sábado, 27 de junho de 2020

O BRUCUTU E AS FODONAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Comando Ryan (Hired to Kill).
Produção estadunidense de 1990.

Direção: Nico Mastorakis e Peter Rader.

Elenco: Brian Thompson, Oliver Reed, George Kennedy, Jose Ferrer, Michelle Moffett, Barbara Lee Alexander, Jordana Capra, Kendall Conrad, Kim Lonsdale, Jude Mussetter, Penelope Reed, David Sawyer, Angela Gerekou, entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (YouTube) em 27 de junho de 2020.

Sinopse: O fodão mercenário Frank Ryan (Thompson) é contratado pela C.I.A. para ir a Cypra, país que é governado pelo ditador linha dura Michael Bartos (Reed), a fim de resgatar um preso político local (Ferrer), único capaz de tirar o megalomaníaco do poder. Para isso, Frank precisa soltar a franga e fingir ser um estilista, acompanhado de lindas modelos, que na verdade são mercenárias fodonas. Uma tarefa nada fácil, já que Ryan odeia trabalhar com mulheres em suas missões.

Comentários: Ah, os loucos anos 1980 e 1990! Saudosíssimos tempos bons onde que não existia a chata pra caralho patrulha do politicamente correto, com sua forçação de barra de lacração em tudo. Fico imaginando a reação desse pessoal Nutella, navegando pela Internet e dando de cara com um Comando Ryan da vida, trashão que fez um enorme sucesso nos tempos das saudosíssimas videolocadoras de VHS (curiosamente, quando final iria locá-lo, a minha namoradinha da época me "convenceu" a deixá-lo na prateleira onde raramente ficava e locar o sofrível dramalhão meloso Tudo por Amor, filme que aliás, comentei essa semana). Para você ter ideia, além da sinopse que descrevi acima, o herói dessa bagaça, vivido por Brian Thompson (que tem de mais memorável no currículo o líder dos psicopatas no clássico Stallone Cobra) é um brucutu machista e preconceituoso, sem papas nas língua, que não tem problema nenhuma ao treinar as moças em meter a porrada nelas e disparar uma metralhadora com balas de verdade em cima delas. Mas, curiosamente, ao mesmo tempo que traz um herói tão ofensivo aos mimizentos e lacradores, as mulheres têm um papel de destaque no filme (apesar que no cartaz e na capa da fita só aparecer Thompson) com elas detonando nas cenas de ação, e o melhor, tudo isso de forma bem espontânea,sem apelar para a forçação de barra.

Sobre o filme, temos um típico trashão de ação descerebrada classe C, com roteiro que traz uma trama que só existe para a porradaria bem porra-louca correr solta e repleto dos diálogos mais toscos, sem noção e que estão cagando para o politicamente correto (as asneiras preconceituosas e machistas que o brucutu protagonista solta são impagáveis). Impossível levar um filme como Comando Ryan a sério, pois praticamente é uma paródia com o gênero, seja pelo já citado roteiro, como também pelas sequências que são apresentadas, com direito aos figurantes terem reações mais risíveis e toscas da história quando são atingidos. É um típico filme que tão ruim consegue ser bastante divertido, que impressiona também por contar no elenco com os prestigiados veteranos e saudosos atores Oliver Reed, George Kennedy e Jose Ferrer.

Enfim, na minha vida já assistir muitos filmes ruins que acabam divertindo, mas, não lembro de um ter me feito ter fortes ataques de risos que me derramaram lágrimas do começo ao fim como este. É por momentos como este, que agradeço a Deus por não ser crítico, mas, um mero consumidor cinéfilo, o que me permite a gostar tanto de uma tranqueira dessa, e dar as estrelas e a nota que, com certeza, os cinéfilos mais intelectualizados não dariam nem de zoeira ou se tivessem drogados. Se você não for exigente e não é de ficar ofendidinho e de mimimi, pode encarar este festival de asneiras pois as gargalhadas são garantidas. Cotação / Nota: 8,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Trailer.

Filme completo, dublado.
Advertência: Proibido para mimizentos e Nutella.

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