EMBALOS DE SÁBADO À NOITE, NA TV ABERTA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.

No sábado passado, de bobeira em casa, fui zapeando a TV e fui surpreendido com a presença de Eddie Murphy, Jackie Chan e do fodão e fenômeno da grande rede Chuck Norris. Obviamente, nenhum deles em seus melhores trabalhos, mas, que ao menos, cumprindo a missão de sair da rotina das TV abertas de exibir a mesmice de sempre. Sem perder tempo, vamos aos comentários de cada um destes filmes.

AS VÁRIAS FACETAS MURPHY.

O Professor Aloprado 2: A Família Klump (Nutty Professor II:The Klumps).

Produção hollywoodiana de 2000.

Direção: Peter Segal.

Elenco: Eddie Murphy, Janet Jackson, Richard Gant, Anna Maria Horsford, Wanda Sykes, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS) e na TV por assinatura (Telecine Premium).

Cotação:  

Nota: 7,5.

Sinopse: O simpático rola de poço professor Sherman Klump (Murphy) está numa fase ótima de sua vida, prestes a se casar com sua amada Denise (Jackson). Mas, seu alter-ego sem noção Buddy Love (Murphy) não somente está de volta e agora separado dele, cometendo um bocado de atrocidades, inclusive, roubando uma fórmula criada por Sherman, que terá que  correr contra o tempo para resolver toda confusão e ainda casar com sua amada.

Comentários: Um fato raríssimo é um remake ser tão bom quanto o original, outro é uma continuação, seja de um remake ou de um original, ser tão boa quanto ao original. O primeiro, Eddie Murphy realizou no ano 2000, com o remake do engraçadíssimo O Professor Aloprado, estrelado pelo genial Jerry Lewis, um dos produtores da continuação deste remake. Se no original, Lewis, com seu inegável talento, dava um show de versatilidade, de cara limpa, só dando uma assanhadinha nos cabelos e fazendo impagáveis caretas, no remake, a versatilidade de Murphy estava presente bem mais pela maquiagem e efeitos visuais do que dos méritos inegáveis do talentoso ator. Uma das cenas marcantes do remake, sem sombra de dúvida, foi o engraçadíssimo jantar de Sherman com seus familiares, todos, exceto um pirralho gordinho, interpretados por Murphy. Justamente, essa cena, acabou sendo o tema central da continuação, que a Record exibiu na noite do sábado passado. Murphy, a maquiagem e os efeitos estão de volta com tudo, ainda mais caprichados. O problema foi justamente o roteiro, que deixa bastante a desejar, apesar do ator/comediante tirar letra de pedra e brilhar. Outro ponto negativo foi a substituição da competente senhora Will Smith, Jada Pinkett Smith, pelo insossa e sem graça irmã de Michael Jackson, Janet Jackson, como par romântico de Sherman.  Enfim, não chega a ser uma bomba total, já que Murphy salva a pátria com mais um show de versatilidade, mas, é inegável que trata-se de mais uma desnecessária continuação na história do cinema.

ACELERA, JACKIE!

 

Thuderbolt: Ação Sobre Rodas (Thuderbolt).

Produção de Hong Kong de 1995.

Direção: Gordon Chan.

Elenco: Jackie Chan, Anita Yuen, Thorsten Nickel, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS) e na TV por assinatura (Telecine Action).

Cotação: 

Nota: 7,5.

Sinopse: Chan Foh (Jackie, na dublagem) (Chan) é um mecânico bom do volante, que se mete onde não é chamado numa perseguição e acaba ajudando a polícia a prender um perigoso bandidão. Puto da vida, o bandidão sequestra a irmã de Jackie e o obriga a participar de uma competição automobilística.Obviamente, o bandidão não quer que o carinha ganhe, que irá encarar desafios dentro e fora das pistas.

Comentários: Com uma extensa filmografia que não para de crescer ao longo de quarenta anos de carreira, obviamente, o china camarada Jackie Chan tem que se reinventar, hora ou outra, mas, sem sair do seu estilo porra-louca de dispensar dublê e encarar ele mesmo as sequências de ação perigosas. Nesta produção, que fez um relativo sucesso nas locadoras, pegando carona no estouro dele por aqui em Arrebentando em Nova Iorque, Chan cai na pista, não de danças, mas, de corrida, sem deixar de distribuir porradas nos dublês da sua firma. O filme tem um roteiro razoável, bem costumeiro das suas produções estreladas no seu país de origem, com boas sequências de ação e também de corrida. Não figura entre os melhores filmes estrelados por Chan, mas, também não é uma merda. Fica no meio termo, mas, cumprindo direitinho sua função de divertir sem muita exigência.

 

Trailer.

Filme completo na versão dublada.

VOLTA DESNECESSÁRIA.

Walker Texas Ranger - Julgamento de Fogo (Walker Texas Ranger - Trial by Fire).

Produção estadunidense de 2005.

Direção: Aaron Norris.

Elenco: Chuck Norris, Sheree J. Wilson, Andre Kristoff, Bruce Locke, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (SBT)  em 31  de agosto de 2010 e em 23 de novembro de 2013.

Cotação: 

Nota: 1,5.

Sinopse: O fodão patrulheiro do Texas Colder Walker (Norris) está de volta à telinha, e agora, como comissário de polícia, o que não o impede de cai em campo para tentar encontrar um pirralho, que teve o pai assassinado por bandidões coreanos, de olho num artefato de um míssil nuclear. Paralelamente, o cara ainda terá que queimar neurônios e, obviamente, dar porrada em alguns bandidões, quando um dos seus melhores patrulheiros é acusado de assassinato, e todas as evidências. levam a senhora Walker, Alex (J. Wilson), promotora do caso, a concluir que o tal patrulheiro exemplar de fato cometeu os crimes.

Comentários: Todo mundo tem vontade de saber o que aconteceu com seus personagens favoritos da telinha, seja das novelas ou de um seriado, após o termino dos mesmo. Prática comum na TV americana, é a produção de longas, para dar essa resposta aos curiosos e quem sabe até conseguir  ressuscitar o finado seriado. Particularmente, gostava muito de Walker Texas Ranger (que no Brasil, ganhou o ridículo título Chuck Norris - O Homem da Lei e em DVD, o ainda mais tosco Chuck Norris é a Lei), afinal, foi o primeiro que eu assistir todas as temporadas pelo AXN. Evidente que, como uma obra aberta, teve temporadas boas, outras ruins, como também episódios excepcionais, outros ruins e boa parte satisfatórios. Mas, esse longa pós-seriado, sem sombra de dúvida, é a maior pisada de bola de Norris e do seriado. Mesmo sendo dirigido por seu irmão, o experiente Aaron Norris (Comando Delta II), nada funciona nessa merda de telefilme, principalmente, pelo péssimo roteiro que de cara, afasta o parceirão do personagem de Norris, Trivette, coloca meia-dúzia fraquíssimos, e ainda caga feio com um final aberto e totalmente sem graça, ferrando (ou não, já que o final é aberto) com a única personagem remanescente do seriado original desde começo. Até o imbatível da internet Norris é nocateado, e no caso desta merda de telefilme, ele apanha violentamente. Mais uma prova viva que a sessão tapa-buraco do SBT, inicialmente, com proposta de exibir filmes de artes, deveria mudar o nome para Cine Grandes Merdas.

 

Rick Pinheiro. 

Cinéfilo.