Produção brasileira de 2016.
Direção: João Daniel Tikhomiroff.
Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Roberto Guilherme, Marcos Frota, Alinne Moraes, Letícia Colin, Maria Clara Gueiros, Livian Aragão, Rafael Vitti, Emilio Dantas, Nelson Freitas, Marcos Veras, Dan Stubalch, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 22 de janeiro de 2017.
Cotação:
Nota: 8,0.
Sinopse: Continuação do clássico do nosso cinema Os Saltimbancos Trapalhões. Com a queda de público junto com a lei que proíbe a utilização de animais em espetáculo circense, a crise financeira chega com tudo no Grande Circo Sumatra, fazendo com que o seu dono, o Barão (Guilherme), alugue o espaço para eventos, deixando de lado os espetáculos circense, para ser espaço dos eventos promovidos pelo prefeito da cidade, Aurélio Gavião (Freitas). Para contornar o problema, Didi (Aragão) tem a brilhante ideia de montar um espetáculo musical. Junto com seu amigo Dedé (Santana) e outros funcionários do circo, Didi tenta convencer o Barão a topar o desafio que pode tirar o circo da crise.
Comentários: Indiscutivelmente, Os Trapalhões são um fenômeno inigualável e até hoje insuperável do nosso cinema nacional. Paulo Gustavo, Fábio Porchat, Leandro Hassum, entre outros, até arrebentam nas bilheterias, mas, ainda têm muito arroz com feijão para chegar a marca do saudoso quarteto (apesar que Gustavo acabou de superar os filmes do grupo com Minha Mãe é Uma Peça 2). Para se ter ideia, os caras não têm apenas um, mas cinco filmes com mais de 5 milhões de expectadores reais lotando o cinema (e não a picaretagem de um certo filminho bíblico da Record), incluindo o próprio Os Saltimbancos Trapalhões, que levou 5. 218. 574 pessoas ao cinema, o segundo filme mais visto do grupo e atualmente o décimo de toda história do cinema nacional; oito filmes com mais de 4 milhões de expectadores e por aí vai, dando uma surra nas bilheterias em muito blockbuster hollywoodiano. Detalhe importante: numa época em que nosso cinema sofria o preconceito de ser sinônimo de filmes ruins de putaria. Infelizmente, os tempos são outros. O grupo se desfez tragicamente no começo dos anos 1990 com os falecimentos dos saudosos e hilários Zacarias e Mussum; Renato Aragão e Dedé Santana até tentaram manter, mas, acabou cada um trilhando seu caminho, com trabalhos inexpressivos. E hoje, depois de dezessete anos da última parceria nas telonas, a dupla octogenária volta a se encontra, justamente na inesperada continuação que pega carona no sucesso de palco do musical baseado no filme original. Com um histórico de arraso nas bilheterias, chegar aos cinemas no mesmo fim de semana de três filmes super-aguardados por muitos seria fichinha, se fosse nos saudosos bons tempos. Mas, o filme que reúne os dois únicos trapalhões vivos chega aos cinemas com a claríssima desconfiança dos distribuidores e das salas exibidoras, já que, ao menos aqui em Alagoas, está sendo exibido em pouquíssimas salas e sessões. Realmente, lamentavelmente, o brasileiro é um povo sem memória. Deixando de lado essa triste realidade, vamos ao que interessa que é falar sobre filme.
Como continuação tardia e desnecessária, o filme comete uma gafe homérica em não considerar os trinta e cinco anos que o separa do original. Um bom exemplo dessa falha grosseira é a personagem Karina, que no original é interpretada por Lucinha Lins, e no novo filme é vivida por Letícia Colin, uma atriz bem mais nova, algo que poderia ser resolvido por um simples detalhe no roteiro de a colocar como filha da personagem original. Mas, como sempre digo na série de postagens Especial Os Trapalhões, coerência no roteiro é algo que não encontramos em 99% dos filmes do grupo, e devemos ignorar isso, pois o que importa é a diversão que somos presenteados. E isso Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood cumpre direitinho e ainda presenteia a nós marmanjos com um tsunami de nostalgia (os mais emotivos, não esqueçam de levar um estoque de lenços, pois, o choro livre é garantido na cena final, com direito a cinco segundos de aparição do saudoso quarteto completinho, que irão fazer, aqueles que com este blogueiro cresceu assistindo os filmes e o programa televisivo, derramarem lágrimas). Reunindo um elenco ainda mais estrelar e grandioso em número de atores e atrizes de verdade que o original, o filme na verdade muito mais uma adaptação para as telonas do recente musical do que uma continuação. Com um roteiro satisfatório que intercala o bom e velho humor bobinho do saudoso grupo com números musicais, a surpresa é que os dois eternos trapalhões tem um tempo de cena um pouco menor do que estamos acostumados, praticamente dividido-o igualmente com boa parte do elenco.
Claramente uma homenagem ao Renato, que faz o seu quinquagésimo filme, e também a nós, fãs do saudoso quarteto, Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood é uma diversão leve, bobinha e muito nostálgica onde a emoção está a flor da pele de todo elenco é partilhada conosco. Uma excelente maneira para Renato Aragão e Dedé Santana, que tem inegáveis serviços prestados ao nosso cinema e a nossa televisão, encerrarem com chave de ouro essa trajetória tão ímpar. O espetáculo já pode parar. Bravo! Bravo! Muito obrigado Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, por fazerem nossa infância e nossas vidas bem mais felizes!Como continuação tardia e desnecessária, o filme comete uma gafe homérica em não considerar os trinta e cinco anos que o separa do original. Um bom exemplo dessa falha grosseira é a personagem Karina, que no original é interpretada por Lucinha Lins, e no novo filme é vivida por Letícia Colin, uma atriz bem mais nova, algo que poderia ser resolvido por um simples detalhe no roteiro de a colocar como filha da personagem original. Mas, como sempre digo na série de postagens Especial Os Trapalhões, coerência no roteiro é algo que não encontramos em 99% dos filmes do grupo, e devemos ignorar isso, pois o que importa é a diversão que somos presenteados. E isso Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood cumpre direitinho e ainda presenteia a nós marmanjos com um tsunami de nostalgia (os mais emotivos, não esqueçam de levar um estoque de lenços, pois, o choro livre é garantido na cena final, com direito a cinco segundos de aparição do saudoso quarteto completinho, que irão fazer, aqueles que com este blogueiro cresceu assistindo os filmes e o programa televisivo, derramarem lágrimas). Reunindo um elenco ainda mais estrelar e grandioso em número de atores e atrizes de verdade que o original, o filme na verdade muito mais uma adaptação para as telonas do recente musical do que uma continuação. Com um roteiro satisfatório que intercala o bom e velho humor bobinho do saudoso grupo com números musicais, a surpresa é que os dois eternos trapalhões tem um tempo de cena um pouco menor do que estamos acostumados, praticamente dividido-o igualmente com boa parte do elenco.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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