MENINA TURCAS SOB PRESSÃO E FILME TUPINIQUIM PARA GRINGO VER EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.
= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.
Cinco Graças (Mustang).
Produção franco-turca e alemã de 2015.
Direção: Deniz Gamze Ergüven.
Elenco: Güneş Nezihe Şensoy, Doğa Doğuşlu, Elit İşcan, Tuğba Sunguroğlu, İlayda Akdoğan, Nihal Koldaş, Ayberk Pekcan, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 13 de março de 2016.
Cotação:
Nota:7,5.
Sinopse: A trama se passa num pequeno vilarejo turco, onde cinco adolescentes, irmãs órfãs (Şensoy, Doğuşlu, İşcan, Sunguroğlu e Akdoğan), que são criadas pela avó (Koldaş), escandalizam o local só por uma simples brincadeira com os colegas rapazes, após o último dia de aula. Devido ao fato, o tio (Pekcan) mete o bedelho e impõe as meninas os costumes machistas da religião muçulmana, como cuidar dos afazeres domésticos ao invés de ir a escola, casamentos passam a ser arquitetados, entre outros. Mesmo com tanta pressão e marcação cerrada, as irmãs resolvem chutar o pau da barraca e resistir.
Comentários: Blockbusters hollywoodianos são fodas, bacanas, mas, aconselho que todo cinéfilo não deve se limitar somente a eles. Afinal, o cinema é uma arte, e como tal deve ser apreciada em todas as suas manifestações, por isso mesmo, para o nosso próprio bem, é sugerido que sempre no meio de shows pirotécnicos, explosões, ritmo frenético, possamos também bebe de outras fontes, assistir a filmes que entram em cartaz em circuitos alternativos, mais cabeças como este Cinco Graças que, tão logo eu li a sinopse, não perdi tempo e corri logo para assistir, afinal, traz um tema interessantíssimo, sobre outra cultura diferente da nossa, e ao mesmo tempo, trata assuntos tão idênticos a qualquer ser humano, sobretudo na delicada fase da adolescência. O filme tem um roteiro simples, porém, bem estruturado, que retrata bem a situação que milhões de mulheres no mundo, sobretudo em países de culturas intolerantes, ainda passam em pleno século XXI. O elenco inspiradíssimo, com ótimas atuações, também é outro atrativo do filme. Envolvente, emocionante e cativante, uma pequena obra-prima que merece ser descoberta.
Meu Amigo Hindu.
Produção brasileira de 2015.
Direção: Hector Barbenco.
Elenco: Willem Dafoe, Maria Fernanda Cândido, Selton Mello, Bárbara Paz, Reynaldo Gianechini, Maitê Proença, Dalton Vigh, Ary Fontoura, Tânia Khalill, Guilherme Weber, Rio Adlanka, Marcello Airoldi, Christine Fernandes, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 13 de março de 2016.
Cotação:
Nota:4,0.
Sinopse: Cineasta respeitado, Diego (Dafoe) está perdendo sua luta contra o câncer, e sua única chance de sair dessa é ir aos States fazer um transplante de médula óssea que está em fase de testes. Antes de partir, Diego resolve casar com sua amada Lívia (Cândido) e se despedir dos amigos. Já nos States, no leito do hospital, Diego conhece um menino hindu (Adlanka), que também está se tratando.
Comentários: Um astro gringo que é um excelente ator e um puta elenco talentoso brasileiro (apenas três atores em papel de destaque). A primeira vista parece uma mescla do indicado ao Oscar O Beijo da Mulher Aranha e do fodástico Carandiru, dois dos trabalhos mais memoráveis do diretor argentino radicado por aqui Hector Barbenco. Mas, as comparações param por aqui. Meu Amigo Hindu, provavelmente, é o filme mais autoral de Barbenco, que na vida real, já sofreu desta terrível doença. Colocando todo elenco brasileiro para exercitar o inglês (parece que Barbenco quer voltar a ser indicado ao Oscar, fazendo um filme brasileiro para gringo ver confortavelmente) - o que acaba incomodando e irritando nas sequências que se passam no Brasil, onde ninguém fala português, o diretor acaba frustrando consideravelmente, com seu pior filme. Com toques pseudo-biográfico, o filme tem um roteiro um pouco confuso, que gera um filminho chato, insosso, sem emoção em nenhum momento, apesar de ter todo potencial para isso, que só não leva um zero redondinho, por causa de uma atuação inspiradíssima de Dafoe, que simplesmente, arrebenta. Até mesmo a tal amizade do título é pouquíssima explorada e nem fede, nem cheira na trama. Em síntese, uma pisada de bola somada a uma cagada homérica do diretor. Decepção total!
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