Leandro Hassum e companhia arrancam gargalhadas facéis com o mesmo besteirol de sempre.
Que a safra do nosso cinema não é das melhores, isso não é novidade nenhuma. Mas, como toda regra tem exceção, até agora, três filmes lançados este ano se destacaram e salvaram a pátria, sendo dois deles, ideias originais que saíram da mesmice (Dois Coelhos e À Beira do Caminho). Não é o caso, de Até que a Sorte nos Separe, filme que acabei de assistir na sala 1 do Complexo Kinoplex Maceió, que segue à risca a cartilha das comédias sobretudo, hollywoodianas, mas, que em compensação consegue arrancar gargalhadas facéis do público, com uma sucessão de besteirol clichê. Inspirado no best seller "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", o filme tem um roteiro regular, mas, com piadas velhas, mas, mesmo assim, surpreende por conseguir arrancar gargalhadas facéis do público, sem apelar, aliás, na verdade sem nenhum esforço.
A trama gira em torno do figuraça Tino (Leandro Hassum, como de costume), que teve a sorte de sua esposa Jane (Danielle Winits, regular) ganhar uma bolada na mega sena. Após quinze anos (ou se preferir cinco a dez minutos de exibição), a família torrou toda grana e cair na pindaíba. Quando prepara-se para contar a realidade a sua familia, sua esposa engravida, fazendo com que ele, se vire nos trinta, para que ela não saiba, envolvendo seus filhos e amigos na mentira, enquanto recebe consultoria financeira do seu vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas, esforçado), que Tino fazia questão de ostentar.
Dirigido por Roberto Santucci, o mesmo cara que dirigiu De Pernas Pro Ar, que inclusive, no dia 28 de dezembro ganha uma continuação, o filme é mais uma comédia boba, desprentesiosa, que como já foi dito, arranca gargalhadas praticamente sem esforço nenhum. O elenco embarca bem na brincadeira, demonstrando está nitidamente à vontade. Apesar de ser uma comédia previsível, surpreende, por ser realmente muita engraçada. O único ponto negativo é ter se arrastado um pouco a mais da conta, tornando o filme um pouco cansativo nos últimos, e desnecessários, vinte minutos, que são compensados pelas sequências hilárias exibidas na primeira metade dos créditos finais. Quem curte uma comédia bobinha, descompromissada, com muito besteirol, não pode deixar de assistir Até que a Sorte nos Separe, porque a diversão e as gargalhadas estão garantidas. Nota 8,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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