Quem disse que super-herói tem folga? Pois é, nem mesmo no período natalino os super-vilões deixam de tocar o terror. No segundo e último filme dirigido pelo mestre Tim Burton, o homem-morcego tem que encarar o grotesco Pinguim (Danny DeVito, numa das caracterizações mais toscas e nada ver de um personagem dos quadrinhos), que junto com sua gangue, acaba com a festa de inauguração da árvore de natal de Gotham City, e ainda tem que controlar o batpau (Ops! Desculpa a baixaria, afinal, estamos numa postagem que deveria ser familiar.) para não cair nas garras da vilã gostosona Mulher-Gata. Santo estresse de final de ano, Batman!
Mesmo com os filmes listados aqui fugindo do convencional de um filme natalino, não podemos escapar dos nossos costumeiros empates técnico, quando os neurônios deste que vos escreve chegam a essa conclusão. No caso aqui, o empate é entre dois clássicos do gênero de ação.
Muita gente não lembra, mas, o fodástico primeiro filme da tetralogia Máquina Mortífera se passa no período natalino. Afinal, entre os créditos iniciais ao som de um clássico natalino e a sequência final onde o cachorro do Mel Gibson causa na ceia de natal da família de Danny Glover ,correndo atrás do gato da família, o ritmo de ação e a porrada rolam solta. É bem verdade que há a negociação de drogas na loja de árvores de natal e a deprê que leva o personagem de Riggs a tentar cometer suicídio diante de um especial de natal da turma do Pernalonga, mas, o fato é que Máquina Mortífera está longe de ser um filme natalino.
Há algo de diferente numa calma noite no período natalino. E não é nem a estrela, muito menos a visita dos reis magos, mas, dois alienígenas, um traficante e outro policial, que inventam de visitar o nosso planeta, cabendo a Dolph Lundgren, mais violento que Van Damme, Schwarzenegger e Stallone (isso de acordo com o poster e capa do VHS do filme) resolver a parada e garantir as festas de final de ano dos humanos. Ao contrário do colega de empate, aqui só sabemos que a ação do filme se passa no período natalino, por causa da sequência de abertura e umas decorações quase invisíveis nas rua, no decorrer da trama.
Terroristas é outra racinha que não dorme em serviço. Em plena época natalina, inventam de invadir justamente os Estados Unidos. O que eles não esperavam é que o presente de natal do país invadido para eles é justamente Hunter, um ex-agente da CIA tão implacável quanto Stallone em Cobra (mais uma vez, de acordo com a capa do VHS), ninguém menos que o fodão dos fodões Chuck Norris, num dos filmes responsáveis por torná-lo fenômeno pop da grande rede. Terroristas que metem a bazuca numa família inteira em plena confraternização natalina e uma perseguição surreal dentro de um shopping só alguns exemplos de um filme porra-louca que se passa no período natalino, mas, de natalino não tem é nada.
O nosso cinema nacional marca presença na nossa lista e com um clássico peso-pesado do saudoso quarteto Os Trapalhões. Naqueles saudosos tempos era de lei, filme do grupo nas duas férias anuais. Neste filme em que Renato Aragão volta a interpretar Bonga, o seu Carlito nacional, a trama se passa em plena época de natal, com direito ao quarteto a se fantasiar de Reis Magos num presépio vivo e a receber visita de uma Papai Noel (isso mesmo, não errei a digitação, já que o bom velhinho na verdade a mocinha rica da trama). O quarteto é justamente os vagabundos do título, que vive se metendo em roubadas, mas, também, tentando arrumar que a pirralhada abandonada, seja adotada. Clássico do nosso cinema que merece ser visto e revisto com toda família.
Se super-vilões e terroristas não dão descanso nem no Natal, imagina psicopatas. É o caso do personagem interpretado por Ray Liotta, em uma das melhores e mais memoráveis atuação de sua carreira, que toca o terror em um voo quase vazio, em plena noite de natal. Mais fora do convencional do que isso, só o bom velhinho sair matando adoidado na franquia Natal Sangrento, e outros filmes de terror. E mesmo assim nenhum deles é páreo para o porra-louca psicopata Ryan Weaver tocando o terror em pleno ar, durante um turbulência pesadíssima. Teve duas continuações inferiores e, até onde eu me lembre, nenhuma se passa no natal.
A maior luta de boxe da sétima arte ocorreu em pleno período natalino. Pois é, Rocky Balboa encara o fodástico quase super-humano Ivan Drago na gelada (em todos os sentidos) extinta União Soviética. Balboa deve gostar de comemorar as festas de final de ano distribuindo porrada, já que a revanche com Apollo Creed e a surra mano a mano num pupilo ingrato foram neste período. Mas, nenhuma delas se compara ao maior desafio de sua carreira.
Outro empate em nossa lista, curiosamente entre dois filmes completamente diferentes, mas, completamente divetidos. No clássico ointentista do sub-gênero terrir, o inventor Rand Peltzer, que para não chegar de mãos vazias em casa, compra para seu filho adolescente numa loja no feofó de Chinatown o fofinho Gizmo, criaturinha que acaba gerando, literalmente falando, criaturas nada fofinhas, que tocam o terror na pacata cidadezinha que a família Peltzer reside. Gremlins ganhou uma continuação ligeiramente mais fraquinha, que também se passa no período natalino, mas, o primeiro é tão fodástico que empata com a típica comédia familiar natalina, estrelada por Arnold Schwarzenegger, onde o brucutu dar vida a um pai tão relapso como o tonto do clássico terrir, que deixa para a última hora para comprar o presente de natal do seu filho, se metendo numa merda atrás da outra. Para não frustrar o pirralho, ele está disposto a tudo, com direito a sair na porrada com anões. Dois filmaços obrigatórios para assistir neste período.
Nada de atravessar o país para ir a um parque de diversão ou a Las Vegas, muito menos ir a Europa. A família mais pirada da sétima arte resolve seguir as tradições e realizar a ceia natalina em casa. Mas, normalidade passa longe dos Griswolds, chefiada pelo figuraça Clark interpretado de forma magistral pelo impagável Chevy Chase. Quem ganha um presentão de natal somos nós, com uma das comédias natalinas mais engraçadas de todos os tempos.
Kevin McCallister é um pirralho mala da porra. Tanto que é esquecido pela família duas vezes, abandonado a própria sorte por dois natais. E não justifica o fato de fazer parte de uma família numerosa. A dupla de ladrões atrapalhados que levou tromba por duas vezes nas mãos do pirralho, sentiu na pele e milagrosamente escapou para provar isso. O resultado são dois filmaços divertidos para a toda família, nesta franquia que deveria ter parado por aqui, e não seguir adiante sem o ex-astro mirim Macaulay Culkin, muito menos sem os natais nada convencionais.
De cara comum, que só queria se reconciliar com a esposa a ícone da sétima arte. Este é John McClane, até agora o personagem mais inesquecível do astro Bruce Willis, que por dois natais seguidos teve que encarar terroristas que inventaram de meter bronca em plena noite de natal e ainda ameaçar a vida da patroa do cara. Resultado não poderia ser outro: dois filmaços inesquecíveis, clássicos fodásticos do gênero de ação, até hoje, insuperáveis, até mesmo dentro da franquia. A exemplo de Esqueceram de Mim, o enredo das continuações saíram da noite de natal, mas, ao contrário desta comédia familiar, continuou mantendo o mesmo altíssimo nível e seu astro, Bruce Willis, que voltará em breve a botar para foder na bandidagem como McClane num sexto filme. Merecidamente, ouro na nossa lista de filmes natalinos fora do normal.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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