Há trinta anos o cinema de ação se despedia de um dos seus mais icônicos personagens. Imortalizado por Clint Eastwood, o inspetor Harry Callahan é um típico personagem que gostaríamos de ver na vida real e que hoje em dia, a galera da lacração iria amar odiar. O estilo próprio de tolerância zero acompanhado de uma Magnum 44 tornam Harry o mais durão e eficiente dos policiais. Foram cinco filmes entre 1971 e 1988, o suficiente para a franquia Dirty Harry deixar sua marca na sétima arte. Nesta postagem listaremos, na ordem do mais fraco para o melhor, os filmes desta icônica e saudosa franquia.
5. Magnum 44.
Iniciamos com aquele que provavelmente é o filme mais malhado da franquia. De fato, o segundo filme do icônico policial durão é o mais fraco, mas, não chega a ser totalmente ruim como boa parte da crítica disse. A trama arrastada ao extremo a ponto de entediar, que traz Harry tentando pegar um serial killer que se veste de policial para cometer seus crimes, somado ao fato do primeiro filme ser realmente fodástico, são os verdadeiros tiro no pé que tornam o filme tão esquecível e malhado. Vale apenas para vemos o bom e velho Dirty Harry em ação com Eastwood ainda bem a vontade no personagem.
4. Sem Medo da Morte.
Indiscutivelmente, há uma melhora significativa em relação ao filme anterior, apenas mantendo deste a trama desnecessariamente arrastada. O grande mérito do terceiro filme da franquia é o aumento da dosagem do senso de humor, em especial, no embate entre o durão e misógino Dirty Harry com sua jovem parceira, que além de encararem suas diferenças, precisam descobrir e deter um grupo de terroristas que vem tocando o terror em São Francisco. Provavelmente, junto com o primeiro, o filme que mais renderia muito mimimi se fosse produzido nos dias de hoje.
3. Dirty Harry na Lista Negra.
Quando eu era mais novo, o quinto e último filme da franquia era o meu favorito. Provavelmente, por ser o filme que se encaixa perfeitamente ao cinema testosterona da época em que foi lançado. De inspiradora a franquia pega carona na ação frenética dos personagens brucutus vividos principalmente por Stallone e Schwarzenegger, encerrando com um filme que traz Dirty Harry correndo contra o tempo para investigar e identificar quem é o responsável por uma série de assassinatos de pessoas de uma lista de apostas, inclusive, com o próprio policial fodão com a cabeça a prêmio. Destaque para a empolgante e inesquecível sequência onde Harry e seu parceiro são perseguidos por um carrinho de brinquedo que transporta uma bomba. As presenças do futuro astro de ação Liam Neeson e de um jovem Jim Carrey em comecinho de carreira são as cerejas do bolo deste que é o filme com mais ação na franquia.
2. Impacto Fulminante.
Provavelmente, o quarto e penúltimo filme é o menos lembrado. E injustamente, já que o único filme da franquia dirigido por Eastwood é uma agradabilíssima surpresa. Mais uma vez sem medo de ser chamado de nepotista, o astro escala sua parceirona e então esposa, Sondra Locke, que vive uma artista plástica que após ser vitima de um estupro passa a fazer justiça com as próprias mãos, praticamente sendo uma versão feminina do icônico Dirty Harry. Também era um dos que ignorava o filme, mas, quando o revi já adulto, percebi que é um ótimo filme policial, que conta com um roteiro bem elaborado, que traz uma trama interessantíssima, mesclando precisamente ação e drama, e Eastwood mandando super-bem na dupla função de protagonista e diretor.
1. Perseguidor Implacável.
Seguindo à regra, o primeiro filme é disparado o melhor da franquia. Mais do que isso, é um divisor de águas não somente na carreira de Eastwood, que chega ao ápice na parceria com o saudoso mestre Don Siegel, mas do gênero policial - e de quebra também de ação -, que ganham uma de suas maiores obras-primas. O saudoso mestre nos presenteia com um filmaço envolvente do começo ao fim, com direito a uma cena clássica com uma das mais marcantes frases de efeito icônicas da sétima arte, que conta com um ótimo roteiro que nos apresenta em grande estilo o mítico Harry Callahan, que corre contra o tempo para acabar com a festa de um franco-atirador que está tocando o terror em São Francisco. Se gerou polêmica na época, imagine nesses tempos chatos da patrulha do politicamente coreto. Infinitamente imitado e insuperável até hoje, afinal, clássico é clássico.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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