A mais de trinta anos o gênero do terror e a sétima arte ganhou mais um dos seus personagens vilões mais icônicos, o boneco assassino psicótico, Chucky. A partir de então, surgiu uma franquia de sucesso com outros seis filmes e um remake que acaba de chegar às telonas, que servem para consolidar a posição de prestígio do vilão, que mesmo sendo nanico não faz feio na maldade, se nivelando a outros colegas promotores de sanguinolências, como os seus contemporâneos Michael Myers, Jason Voorhees e Freddy Krueger. Nesta postagem vamos ranquear, de acordo com a nossa opinião, todos os filmes que o nanico psicopata apareceu com sua cara feiosa e muito sangue nos olhos. Antes que o Chucky volte a tocar o terror, seja na já anunciada série televisiva, ou na provávell continuação do novo filme, vamos lista sua saga da carnificina.
8. O Filho de Chucky.
Não é a toa que, merecidamente, até agora o quinto filme da franquia é o lanterna absoluto. O filme até uma premissa interessantíssima com Chucky e Tiffany ganhando um filho mijão e abestalhado tão feioso quanto eles, mas, sem o mesmo instinto assassino. Uma pena que o péssimo roteiro caga feio para essa boa premissa e o resultado é frustrante, uma vergonha alheia totalmente ignorável.
7. O Culto de Chucky.
Lançado diretamente em home vídeo, mas, em grande estilo, com direito até pegadinha no programa Silvio Santos, o último filme da franquia oficial, até consegue manter o climão de terror e a sanguinolência do filme anterior. Mas, acaba sendo sabotado por mais um péssimo roteiro, que traz uma trama entediante, chata pra caralho e com um Chucky inicialmente com uma aparência muito efeminada. Nem o retorno a franquia do Andy agora adulto, interpretado pelo próprio ator mirim do filme original, consegue salvar o filme de ser uma bosta totalmente ignorada.
6. A Maldição de Chucky.
Depois dos dois únicos filmes totalmente ruins da franquia, temos uma considerável melhora na nossa lista. Aqui, a franquia tem o seu segundo reinício, com o primeiro filme lançado diretamente em home vídeo, que resgata todo climão de terror após a gaiatice do então dois últimos filmes. Junto com o filme sucessor, temos o filme mais violento do Chucky, com um roteiro que se não é grande coisa, ao menos não compromete a franquia, nem o personagem que já tinha com sua imagem esculhambada demais, mesmo que aqui, ganhe pela primeira vez uma aparência afetadíssima.
5. Brinquedo Assassino 3.
Apenas três anos do seu debute, Chucky volta às telonas pela terceira vez, num bom filme mesmo, sendo inferior aos dois anteriores. O intérprete de Andy, que ainda era pirralho, é substituído por um ator adolescente que tem a sua cara cagada e cuspida. Com um bom roteiro, que traz uma trama satisfatória, cumpre direitinho sua função de encerrar uma trilogia. Ao menos por sete anos, quando Chucky reiniciou sua matança com muito deboche.
4. Brinquedo Assassino 2.
Os caras não perderem tempo e dois anos depois do estouro, Chucky voltou às telonas para tocar o terror na primeira continuação. Além de Brad Dourif, que só não deu voz à Chucky no remake, o então ator mirim Alex Vincent está de volta como Andy. O pirralho aqui é adotado por uma nova família, mas, Chucky, ressuscitado pelos idiotas dos seus fabricantes, volta com tudo para tocar o terror e fazer de tudo para passar sua alma para o moleque. O filme não é tão bom como o original, mas, não faz feio e até mantém a qualidade.
3. Brinquedo Assassino (2019).
Pode um remake ser original e criativo? Pois o novo Brinquedo Assassino prova em altíssimo estilo que é possível sim. Do clássico oitentista são mantidos apenas a premissa do boneco psicopata e os personagens centrais. Temos aqui um filme novíssimo em todos os sentidos, divertidíssimo do começo ao fim, que conta com um ótimo roteiro e uma trama muito interessante, que não se leva a sério em nenhum momento Pela primeira vez em trinta e um anos, Chucky ganha uma nova voz, ninguém menos que o eterno Luke Skywalker, Mark Hamill. Sem o envolvimento do criador do personagem, Don Mancini (o que não é grande coisa, já que o cara não apenas aprovou, mas, dirigiu os três piores filmes da franquia oficial), o promissor Lars Klevberg, agarra com unhas e dentes a oportunidade que pode alavancar sua carreira que só está começando, usando e abusando de toda sua criatividade no roteiro e conduzindo com competência, nos presenteando com um filmaço que de cara já entra na seleta lista dos melhores do sub-gênero terrir. Leva o nosso bronze, mas, empatando tecnicamente na segunda colocação.
2. A Noiva de Chucky.
Por mais que tenha uma premissa patética da "alma de um psicopata malvadão que passa sua alma para um boneco", os três primeiros filmes da franquia se levam a sério, e por incrível que pareça, até convencem como bons filmes do sub-gênero slasher. Tudo mudou no quarto filme, onde finalmente, a franquia se assume como verdadeiramente ela é: um divertido e porra-louca terrir. Chucky ganha uma companheira à altura, tanto no tamanho, quanto na malvadeza psicopata (afinal, se o clássico Frankenstein e o contemporânea Re-Animator ganharam um filme com "noiva", por que não a franquia do boneco nanico travoso?), Tiffany, personagem que resgatou momentaneamente do limbo a carreira da canastrona e irritantemente chata Jennifer Tilly, que consegue fazer uma ótima parceria com Brad Dourif. O bom roteiro é só o estopim para a porra-louquice rolar solta (com direito a hilária bizarrice da transa entre os pombinhos psicóticos), sem deixar de lado a sanguinolência. O resultado é um filme muito divertido que, assim como seu colega de empate técnico, é um dos melhores do sub-gênero terrir.
1. Brinquedo Assassino (1988).
Mesmo lançado há trinta e um anos, e por mais que se leve a sério demais com uma premissa patética, o filme original continua disparado o melhor com Chucky. O debute do icônico boneco psicopata é pelas mãos do competentíssimo diretor Tom Holland (responsável pelo excepcional clássico oitentista do terrir A Hora do Espanto), que além de co-escrever o roteiro junto com o criador do personagem Don Mancini, conduz com maestria o elenco carismático, dosando perfeitamente ação, suspense e uma pitadinha de humor, O resultado não poderia ser outro: um filmaço de terror muito envolvente e desenvolvido, que prende a nossa atenção do começo ao fim. Não é a toa que Chucky logo de cara se tornou um icônico vilão do gênero icônico, chegando com tudo, cheio de moral sentando na janelinha e acirrando ainda mais a concorrência com seus colegas mais conhecidos. Insuperável até hoje, simplesmente, um dos melhores filmes de terror.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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