sábado, 17 de julho de 2021

CADÊ A BANDA PASSAR?

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

A Banda das Velhas Virgens.
Produção brasileira de 1979.

Direção: Pio Zamuner e Amácio Mazzaropi.

Elenco: Mazzaropi, Geny Prado, Heloisa Raso, Cristina das Neves, Apparecida Baxter, Gilda Valença, Denise Assunção, Guiomar Pimenta, Rose Garcia, Lelia Barros A. Pereira, Renato Restier, André Luiz de Toledo, Marcos Wainberg, Felipe Levy. Paulo Pinheiro, Will Damas, José Velloni, Péricles Campos, entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (YouTube) em 17 de julho de 2021.

Sinopse
: Conhecido pelo apelido de Gostoso, o humilde caboclo Ananias (Mazzaropi) é o responsável pela banda de senhoras da Igreja da cidadezinha em que mora. Sua pacata rotina muda quando seus filhos (Neves e Toledo) se envolvem com os filhos (Wainberg e Raso) do patrão (Restier), que ao saber dos romances, se opõe, chegando a demitir e a humilhar os jovens caboclos. Sabendo do ocorrido, Gostoso chuta o pau da barraca pede demissão e muda com a família para o lixão, a fim de ganhar a vida. Mas algo valioso achado por lá, o colocar numa tremenda roubada.

Comentários
: Penúltimo filme do impagável Mazzaropi, sendo um dos que figuram na lista das maiores bilheterias oficiais do Cinema Nacional, A Banda das Velhas Virgens engana até no nome, já que a tal banda só aparece rapidamente nos créditos iniciais e no final do filme, nem fedendo, nem cheirando na trama. Fica parecendo que a mesma ousadia que o saudoso Mazza tinha para tocar os negócios, faltava nos roteiros de boa parte de seus filmes da PAM Produções, preferindo ficar nessa zona de conforto, entregando mais do mesmo, ao invés de inovar. É o caso aqui, onde se faz uma colcha de retalhos com situações mostradas em filmes anteriores, jogadas de qualquer maneira como se fosse obrigado a seguir uma cartilha, desperdiçando a premissa, que tinha tudo para gerar um filme engraçadíssimo, e também um elenco, que além dos nomes habituais como as saudosas Geny Prado e Gilda Valença, trazia nomes consagrados da época como Marcos Wainberg e os saudosos Renato Restier, Felipe Levy e Heloisa Raso. 

A falta de inspiração do roteiro de A Banda das Velhas Virgens atinge até mesmo o número musical, presença obrigatória nos filmes do Mazza, que aqui é totalmente insosso e um tanto tosco. afinal, traz Mazza cantando paradão de boa, enquanto a galera ralando no trampo, catando lixo. Sem dúvida um dos mais fracos e mais esquecíveis de toda filmografia do saudoso humorista.

Felizmente, o estrago só não é maior porque o carisma do impagável humorista e algumas piadas (pelo menos umas três, seria motivo para o chatos  de plantão da patrulha do politicamente correto "cancelarem" sem dó, nem piedade, o nosso eterno Jeca) consegue trazer um pouco de diversão, mas, sem evitar em nós a frustração de sequer entregar o que sugere num título. Vale apenas como valor histórico por ser um filme do Mazza e por figurar entre os cem filmes tupiniquins de maior bilheteria, e nada mais que isso. Uma pena! 
CotaçãoNota: 5,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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