quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

APENAS UM POUQUINHO MAIS SAFADINHO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: James Foley.

Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Bella Heathcote, Kim Basinger, Eric Johnson, Hugh Darcy, Hugh Dancy, Marcia Gay Harden, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do Complexo Kinoplex Maceió em 15 de fevereiro de 2017.

Cotação

Nota: 3,0.  

Sinopse: Segundo filme baseado no segundo livro da trilogia escrita por E. L. James. Após no filme anterior conhecer, se apaixonar, descobrir as taras e dá um pé na bunda no ricaço metido a pica das galáxias, Christian Grey (Dornan), a mocinha metida a donzela ingênua mas que curte a safadeza, Anastasia Steele (Johnson), toca a vida para frente, focando na sua carreira profissional. Mas, o cara não desiste dela e buscar reatar. Depois de muita insistência (leia-se os dez primeiros minutos deste filme), a moça deixa de fazer cu doce e reata com o milonário. O que os pombinhos não esperavam é que o passado sombrio do cara vem a torna para embaçar a relação.

Comentários: BOSTA! Foi isso que eu deixei escapar em voz alta todas as vezes que fui bombardeado nas idas ao cinemas nas últimas semanas pelo trailer desse filme (e o pior: na maioria das vezes, na versão dublada). Realmente, detestei, e se já não tinha nenhuma expectativa para assisti-lo, o tal trailer que as fãs amaram só aumentaram a minha indiferença a ponto de me comprometer a não gastar um centavo indo assisti-lo no cinema, exceto se fosse como uma companhia feminina que me ajudasse a conseguir encarar o filme completinho, o que acabou acontencendo. O principal problema do primeiro filme é justamente ficar em cima do muro e não se definir qual gênero faz parte (Erótico? Romance? Romance-erótico? Thriller-erótico?). Sou um cara que, apesar de achar que 99,99% das continuações são desnecessárias, acredito que se elas existem, deveria ao menos consertar os erros do original. Pelo menos aqui, consegue ser um pouquinho mais ousado com algumas esquecíveis e insossas sequências safadinhas (e não picantes), e também, mesmo que ligeiramente, definir qual seu gênero: romance tosco com pitadinhas ensaiadas de thriller de suspense, erótico, dramalhão e até comédia romântica.

Com um roteiro que pega uma premissa interessante, que nas mãos de roteiristas talentosos e sem preguiça, daria um puta filme, e desperdiça num filminho feito apenas para agradar a mulherada, Cinquenta Tons Mais Escuros acaba seguindo a velha regra de uma continuação ser pior que o original (que nesse caso já não era grande coisa), sendo arrastado demais de conta, chatinho, preguiçoso, que como ocorreu no primeiro, fica só na tentativa e acaba sendo apenas mais uma franquia modinha calcinha que faz rios de dinheiro, mas, daqui alguns anos ninguém vai lembrar. Deveria acabar por aqui, mas, infelizmente, ainda teremos a invasão do fogaréu e da hipocrisia feminina aos cinemas daqui a um ano, com o último filme (Tomara que sim!) chegar. Pelas deixas nesse segundo filme, promete ser um melhora significativa na qualidade da trilogia e até sendo sua redenção, deixando de lado o lado romântico, que, aliás, já deu o que tinha que dar, partindo para um thriller, o que sinceramente duvido muito, já que até agora, só vemos tentativas mal sucedidas de ser algo que não é. E o fato do filme já está prontinho para ser lançado daqui a um ano, só reforça o meu pessimismo. Realmente, entre os vários mistérios que me fazem não entender as mulheres, um deles é o porquê delas adorarem, se divertirem, se empolgarem e até rirem das toscas piadas sem graças ditas pelo casalzinho insosso, os filmes dessa franquia. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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