domingo, 12 de fevereiro de 2017

RECORDAR É REVER: OS TRAPALHÕES NO RABO DO COMETA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Os Trapalhões no Rabo do Cometa.
Produção brasileira de 1986.

Direção: Dedé Santana.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, José Vasconcelos, Maurício de Sousa.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse: Os Trapalhões estão fazendo um show no Teatro Scala no Rio de Janeiro. Em dado momento, eles contam com a participação do desenhista Maurício de Sousa, que mostra um pouco do seu talento. É quando surge um dos seus personagens, um bruxo (Vasconcelos), que deseja a todo custo pegar na mão de Didi, no momento exato da passagem do cometa Halley, onde as forças do bem e do mal se unem, a fim de se tornar o bruxo mais poderoso da Terra. A partir daí, inicia-se uma viagem no tempo em desenho animado, com o quarteto, principalmente Didi, tentando escapar do bruxo mala.

Comentários: Os mestres do humor se encontram com o mestre dos quadrinhos. Tinha tudo para ser um encontro memorável e histórico. Numa época em que o grupo viveu sua melhor fase criativa no cinema, onde buscava sair da mesmice e inovar, Os Trapalhões se unem ao mestre Maurício de Sousa, que na época também levava pela primeira vez seus memoráveis personagens para as telonas. Pena que a união tenha sido justamente nos dois filmes mais fracos dessa fase de ouro do grupo. Iniciando num trecho nada ver em Os Trapalhões no Reino da Fantasia, aqui a animação ganha um espaço maior. Filmado praticamente junto com o citado filme que também traz a Xuxa como uma sonsa e tosca freirinha, a gente até perdoaria a fraca qualidade da animação, mas, o problema aqui vai além da compreensível deficiência técnica da época. Todo problema está na própria história, sem nexo, algo costumeiro nos filmes dos Trapa, mas, que neste caso acaba sendo inaceitável. Repete-se demais a mesma intenção do vilão ("o bruxo tem que pegar na mão do Didi") como se nós fossemos burros suficientes para não entender da primeira vez, as piadas são sem graça, os membros do grupo mal aparece juntos, focando apenas no Didi.  Vale apenas por algumas piadas bobinhas no começo do filme com o grupo fazendo um stand-up, trinta anos antes de virar modinha por aqui, a hilária sequência inicial da animação, que se passa na pré-história, ao som de Ultraje a Rigor parodiando um dos seus mais marcantes sucessos, e algumas referências divertidas a personagens da turma da Mônica no decorrer da animação. Mas, nada disso salva o filme de ser um imenso desperdiço dos talentos de todos os envolvidos. Decepcionante!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
O cabeçudo e fofinho dinossauro Horácio numa ponta marcante.

 
Além dos personagens inesquecíveis criados pelo mestre Maurício de Sousa,
futebol e a política da época também servem de referências interessantes na animação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário