segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SHREK PARA SEMPRE NA HISTÓRIA DO CINEMA.

Filmes.
Shrek para sempre na história do cinema.

Falando do figuraça Gatos de Botas, que estreiou seu filme solo, como não lembrar da quadrilogia Shrek, uma das mais divertidas e inesquecíveis da história do cinema. O mais simpático ogro que se tem notícia simplesmente avacalhou todos os contos infantis, em especial os que ganharam versões animadas dos estúdios Disney, e conseguiu a proeza de não somente sair ileso, mas ser amado por crianças e adultos, conquistados pelo simpático ogro e uma trupe de personagens tão figuraças quanto ele.

A febre ogra começou no não tão, tão distante ano de 2001, quando Shrek estreiou nas telonas. Logo de cara o mundo se apaixonou pelo figuraça ogro, dublado originalmente pelo chatíssimo Mike Myers (que no Brasil foi superado pela inesquecível dublagem do saudoso casseta Bussunda) e seu companheiro de aventura, o mais figuraça ainda Burro, feito sob medida para Eddie Murphy (em versão brasileira, na voz do costumeiro e competente dublador do ator, Mário Jorge). Na trama, Shrek é um ogro que vive no pântano, que tem uma rotina tomar banho de lama e assustar alguns humanos malas que insistem em aporriá-lo. Sua pacata e morgada vida muda quando um monte de personagens de contos de fadas, entre eles os três porquinhos e o lobo mau, chegam as redondezas em busca de um novo lar. Os famosos personagens tornaram-se sem terras porque o malvado Lord Farquaad (na voz de John Lithgow) resolveu expulsar todos da floresta. Incomodado com a hilária turma invadindo o seu pedaço, o ogro procura o vilão e propõe o acordo de resgatar a Princesa Fiona (Cameron Diaz) presa numa torre e guardada por um dragão, em troca do restabelecimento do seu sossego. Logo no início de sua jornada, o ogro encontra o tagarela Burro (Murphy), que não irá abandoná-lo muito menos dará sossego aos seus ouvidos.

Logo no filme de estreia fomos presenteados com uma excelente e divertidíssima animação, muito bem realizada, utilizando as mais avançadas técnicas de computação e com um roteiro exepcional e bastante criativo que não perdoa nenhum personagem de contos infantis, principalmente aqueles que ganharam versão dos estúdios Disney. Bastante envolvente e engraçado, o primeiro Shrek é disparado um dos melhores desenhos de todos os tempos, abrindo com chave de ouro não somente a franquia, com também um precendente para outras animações, sem medo nenhum, seguirem o mesmo caminho debochado, como no caso da hilária Deu a Louca na Chapeuzinho.


Conquistando igualmente crianças e adultos , Shrek fez enorme sucesso de bilheterias com seu tom de paródia e, evidentemente, ganhou continuação. Em 2004, o simpático ogro e sua turma voltam as telonas no divertidíssimo Shrek 2, que logo ao ser lançado detornou nas bilheterias a excepcional animação da Disney, Procurando Nemo. Shrek e Fiona vivem tranquilamente no pântano, quando recebem um convite dos pais dela, o Rei Harold (John Clesse) e a Rainha Lilian (Julie Andrews) para irem ao Reino de Tão Tão Distante, a fim de participarem do baile de núpcias oferecidos a eles. Levando consigo o tão fiel quanto tagarela Burro, os pombinhos caem na estrada. Não aceitando o marido da filha e manipulado pela não tão boazinha Fada Madrinha (Jennifer Saunders), que deseja dar um golpe do baú através do seu filho afrescalhado Príncipe Encantado (Rupett Everett), o Rei Harold contrata os serviços do mercenário Gato de Botas (Antônio Banderas), conhecido matador de ogros.

O segundo filme consegue a proeza de ser superior ao original, sendo disparado o melhor filme de toda franquia, graças a um roteiro ainda mais caprichado, repleto de situações hilárias e as técnicas de animação mais avançadas, que tornam o filme um deleite para os olhos. Particularmente para nós brasileiros, o filme tem um toque especial e marcante por ser o último da franquia dublado pelo comediante Bussunda, que faleceu nos meados daquele ano, deixando o personagem e a todos nós com muitas saudades. Em síntese, uma animação excepcional e bastante engraçada que arranca risadas do começo ao impagável final, onde Banderas e Murphy soltam a voz cantando Livin' La Vida Loca, sucesso do cantor Ricky Martin. Imperdível.


Depois de um filmaço excepcional, a franquia seguiu a regra dos terceiros filmes e em 2007, chega as telonas o fraquinho Shrek Terceiro. Com a morte do Rei Harold (Cleese), sua filha Fiona (Diaz) tomará posse junto e junto com seu marido Shrek (Myers) irá governar o Reino de Tão Tão Distante. Não querendo nem  a pau assumir o abacaxi, o ogro e seus fiéis companheiros de aventuras, Burro (Murphy) e Gato de Botas (Banderas), partem atrás do único parente vivo do rei,  Artie (Justin Timberlake), um adolescente que é um zero à esquerda na sua escola. Enquanto a jornada prossegue, no Reino de Tão Tão Distante, o Príncipe Encantado (Rupett Everett) reúne e lidera uma revolução dos vilões de contos de fadas, cansados de tanto se ferrarem, assumindo o reinado. Mas elas não contavam que as mimadas princesas  dos contos infantis, lideradas por Fiona, se organizariam para atrapalhar seus planos maléficos.
Se nas técnicas de animações a franquia avançou bastante, o mesmo não pode ser dito do roteiro, já que o terceiro filme é o mais sem graça da quadrilogia. Mas, não é totalmente ruim, pois tem momentos divertidos, graças aos hilários ladrões de cena, Gato de Botas e Burro, defendidos mais uma vez de forma competente por Banderas e Murphy. Destaque para as sequências da hilária troca de corpos entres os personagens, que junto com a rebelião das princesas e algumas atrapalhadas do mágico Marlin, rendem os únicos momentos engraçados do filme. Em síntese, mesmo sendo o mais fraco da franquia, Shrek Terceiro é um filme que tem seu méritos e até diverte.


Já dando sinais de cansaço no terceiro filme, a franquia chegou ao fim, no ano passsado, em grande estilo, com direito até o formato 3-D, no divertido e emocionante Shrek Para Sempre, já comentado neste blog na época do seu lançamento. Para não ser repetetivo, confira os comentários em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2010/07/dose-dupla-cinema-divertido.html


Com roteiros muito bem criativos e personagens bastante cativantes, a franquia Shrek está entre as melhores da história do cinema. Seja pelo feito raro de manter boa parte do elenco, pela forma criativa como parodiou os contos infantis e pelas técnicas de animações que impressionam pelo realismo, Shrek e sua turma se firmaram no rol dos personagens inesquecíveis, marcando para sempre a história da sétima arte.

Rick Pinheiro
Cinéfilo.


Shrek e parte de sua turma: personagens inesquecíveis.
Abaixo, vídeo com a divertida sequência final do segundo filme.

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