quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MAIS UMA OBRA-PRIMA REVOLUCIONÁRIA DE CAMERON.

Maior bilheteria da história do cinema é exibida na telinha pela emissora do bispo Macedo.
 
Não é novidade nenhuma que a emissora aberta Record vem investindo pesado para  ser uma líder em audiência, mesmo com uma programação de gosto duvidoso como o reallity lixo A Fazenda, novelas toscas que fazem as mexicanas serem maravilhosas e, evidentemente, os programas da Igreja Universal do Reino de Deus. Mas, em compensação, a emissora também está caprichando na programação de filmes, colocando para atrás sua maior concorrente a poderossísima Globo que, a cada ano, sempre promete uma lista enorme de ótimos filmes e não exibe nem 10%. Domingo passado,  a emissora do bispo nos presenteou simplesmente com a exibição da maior bilheteria de todos os tempos, a obra-prima revolucionária Avatar, escrita e dirigida por James Cameron, que se supera ainda mais, fazendo o que Steven Spielberg e George Lucas fizeram nos anos 1970 e 1980, ou seja, unindo criatividade no roteiro com os efeitos especiais mais avançados, que nos fazem fazer uma viagem alucinante e encantadora no mundo da imaginação, neste caso ao distante planeta Pandora. Se Cameron surpreendeu o mundo com o orçamento limitadíssimo de O Exterminador do Futuro, outra obra-prima do diretor, imagina tendo a disposição altíssimo orçamento e tecnologia inovadora de última geração.

Para quem ainda não assistiu, a trama se passa no citado planeta Pandora, onde os terráqueos (leia-se o poderossísmo exército estaduniense) está invadindo o que não é seu, destruindo tudo isso. Resistindo a tudo isso, está a população local, os Na'Vi, criaturas azuis, gigantes, primitivas, mas, destemidos guerreiros. Como são incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam Avatares, corpos dos locais, movimentados pelos pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Uma invenção perfeita que a cientista Grace (a eterna Ripley, Sigourney Weaver) e sua equipe, aproveitam para fins pacíficos e cientificos, ao contrário do militares, que convoca o soldado, recém-parapélgico Jake (Sam Worthington), para se infiltrar na equipe de cientistas e espionar os Na'Vi. Mas, o inesperado e bizarro acontece, já que o cara acaba se apaixonando por Neytiri (Zoe Saldana) uma Na'Vi boa de briga, e acaba, junto com a equipe de cientistas, lutando ao lado da galera alienígena.
 
Com um roteiro muito bem escrito, Cameron mostra toda sua genialidade, dando alfinetas pesada na política estaduniense e, principalmente, trazendo uma belíssima mensagem ecológica, pois, assim como Pandora, nossas florestas estão sendo dizimadas. Evidente que, não somente de analogias a nossa realidade está presente no roteiro de Avatar, já que a parte ficcional é outro show de criatividade de Cameron, que estava inspiradíssimo. Até mesmo o bizarro romance entre os protagonistas de espécies diferentes convence.
 
A parte técnica é um show a parte. Lamento por não ter assisitido nos cinemas em 3- D, já que na época do seu lançamento, não tinham salas 3-D aqui em Maceió, e no relançamento, foi exibida em uma única sessão no Centerplex, no incomodo horário após às 21 horas. Mas, mesmo não assistindo no formato, é inegável que em Avatar, Cameron revolucionou a sétima arte, utilizando recursos de última geração. Até mesmo na telinha, as imagens são de encher os olhos. Merecida e indiscutivelmente os Oscar nas categorias Fotografia, Direção de Arte e Efeitos Especiais. Injusta e tremenda sacanagem com Cameron e sua obra-prima foi os membros da Academia terem optado em premiar como Melhor Filme e Diretor, Guerra ao Terror e sua diretora, ex-esposa  de Cameron. Indiscutível que também é um ótimo filme, mas, que não chega nem aos pés desta obra-prima. Pegadinha sem graça e estúpida que os membros da Academia aprontaram com o genial Cameron.
 
Pode ser que os membros da Academia sacanearam, mas, o público não, e merecidamente premiou o filme com a maior bilheteria de todos os tempos e animou Cameron a mergulhar ainda mais na busca da evolução e produzir sua continuação. Inovador, perfeito em todos os sentidos, Avatar é uma obra-prima não somente dos blockbusters, mas, de toda sétima arte. Filmaço inesquecível, para ser visto e revisto, e a cada exibição, seja na telinha de um canal aberto, ou em blu-ray 3D, nos encantar e surpreender cada vez mais. Nota 10,0 é pouca para uma obra-prima ímpar.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Poster nacional do filme.
Abaixo, o trailer desta obra-prima da sétima arte.
 
 
 

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