= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = (Preciso mesmo dizer?).
Produção estadunidense de 2021.
Direção: Adam Conarroe e Patrick Stannard.
Elenco (vozes): Sarah Michelle Gellar, Lena Heady, Liam Cunningham, Stephen Root, Griffin Newman, Susan Eisenberg, Chris Wood, Mark Hamill, Kevin Michael Richardson, Diedrich Bader, Alicia Silverstone, Kevin Conroy, Henry Rollins, Jason Mewes, Alan Oppenheimer, Justin Long, Dennis Haysbert, entre outros.
Blogueiro assistiu no streaming (Netflix) em 26 de julho de 2021.
Sinopse: Série animada baseada na linha de brinquedos homônima da Mattel. Tempos depois de uma batalha em Greyskull entre He-Man (Wood) e Esqueleto (Hamill), a magia está sumindo de Eternia, o que pode acarretar não apenas o fim do planeta, mas, de todo universo. Para evitar que o pior aconteça, inimigos com Teela (Gellar) e Maligna (Heady) precisam deixar as tretas de lado e unir forças.
Comentários: Quando anunciaram que a Netflix faria uma série animada baseada na clássica He-Man e os Defensores do Universo, inicialmente, torci e nariz. Mas, após saber que Kevin Smith estaria a frente, fiquei uma pouco aliviado e curioso para ver no que daria. Mas, a hype mesmo aumentou com o fodástico teaser ao som do clássico oitentista Holding out for a Hero cantado pela icônica Bonnie Tyler. Sinceramente, não tenho problema nenhum com mudanças em clássicos, pois para mim, estes são insuperáveis, e não serão apagados por novas versões. Por isso que mesmo percebendo que He-Man não seria protagonista (o próprio título entrega), encarei de boa essa série anunciada como continuação da original oitentista. E as mudanças de protagonismo e a tal da lacração acabam não sendo os problemas de Salvando Eternia.
A série não é totalmente ruim como muitos vêm dizendo. Pelo contrário, tem uma parte técnica impecável, com gráficos e traços de encher os olhos. De fato, é uma belíssima animação que nos encanta e nos envolve de tal maneira, que ficamos com vontade de ver mais. A duração dos episódios, praticamente idêntica aos da série original, também é outro ponto positivo. E o elenco de vozes originais é um show à parte, com destaque especialíssimo para o eterno Luke Skywalker Mark Hamil, que arrasa como Esqueleto. Porém, essas qualidades acabam ficando em segundo plano, já que o grande defeito da série está justamente na espinha dorsal de qualquer produção: o roteiro.
É inegável que a premissa de trazer um tom mais sério (Smith afirmou em entrevista que a Netflix pediu que a série tivesse uma pegada shakespeariana) e algumas decisões tomadas em relação alguns personagens são interessantes e poderiam render uma série animada épica. O que não ocorre, já que o roteiro faz questão de jogar os personagens numa trama fraca, sem inspiração, enfadonha em vários momentos. Isso atrapalha bastante o nosso engajamento, o que ainda é agravado após a campanha de divulgação que prometia entregar uma série fodástica, algo que só se cumpre no primeiro episódio.
Enfim, prometendo entregar um coisa e entregando outra totalmente, a Netflix acaba fazendo uma das piores propagandas enganosas da história, o que acaba justificando o ranço que muitos fãs estão tendo com a série. E Smith, ao invés de ser grosseiro com eles, deveria reconhecer as falhas na divulgação da poderosa do streaming, e suas próprias ao estragar uma premissa e ideias tão boas e interessantes numa trama tão insossa. Cresça Kevin Smith! Seja humilde e aprenda a ouvir críticas e aceitá-las! E quem sabe, até tente salvar a série na sua segunda parte. Lamentável. Cotação: / Nota: 5,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Cinéfilo alagoano.
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