domingo, 18 de dezembro de 2016

RECORDAR É REVER: OS FANTASMAS TRAPALHÕES.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Os Fantasmas Trapalhões.
Produção brasileira de 1987.

Direção: J. B. Tanko.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Bia Seidel, Gugu Liberato, Dominó, Carla Daniel, Wilson Grey, Dino Santana, Claudiney Penedo, Paulo Porto, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema São Luiz (Maceió), na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse: Quatro amigos (Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias) ganham a vida vendendo artesanato na beira da estrada. Um dia costumeiro, enquanto atendiam um cliente, o delegado Augusto (Liberato), a venda é interrompida bruscamente por uma perseguição. A convite do cliente, o quarteto se intromete na perseguição e acaba salvando Giovanni (Grey), um senhor que está partindo desta para uma melhor, mas, antes confessa que é um ladrão italiano, e que deixou US$ 5 milhões no castelo do seu irmão (Porto), fazendo um último pedido aos cinco: que encontrem a grana e devolvam ao banco, que por sua vez, irá recompensá-los. Eles viajam até o local, que é assombrado por fantasmas.

Comentários: No mesmo ano em que a trupe tinha levado tromba nas bilheterias com o elogiadíssimo pela crítica, mas, incompreendido pelo público (inclusive por este blogueiro, que só veio valorizar o filme depois de adulto) Os Trapalhões no Auto da Compadecida, Renato Aragão ligou o botão "foda-se a coerência e um bom roteiro" e criou o argumento deste filminho, que marca a despedida da perfeita parceria com o mestre J. B. Tanko, responsável por boa parte dos campeões de bilheterias da trupe, e o início de uma fase de filmes ruins com a presença dos pés-frios, Gugu e grupo Dominó (exceto apenas O Casamento dos Trapalhões). Os filmes do grupo, com algumas raríssimas exceções, nunca foram marcados pela coerência do roteiro. Mas aqui chega-se ao cúmulo do absurdo, porque simplesmente, não existe roteiro, mas uma colagem de vários esquetes do grupo. O mais triste é que pouquíssimas piadas funcionam (digo as feitas, pois, a canastrice do Gugu Liberato provoca involuntárias risadas de tão ridícula). Pelo menos as músicas cantadas pela trupe (e não a única do grupo Dominó), a maioria composta pela fodástica dupla Michael Sullivan e Paulo Massadas, são muito bonitinhas, apesar de serem chicletes. Em síntese, não chega a ser totalmente ruim, pois é feito para agradar as crianças bem pequeninas, e acredito que, até hoje, deve conseguir esse feito. Mas, para nós, fica a sensação que é um desperdiço do inegável talento do saudoso grupo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


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