Shrek para sempre na história do cinema.
Falando do figuraça Gatos de Botas, que estreiou seu filme solo, como não lembrar da quadrilogia Shrek, uma das mais divertidas e inesquecíveis da história do cinema. O mais simpático ogro que se tem notícia simplesmente avacalhou todos os contos infantis, em especial os que ganharam versões animadas dos estúdios Disney, e conseguiu a proeza de não somente sair ileso, mas ser amado por crianças e adultos, conquistados pelo simpático ogro e uma trupe de personagens tão figuraças quanto ele.
A febre ogra começou no não tão, tão distante ano de 2001, quando Shrek estreiou nas telonas. Logo de cara o mundo se apaixonou pelo figuraça ogro, dublado originalmente pelo chatíssimo Mike Myers (que no Brasil foi superado pela inesquecível dublagem do saudoso casseta Bussunda) e seu companheiro de aventura, o mais figuraça ainda Burro, feito sob medida para Eddie Murphy (em versão brasileira, na voz do costumeiro e competente dublador do ator, Mário Jorge). Na trama, Shrek é um ogro que vive no pântano, que tem uma rotina tomar banho de lama e assustar alguns humanos malas que insistem em aporriá-lo. Sua pacata e morgada vida muda quando um monte de personagens de contos de fadas, entre eles os três porquinhos e o lobo mau, chegam as redondezas em busca de um novo lar. Os famosos personagens tornaram-se sem terras porque o malvado Lord Farquaad (na voz de John Lithgow) resolveu expulsar todos da floresta. Incomodado com a hilária turma invadindo o seu pedaço, o ogro procura o vilão e propõe o acordo de resgatar a Princesa Fiona (Cameron Diaz) presa numa torre e guardada por um dragão, em troca do restabelecimento do seu sossego. Logo no início de sua jornada, o ogro encontra o tagarela Burro (Murphy), que não irá abandoná-lo muito menos dará sossego aos seus ouvidos.
Logo no filme de estreia fomos presenteados com uma excelente e divertidíssima animação, muito bem realizada, utilizando as mais avançadas técnicas de computação e com um roteiro exepcional e bastante criativo que não perdoa nenhum personagem de contos infantis, principalmente aqueles que ganharam versão dos estúdios Disney. Bastante envolvente e engraçado, o primeiro Shrek é disparado um dos melhores desenhos de todos os tempos, abrindo com chave de ouro não somente a franquia, com também um precendente para outras animações, sem medo nenhum, seguirem o mesmo caminho debochado, como no caso da hilária Deu a Louca na Chapeuzinho.
Conquistando igualmente crianças e adultos , Shrek fez enorme sucesso de bilheterias com seu tom de paródia e, evidentemente, ganhou continuação. Em 2004, o simpático ogro e sua turma voltam as telonas no divertidíssimo Shrek 2, que logo ao ser lançado detornou nas bilheterias a excepcional animação da Disney, Procurando Nemo. Shrek e Fiona vivem tranquilamente no pântano, quando recebem um convite dos pais dela, o Rei Harold (John Clesse) e a Rainha Lilian (Julie Andrews) para irem ao Reino de Tão Tão Distante, a fim de participarem do baile de núpcias oferecidos a eles. Levando consigo o tão fiel quanto tagarela Burro, os pombinhos caem na estrada. Não aceitando o marido da filha e manipulado pela não tão boazinha Fada Madrinha (Jennifer Saunders), que deseja dar um golpe do baú através do seu filho afrescalhado Príncipe Encantado (Rupett Everett), o Rei Harold contrata os serviços do mercenário Gato de Botas (Antônio Banderas), conhecido matador de ogros.
O segundo filme consegue a proeza de ser superior ao original, sendo disparado o melhor filme de toda franquia, graças a um roteiro ainda mais caprichado, repleto de situações hilárias e as técnicas de animação mais avançadas, que tornam o filme um deleite para os olhos. Particularmente para nós brasileiros, o filme tem um toque especial e marcante por ser o último da franquia dublado pelo comediante Bussunda, que faleceu nos meados daquele ano, deixando o personagem e a todos nós com muitas saudades. Em síntese, uma animação excepcional e bastante engraçada que arranca risadas do começo ao impagável final, onde Banderas e Murphy soltam a voz cantando Livin' La Vida Loca, sucesso do cantor Ricky Martin. Imperdível.
Depois de um filmaço excepcional, a franquia seguiu a regra dos terceiros filmes e em 2007, chega as telonas o fraquinho Shrek Terceiro. Com a morte do Rei Harold (Cleese), sua filha Fiona (Diaz) tomará posse junto e junto com seu marido Shrek (Myers) irá governar o Reino de Tão Tão Distante. Não querendo nem a pau assumir o abacaxi, o ogro e seus fiéis companheiros de aventuras, Burro (Murphy) e Gato de Botas (Banderas), partem atrás do único parente vivo do rei, Artie (Justin Timberlake), um adolescente que é um zero à esquerda na sua escola. Enquanto a jornada prossegue, no Reino de Tão Tão Distante, o Príncipe Encantado (Rupett Everett) reúne e lidera uma revolução dos vilões de contos de fadas, cansados de tanto se ferrarem, assumindo o reinado. Mas elas não contavam que as mimadas princesas dos contos infantis, lideradas por Fiona, se organizariam para atrapalhar seus planos maléficos.
Se nas técnicas de animações a franquia avançou bastante, o mesmo não pode ser dito do roteiro, já que o terceiro filme é o mais sem graça da quadrilogia. Mas, não é totalmente ruim, pois tem momentos divertidos, graças aos hilários ladrões de cena, Gato de Botas e Burro, defendidos mais uma vez de forma competente por Banderas e Murphy. Destaque para as sequências da hilária troca de corpos entres os personagens, que junto com a rebelião das princesas e algumas atrapalhadas do mágico Marlin, rendem os únicos momentos engraçados do filme. Em síntese, mesmo sendo o mais fraco da franquia, Shrek Terceiro é um filme que tem seu méritos e até diverte.
Já dando sinais de cansaço no terceiro filme, a franquia chegou ao fim, no ano passsado, em grande estilo, com direito até o formato 3-D, no divertido e emocionante Shrek Para Sempre, já comentado neste blog na época do seu lançamento. Para não ser repetetivo, confira os comentários em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2010/07/dose-dupla-cinema-divertido.html
Com roteiros muito bem criativos e personagens bastante cativantes, a franquia Shrek está entre as melhores da história do cinema. Seja pelo feito raro de manter boa parte do elenco, pela forma criativa como parodiou os contos infantis e pelas técnicas de animações que impressionam pelo realismo, Shrek e sua turma se firmaram no rol dos personagens inesquecíveis, marcando para sempre a história da sétima arte.
Rick Pinheiro
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