sábado, 20 de maio de 2017

TENSÃO NO CAMBURÃO E MÃE E FILHA BATALHADORAS EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Clash (Eshtebak).
Produção francesa e egípcia de 2016.

Direção: Mohamed Diab.

Elenco: Nelly Karim, Hani Adel, Tarek Abdel Aziz, Ahmed Malek, Ahmed Bash, Husni Shetta, Mohamed El Sebaey, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 20 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 9,0.  
Sinopse: Eleito democraticamente, o presidente egípcio Mohamed Morsi é derrubado por militares em 2013. O clima fica tenso no país, gerando protestos violentos. Num destes, dois jornalistas (Adel e El Sebaey) são acusados de fazerem parte do grupo Irmandade Muçulmana, e são enfiados num camburão. Minutos depois, só colocados lá também manifestantes de posição opostas, deixando o clima mais tenso.

Comentários: Com um atraso de quinze dias chega esse filme que despertou o meu interesse após ver o trailer na semana passada. E sem dúvida, estamos diante da surpresa do ano, já que o filme tem um ótimo roteiro, trazendo uma história tensa e eletrizante do começo ao fim (para você ter ideia, imagine se a polícia por aqui enfiasse num mesmo cubículo uma galera intolerante violenta, tipo, petralhas e coxinhas, ou corintianos e palmeirenses, ou no caso de nós alagoanos, azulinos e regateanos, e no meio um idoso, dois pré-adolescentes e uma mãe de família, dentro de um camburão que passa no meio de vários conflitos violentos). O resultado é um filmaço muito bem realizado, que, por enquanto, é a maior surpresa do ano. Filmaço imperdível!



Fatima (Fatima).
Produção francesa de 2015.

Direção: Philippe Faucon.

Elenco: Soria Zeroual, Zita Hanrol, Kenza Noah Aïche, Chawki Amari, , entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 20 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 7,8.
  
Sinopse: Fatima (Zeroual) é uma angelina refugiada, que mesmo morando na França há anos, ainda não domina bem o idioma, e rala bastante como faxineira para sustentar suas filhas. E quando sua filha mais velha, Nesrine (Hanrot), entra na faculdade de medicina, sua jornada de trabalho só aumenta. Além da dureza da labuta diária, Fatima ainda tem que bater de frente com sua filha caçula, Souad (Aïche), adolescente rebelde de quinze anos que, ao contrário da mãe e da irmã mais velha, não quer porra nenhuma com a vida.

Comentários: Aclamado no ano passado no renomado Festival de Cannes, onde recebeu três César, incluindo Melhor Filme, Fatima finalmente faz sua pré-estreia em cinemas alagoanos, com mais de dois meses de atrasos (com todo respeito aos valentes funcionários do independente Centro Cultural Arte Pajuçara, mas, fica a sensação que parte das distribuidoras de filmes independentes no nosso Brasil, tratam com desrespeito o local, só mandando os filmes quando saem de cartaz em todo país). Sobre o filme, é um drama sensível, tocante, que conta com um roteiro satisfatório que não aprofunda muito a história (o filme tem apenas um pouco mais de uma hora de duração), mas, em compensação manda o recado e consegue nos tocar.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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