segunda-feira, 23 de setembro de 2019

INSUPORTAVELMENTE MILITANTE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Legalidade.
Produção brasileira de 2019.

Direção: Zeca Brito.

Elenco: Cleo Pires (creditada Cleo), Leonardo Machado, Fernando Alves Pinto, Letícia Sabatella, José Henrique Ligabue, Paulo César Pereio, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 22 de setembro de 2019.

Sinopse: Inspirado em fatos. Em 1961, a jornalista brasileira do The Washington Post, Cecília Ruiz (Cleo) chega ao Rio Grande do Sul para tentar uma entrevista com o governador Leonel Brizola (Machado) e agora entrando no olho do furacão de um momento conturbado, com a renúncia do presidente da República Jânio Quadros, e os malvadões dos militares e dos Estados Unidos, não querem que seu vice, João Goulart, assuma, o que faz Brizola, que é seu cunhado, chuta o pau da barraca e liderar uma oposição ferranha a tentativa de golpe. Paralelamente, em 2004, a filha de Cecília, Bianca (Sabatella), que também é jornalista investiga saber a verdade sobre ela.

Comentários:  Que tempos chatos pra caralho que vivemos onde se querem impor goela abaixo suas ideologias através das produções culturais, levando à enésima potência o conselho dado por Antonio Gramsci. Se estão fazendo isso até com os blockbusters, imagina com uma produção sobre um momento tenso e conturbado da nossa história, focado em um dos maiores nome da esquerda nacional. Sendo assim, obviamente, sair de casa para ir ao cinema e conferir Legalidade, já sabendo que iria encontrar um filme com viés ideológico, puxando-se a sardinha para o lado, no caso, o esquerdo. Sem problema nenhum, afinal, é uma faculdade de qualquer realizador da sétima arte fazer isso. O grande problema é quando a militância acaba afetando o produto final, como ocorre aqui.

Mesclando ficção com fatos, a militância em dose excessivamente  cavalar, que acaba sendo o grande problema do filme, que desperdiça a excelente oportunidade de dramatizar um momento delicadíssimo da história do nosso país. Essa militância é tão absurda e insuportável, que acaba prejudicando bastante o roteiro repleto de jargões e frases feitas típicas da militância esquerdista, que traz uma trama até interessante, mas, com furos e incoerências absurdas (um bom exemplo é como a mocinha muda de postura rapidamente e passa atuar na resistência num passe de mágica), e muita xaropada totalmente descartável, com destaque especial para o insosso triângulo amoroso e uma sub-trama no século XXI que nem fede, nem cheira na trama, que se tivesse ficado no chão na sala de edição, não faria falta e não desperdiçaria o talento de Letícia Sabatella. Uma pena que o último filme do saudoso Leonardo Machado, falecido em setembro do ano passado, e que aqui tem uma boa atuação como Leonel Brizola, tenha sido esse lixo ideológico, que de tão alienante, fazem a duologia sobre o Edir Macedo, parecer um documentário jornalístico feito em tempo real.. Nem mesmo a competência do saudoso ator, nem a excelente reconstituição de época, conseguem salvar o filme, pois, o estrago foi grande. Lamentável, um desperdiço total! CotaçãoCoco do Cachorrão  / Nota: 0,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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