terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

A TRAJETÓRIA SURREAL E DETERMINADA DOS PICARETAS GENIAIS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Eletric Boogaloo: A Louca História da Cannon Films (Eletric Boogaloo: The Wild, Untold Story of Cannon Films).
Produção britânica, israelense, australiana e estadunidense de 2014.

Direção: Mark Hartley.

Elenco: Sam Firstenberg, David Paulsen, Luigi Cozzi, Alain Jakubowicz, Michael Hartman, Quentin Falk, Boaz Davidson,Yiftach Katzur, Christopher C. Dewey, John G. Avildsen, Christopher Pearce, John Thompson, Avi Lerner, Robert Forster, Tobe Hopper, Lucinda Dickey, Alex Winter, Franco Nero, Michael Chambers 'Boogaloo Shrimp', Adolfo Quimones 'Shabba-Doo', Elliot Gold, Bo Derek, Olivia d'Abo, Lance Hool, Franco Zeffirelli, Molly Ringwald, Sheldon Lettich, Richard Chamberlain, Albert Pyun, Michael Dudikoff, Dolph Lundgren, entre outros (entrevistados);  Menahem Golan, Yoram Globus, Chuck Norris, Michael Winner, entre outros (imagens de arquivos).

Blogueiro assistiu online (YouTube) em 18 de fevereiro de 2020.

Sinopse: Documentário que narra a trajetória dos primos israelenses Menahem Golan e Yoram Globus. Apaixonados por cinema, após começarem a produzir em seu país natal, os primos ousam e desembarcam nos Estados Unidos, comprando a produtora de flimes C, Cannon Films, passando a ficar frente, produzindo filmes de qualidade duvidosa adoidados durante a década de 1980, chegando a rivalizar com grandes estúdios nas bilheterias.

Comentários: Quem é dos saudosíssimos bons tempos das videolocadoras de VHS deve se lembrar muito bem da América Vídeo, uma distribuidora de fitas do Grupo Paris Filmes, que tinha como marca registrada uma capinha toda nas cores das bandeiras dos Estados Unidos. A maior parte do catálogo eram os filmes da também saudosa produtora oitentista Cannon, na época presidida pelos primos israelenses Menahem Golan e Yoram Globus. Os caras realmente fizeram história, e não apenas por nos presentear com filmes B que estão na nossa memória afetiva, mas, da sétima arte, sobretudo, hollywoodiana, dando aulas na práticas do que devem ser feito e, principalmente, jamais repetidos na tão concorrida indústria cinematográfica. Uma trajetória assim, obviamente, não poderia deixar de ser registrada, e por isso mesmo, em 2014, ganhou logo dois documentários.

Um deles é este Eletric Boogaloo, inédito no Brasil (que algum bom samaritano legendou e postou no YouTube), na prática é a versão extraoficial, já que os primos, que eu carinhosamente chamo de picaretas geniais, se recusaram a gravar entrevistas (Menahem ainda estava vivo, vindo a falecer em agosto daquele mesmo ano que sua trajetória foi documentada duplamente), como também as ausências de depoimentos de astros que marcaram a história da Cannon, principalmente, Chuck Norris, Sho Kosugi, Jean-Claude Van Damme e Sylvester Stallone. Mas, esta extraoficialidade do filme não o torna desrespeitoso, e muito menos deixa de contar a história surreal dos primos israelenses à frente da Cannon, com muito bom humor, principalmente, por parte da maioria dos entrevistados, que nos brindam com ótimos causos dos bastidores, e alguns momentos que realmente emocionam (particularmente, me tocou bastante o belíssimo depoimento do saudoso mestre Franco Zeffirelli).  

O resultado não poderia ser outro: um divertidíssimo documentário,que provoca boas risadas por apresentar de forma mais fidedigna possível as loucuras ousadas dos figuraças primos apaixonados pela sétima arte, mas, sem um pingo de noção. Um registro histórico que precisa ser conferido por todos os cinéfilos, em especial, pelos nostálgicos que tanto se divertiram com  as produções toscas da maior e mais inesquecível produtora de filmes B de todos os tempos. Imperdível. Cotação / Nota: 9,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Trailer.

Filme completinho, legendado. 

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