quinta-feira, 20 de maio de 2021

RECORDAR É REVER: DOUBLE DRAGON.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Double Dragon.
Produção estadunidense, francesa e dinamarquesa de 1994.

Direção: James Yukic.

Elenco: Robert Patrick, Mark Dacascos, Scott Wolf, Julia Nickson, Kristina Malandro Wagner, John Mallory Asher, Leon Russom, Alyssa Milano, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube) .

Sinopse
: Adaptação da série de game homônima. Num futuro não muito distante, onde Los Angeles foi arrasada por um terremoto, os irmãos Billy (Wolf) e Jimmy (Dacascos) são dois cascas bons de briga que ganham a vida em lutas ilegais. Cada um deles possui uma parte de um medalhão milenar, o Double Dragon, que dar poderes a quem o possuir. É que deseja o malvadão Koga Shuko (Patrick), que passa a perseguir os jovens, a fim de recuperar o artefato.

Comentários
: Início da década de 1990, noite de sábado qualquer. Era de lei que eu e mais dois amigos, os quais mantenho contato até hoje, no comecinho de nossa adolescência, irmos bater perna no então único shopping de nossa cidade, o Iguatemi (hoje, Maceió Shopping). Como sempre fui o mais precoce, tentava em vão vencer minha timidez e me dar bem com alguma menina, enquanto eles se esbaldavam a noite toda no espaço de jogos eletrônicos, o saudoso fliperama. Como sempre me ferrava com o sexo oposto, em dado momento, acabava me juntando a eles, e travamos batalhas empolgantes nos jogos Mortal Kombat, Street Fighter e Double Dragon. Naquela mesma época, sabendo do filão e rios de dinheiro que poderiam faturar, os produtores hollywoodianos buscavam levar às telonas as adaptações destes aclamados games. Uma das primeiras foi justamente Double Dragon, que se tornaria um clássico da Sessão da Tarde. 

A ideia era arriscada, afinal, adaptava um dos games mais aclamados de todos os tempos. E a execução, também não foi das melhores. Para estrelar, pegaram um astro de um seriado televisivo de sucesso, inssoso e que não lutava porra nenhuma, e para contrabalancear um promissor e carismático Mark Dacascos, que luta muito bem para ser seu parça, e um Robert Patrick, no meio de estourou por sua performance como o icônico T-1000 no clássico noventista absoluto O Exterminador do Futuro 2, para passar vergonha alheia como o vilão. O orçamento, claramente precário, que rende uma produção paupérrima, sem deixar de ser criativa em alguns aspectos. e um roteiro fraco, embaçaram qualquer boa intenção de ser fazer uma boa adaptação. 

É inegável que Double Dragon é um filme ruim. Porém, é uma daquelas tranqueiras que não se leva a sério em nenhum momento, o que acaba superando ligeiramente sua deficiência e divertindo bastante. Por isso, tem seu charme tosco, e pelo status de clássico dos bons e saudosos tempos da sessão vespertina da Globo, vale a conferida, encarando de boa como uma pérola trash que garante a diversão escapista e descompromissada. CotaçãoNota: 5,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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