Produção brasileira de 2016.
Direção: Gustavo Rosa de Moura.
Elenco: João Miguel, Marina Person, Francisco Miguez, Stella Hodge, Marat Descartes, Poliana Pieratti, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 06 de dezembro de 2016.
Cotação:
Nota: 5,0.
Sinopse: Eduardo (Miguel) e Julia (Person) é um casal que se ama e tem dois filhos (Miguez e Hodge). Tudo muda quando um dia, ela entra em depressão e tenta um suicídio. A partir daí, a rotina do casal muda consideravelmente, e Eduardo, passa a ficar de olho na esposa, e acaba descobrindo que ela guarda um misterioso segredo.
Comentários: Assunto tabu a ponto de algumas emissoras televisivas e radiofônicas proibirem rigorosamente de se noticiar fatos ocorridos desta maneira, o suicídio ganha um espaço no nosso cinema nacional para ser tratado não somente no ato em si, mas, sobretudo, nas consequências sobre o depressivo e seus familiares após sua tentativa. Uma pena que faltou só um pouquinho de ousadia, já que filme ao invés de se manter no tema, acaba se desviando para um segredo guardado e traições extraconjugais. O fraquíssimo final só aumenta a frustração. Em compensação, a excelente atuação do casal de protagonistas e um roteiro satisfatório acaba prendendo a nossa atenção até o final e o resultado final não chega a ser tão ruim. Uma boa ideia que deveria ter sido mais bem trabalhada, mas, valeu a tentativa de tocar num tema tão delicado.
Produção marroquina e francesa de 2015.
Direção: Nabil Ayouch.
Elenco: Loubna Abidar, Asmaa Lazrak, Halima Karaouane, Sara Elmhamdi-Elalaqui, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 06 de dezembro de 2016.
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: O filme acompanha a rotina de três jovens marroquinas - Noha (Abidar), Randa (Lazrak), Soukaina (Karaouane) - que para se sustentarem e as suas famílias, ganham a vida se prostituindo em baladas promovidas por homens endinheirados, mostrando que, ao contrário do que muitos insistem dizer, prostituição não é vida fácil.
Comentários: Se falar em suicídio no Brasil é assunto tabu, imagina falar de prostituição num país islâmico como o Marrocos. A exibição desse filme no Festival de Cannes (com certeza, o motivo principal que fez o filme chegar para nós) causou um maior auê, com direito a ameaças de prisão ao diretor e até de morte a atriz Loubna Abidar, que desde então vive exilada na França. Sem medo de ousar, o direto mete com tudo o dedo na ferida de forma bastante realista, num filme que conta com um roteiro bem elaborado, que ganha força com a direção precisa e o talento das lindas atrizes protagonistas. O resultado é um filme que vai além da fronteira do seu país pois trata de uma realidade universal. Sem glamour da profissão, como muitos filmes inventam de colorir, mas, mostrando a verdade nua e crua, temos um filme interessante que, apesar de ser perder um pouco no final, merece ser descoberto.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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