim, ainda torcemos para que Larusso ganhe o torneio de karatê. Uma verdadeira obra-prima da cultura pop.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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