CINETV E CIA.: TRÊS VEZES DIEGUES EM TERRAS ALAGOANAS.

= Excepcional. /

= Muito bom. /

= Bom./

= Regular. /

= Fraco. / Coco do Cachorrão

= Preciso mesmo dizer?.

Joanna Francesa.

Produção brasileira e francesa de 1973.

Direção: Carlos Diegues.

Elenco: Jeanne Moreau, Carlos Kroeber, Helber Rangel, Eliezer Gomes, Rodolfo Arena, Ney Sant'Anna, Tetê Maciel, Lelia Abramo, Pierre Cardin, Manfredo Colassanti, Ana Maria Magalhães, Fernanda Montenegro, Antônio Pitanga, entre outros.

Blogueiro assistiu online (YouTube) em 16 de setembro de 2017.

Cotação:

Nota: 5,5.

Sinopse: A trama se passa em 1930 e gira em torno de Joana Francesa (Moreau e dublada por Montenegro), dona de uma prostíbulo em São Paulo, que recebe a visita do poderoso Coronel Aureliano (Kroebe), um dos seus amantes, que avisa que está com a esposa (Leina Krespi) está nas últimas. Sabendo disso,, ela sai da capital paulista e vai com o amado até a Alagoas, indo morar no Engenho Santa Rita de propriedade dele, onde tem que se adaptar a nova realidade, encarando os segredos podres familiares,a crise do engenho enfrenta a concorrência desleal com a usina da Família Lima, rival comercial e política.

Bye Bye Brasil.

Produção brasileira de 1979.

Direção: Carlos Diegues.

Elenco: José Wilker, Bety Faria, Fábio Junior, Zaira Zambelli, Princípe Nabor, Carlos Kroeber, Jofre Soares, Marieta Severo, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e online (site Vimeo).

Cotação:

Nota: 7,0.

Sinopse: O grupo mambembe Rolidei, que tem como principais atrações o mágico Lorde Cigano (Wilker) e a dançarina exótica Salomé (Faria) cruzam o país, fazendo shows principalmente em cidadezinhas pequenas onde a febre da televisão ainda não chegou. Em uma delas, cansado de está na pindaíba, o acordeonista Ciço (Júnior) pede arrego e acaba ingressando no grupo, junto com sua esposa Dasdô (Zambelli),

Deus é Brasileiro.

Produção brasileira de 2003.

Direção: Carlos Diegues.

Elenco: Antonio Fagundes, Wagner Moura, Paloma Duarte, Bruce Gomlevsky, Stepan Necessian, Hugo Carvana, Castrinho, Chico de Assis, Thiago Farias, Susana Werner, Toni Garrido, Delberto Santana, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema Iguatemi Maceió e em home vídeo (DVD).

Cotação:

Nota: 6,0.

Sinopse: Baseado no conto Um santo que não acreditava em Deus de João Ubaldo Ribeiro. Cansado das merdas que a humanidade vem fazendo, Deus (Fagundes) decide tirar férias e colocar alguém em seu lugar para tomar conta de tudo, e o escolhido é Quinca das Mulas (Gomlevsky). Para encontrá-lo, Deus conta com a ajuda de Taoca (Moura), borracheiro e pescador esperto. Na primeira parada da jornada, eles encontram e conhece a jovem Madá (Duarte), que acaba se juntando a eles na empreitada.

Comentários: Um dos mais premiados cineastas nacionais, o maceioense Carlos Diegues rodou três de seus filmes em terras alagoanas. O primeiro foi o drama Joanna Francesa, que foi rodado na cidade de União dos Palmares. Trata-se de um dramalhão com tom novelesco, com uma história até certo ponto interessante prejudicado pelo ritmo lento e um roteiro que arrasta demais a história. O fato dos personagens nordestinos falarem sem sotaque nordestino mas com seus próprios sulistas também é outro ponto negativo que estraga o filme de ser um bom drama de época.

Seis anos depois, Diegues volta às terras alagoanas para rodar algumas sequências no Centro de Maceió e no povoado Saúde, e também nas cidades de Murici e na histórica Piranhas do clássico do nosso cinema Bye Bye Brasil. Temos aqui um competente road movie tupiniquim, que conta com uma interessante história bem desenvolvida num roteiro competente. A atuação magistral do saudoso José Wilker e a direção precisa do mestre Diegues são o destaque deste clássico setentista do nosso cinema que figura na 18ª posição da lista dos melhores filmes nacionais de todos os tempos elaborada pela ABRACCINE.

Já o terceiro e até agora último filme que Diegues rodou em terras alagoanas, precisamente nas cidades de Piaçabuçu e na histórica Penedo, veio depois de 27 anos do clássico que traz as aventuras da Caravana Rollidei. Inspirado em um conto de João Ubaldo Ribeiro, que já tinha rendido um bom especial televisivo global, Deus é Brasileiro conta com um roteiro satisfatório, que peca apenas por arrastar demais a trama, provocando alguns bocejos e tédio, A perfeita química entre o trio de protagonistas e a ótima atuação de Wagner Moura, que rouba a cena com seu personagem figuraça, são o destaque desta comédia que não é muito engraçada, mas, também não chegar a chatear.

Rick Pinheiro.

Cinéfilo alagoano.