O Manto Sagrado (The Robe).
Produção estadunidense de 1953.
Direção: Henry Koster.
Elenco: Richard Burton, Jean Simmons, Victor Mature, Michael Rennie, Jay Robinson, Dean Jagger, Torin Thatcher, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS e DVD).
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Baseado no livro homônimo escrito por Lloyd C. Douglas. O filme acompanha a trajetória do tribuno romano Marcellus Gallio (Burton), filho do importantíssimo Senador Gallio (Thatcher), que após contrariar o futuro imperador Calígula (Robinson) por causa da compra do escravo Demetrius (Mature), vai parar na Judeia, justamente nas últimas semanas de Jesus Cristo (feito por algum figurante ilustre desconhecido, e com voz de Cameron Mitchell), tempo que Marcellus passa na região, mas o suficiente para ele está presente na crucificação de Cristo e ganhar o Seu manto num jogo de dados aos pés da cruz. A partir de então ter sua vida mudada para sempre.
Comentários: Na chamada época de ouro hollywoodiana as produções bíblicas eram os blockbusters da época. Geralmente, produções super-luxuosas graças a grandes orçamentos, estrelados por elencos estrelares, com roteiros que usavam e abusavam do dramalhão e da tal liberdade poética. O Manto Sagrado é uma dessas produções que entrou para a história da sétima arte não somente por ser uma das maiores bilheterias do gênero bíblico, mas, principalmente, por ser o primeiro filme todo produzido em CinemaScope, técnica criada pelo então presidente dos estúdios Fox para produzir filmes no formato Widescreen. E nessa parte técnica, apesar de tanta evolução desde então, o filme continua sendo impactante, um espetáculo para os olhos, principalmente graças a excelente fotografias, que valoriza e enaltece a excepcional direção de arte, figurinos e cenários, que reconta com riquezas de detalhes uma história ficcional interessantíssima. Porém, o grande problema do filme é justamente seu roteiro que exagera na dose do dramalhão, que só piora pelas atuações exageradas do elenco, em especial do protagonista, o saudoso Richard Burton, com uma canastrice absurda, que beira ao ridículo. Quando criança e assistia o filme nas exaustivas exibições dubladas no Corujão da Globo, amava o filme, mas, revendo-o agora adulto, me incomodou bastante as atuações que fazem os atores de novelas mexicanas (e porque não dizer das novelas bíblicas tupiniquins da Record) corarem de vergonha alheia. Mesmo prejudicado pelo dosagem exagerada de dramalhão no roteiro e a canastrice exageradíssima do elenco, indiscutivelmente, O Manto Sagrado é um clássico da sétima arte que merece ser visto principalmente pelo valor histórico que ele representa.
Com enorme sucesso do filme, os caras não perderam tempo e lançaram logo uma continuação já no ano seguinte, Demetrius e os Gladiadores, estrelado pelo saudoso Victor Mature, que volta ao papel do escravo Demetrius, junto com alguns outros atores do filme original, numa produção também luxuosa, que acompanha a trajetória do personagem logo após o final de O Manto Sagrado, abraçando a fé cristã, depois indo parar na arena de gladiadores, e devido alguns problemas, perdendo sua fé, momento em que dar uns pegas nas gostosa e periguete Messsaline (Hayward), esposa do corno manso Claudius (Jones), tio de Calígula (Robinson), que empolgado com a "desconversão" de Demetrius, o promove a tribuno. Com meia a hora a menos que o filme original, Demetrius e os Gladiadores acaba levando uma ligeira vantagem na questão do dramalhão ser um pouquinho acentuado. Mas, em contrapartida, acaba sendo uma desnecessária continuação, bem inferior, com um roteiro satisfatório, mas, não conseguindo salvar a história fraquinha que dói. Enfim, consegue ser uma diversão bobinha, ingênua, que merece ser visto bem mais pela curiosidade (de preferência, se tiver tempo, numa sessão dupla com o original) do que pelo valor histórico que o original representa.
Demetrius e os Gladiadores (Demetrius and the Gladiators).
Produção estadunidense de 1954.
Direção: Delmer Daves.
Elenco: Victor Mature, Susan Hayward, Michael Rennie, Debra Paget, Anne Bancroft, Jay Robinson, Barry Jones, William Marshall, Ernest Borgnine, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).
Cotação:
Nota: 5,0.
Sinopse e Comentários no parágrafo acima.
Sinopse e Comentários no parágrafo acima.
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