terça-feira, 13 de novembro de 2012

MILIONÁRIOS ENCRENCADOS.

Dois lançamentos atuais refletem nas telonas, mesmo que timidamente, a crise econômica dos Estado Unidos.
 
Dois ricaços ferrados tentando sair da merda, cada um interpretado por um galã de épocas diferentes, ambos lançamentos  recentes nos cinemas. Cosmopólis, estrelado pelo galã atual Robert Pattinson, e A Negociação, estrelado pelo galã dos anos 80 Richard Gere, têm esses e outros pontos comuns, mas, também suas diferenças. São filmes que, mesmo que indireta e timidamente, refletem um pouco o clima pesado vivido pelos Estados Unidos em virtude da crise econômica
 
 
Em Cosmopólis, Pattinson interpreta (surpreendemente, não é força de expressão, o cara realmente deixa canastrice habitual e finalmente atua de verdade) Eric Packer, um jovem milionário do mundo financeiro, ameaçado por Deus e o mundo provavelmente por ter feito uma grande merda, que mal sai de sua limusine e só quer atravessar a cidade de Nova Iorque para cortar o seu cabelo, no mesmo dia que o presidente dos Estados Unidos está visitando a  cidade. Enquanto faz a entediante e melancólica travessia, o cara reflete sobre a sua crise financeira e existencial, ficando de olhos abertos pois sabe que sua vida está por um fio. Chatíssimo, paradão, muitíssimo entediante, mais uma vez o diretor David Cronenberg, com um filminho ruim, mas bastante paparicado pela crítica. Nem parece o mesmo cara que eu admirei por filmaços bizarros como o clássico oitentista A Mosca. O único mérito é construir criar um pouquinho de expectativa, e, principalmente, por tirar uma boa atuação de Pattinson, algo que, particularmente, achava que nenhum diretor conseguiria. Fora isso, o filme é uma verdadeira perda de tempo, conseguindo superar o também chatíssimo e entediante Um Método Perigoso, penúltimo trabalho do diretor. Nota 1,0 apenas por tirar leite de pedra do galãzinho atual.
 
 
 
Programado para chegar aos  cinemas brasileiros apenas em 14 de dezembro, mas, já disponível online, A Negociação traz Gere como Robert Miller, um magnata dos negócios ferrado, após um péssimo investimento. A merda só aumenta quando o cara resolve dar um rombo em sua empresa, para se manter firme a fim de passar a empresa adiante. Preste a fechar o cavalo de tróia que tornou-se a tal empresa, o cara  sofre um acidente automobilístico, matando sua amante, e fazendo que o policial detetive Michael Bryer (Tim Roth) pegue no seu pé, sequinho para ferrá-lo. Como se não bastasse tudo isso, sua filha e sócia na empresa Brooke (Brit Marling) descobre o rombo que o Mané aprontou. Infinitamente superior ao filme de Cronenberg, o filme até que prende a atenção e envolve, apesar de também ser arrastado e um pouco morgado, contando com uma razoável atuação de Gere, que em alguns momentos foge um pouco da sua canastrice habitual. Não é lá grande coisa, mas ao menos é um filminho interessante. Dar para encarar após tomar um enegético. Nota 4,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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