segunda-feira, 30 de julho de 2012

ENCERRANDO COM CHAVE DE OURO.

Nolan mais uma vez surpreende, encerrando no mesmo nível a inesquecível trilogia do homem-morcego.


Meia-noite da última sexta-feira, dia 27, e já estava eu, junto como meu amigo Rafael Lessa, para conferi na sala 6 do Complexo Kinoplex Maceió, a badala pré-estreia (com direito até as presepadas da equipe do programa televisivo local Fique Alerta) Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, encerramento épico da trilogia que não somente levou o homem-morcego à sério, como também é um marco inesquecível e, até agora, na forma de Hollywood  adaptar os heróis dos quadrinhos. Dirigido mais uma vez por Christopher Nolan, que além de contar mais uma vez com Christian Bale como o homem-morcego e seu alter-ego morcegão e com coadjuvantes de peso Gary Oldman, Michael Caine e Morgan Freeman, conta também com a gatinha (ops! Desculpe o tosco trocadilho. rsss...) Anne Hathaway, Marion Cortillard, Joseph Gordon-Levitt e um irreconhecível Tom Hardy, na pele do vilão da vez, Bane. Antes de comentamos este filmaço, um breve resumo sobre a trilogia.

Depois das presepadas da quadrilogia original dos anos 90, iniciada de forma até suportável por Tim Burton e desgraçada pelo imprevisível Joel Schumacher, todos achavam que o morcegão estava enterrado nas telonas. Até que os estúdios Warner resolveram dar mais uma chance ao herói, tendo a brilhante ideia de convocar o genial Christopher Nolan. Em 2005, Batman Begins chega às telonas do mundo inteiro pegando todo mundo de surpresa, com um filmaço excepcional, que conta de forma original e eletrizante a origem do herói. Com uma atuação excepcional de Bale, que de tão perfeita, em alguns momentos nos faz esquecer que Bruce Wayne e Batman são as mesmas pessoas. Batman Begins ainda contava com um elenco de peso,  com atuações inspiradíssimas de Caine, Freeman, Liam Neeson, Cillian Murphy e a atual ex-senhora Tom Cruise, Katie Holmes, para embelezar um filmaço nota 10,0.  Estava inaugurada uma excepcional trilogia que não somente, finalmente, levava o homem-morcego a sério, como também tornou-se um divisor de águas - e até agora insuperável - nas adaptações para as telonas dos heróis dos quadrinhos.

Mas, o melhor estava por vim, e em 2008 Nolan se superar com a obra-prima Batman - O Cavaleiro das Trevas, com um roteiro ainda mais elaborado e um elenco mais afiado, com destaque para a surpreendente e marcante interpretação do saudoso Heath Ledger, que simplesmente dar um show e arrebenta como o Coringa, entrando para a galeria dos vilões mais memoráveis da história do cinema. Um filmaço que consegue ser ainda melhor e mais marcante que o anterior, e que, obrigatoriamente, deve ser visto e revisto, principalmente, pelos apreciadores de uma ótima e inspirada atuação de um grande ator que, infelizmente, não viveu para ver sua impecável atuação e ser premiado. Os comentários deste filmaço nota 10,0  você pode conferir em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2011/08/aniversariante-que-presenteia.html.

É verdade que, na minha humilde opinião, Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge além de não superar o anterior, ainda segue à regra do terceiro filme de uma franqia ser o mais fraco. Mas, calma! O novo filme não é um filme ruim e Nolan, mais uma vez se supera, e nos presenteia com mais um filmaço. Com o roteiro bem mais elaborado de toda franquia, construindo perfeitamente a história e a psiqué dos personagens, o que resultou num filme extremamente longo, sem ser cansativo, a trama se passa oito anos após os fatos ocorridos no filme anterior (pena que o Coringa sequer é citado, algo que, para este blogueiro, é a única falha do roteiro excepcional). Inspirado pela falsa figura heroíca do falecido promotor Harvey Dent (Aaron , que tem um dia dedicado a ele, a cidade de Gotham vive um clima até certo ponto tranquilo, graças a eficácia da força policial, que segue à risca a Lei Dent (outra homenagem ao Duas-Caras), trancafiando a bandidagem. Tido como o assassino do herói da cidade, o morcegão saiu de cena e seu alter-ego Bruce Wayne (Bale, se superando na atuação), anda enclausurado na sua mansão, numa deprê pela morte da sua amada Rachel (Maggie Gyllehall, que substituiu Katie Holmes no filme anterior). Só que a aparente paz está ameaçada, já que no subterrâneos de Gotham, irá surgir uma grande ameaça, liderada pelo psicótico e maquiavélico Bane (Tom Hardy, irreconhecível e dando um show de atuação, superada apenas por Ledger), que pretende detornar uma bomba nuclear em Gotham, o que obriga Wayne a tirar o morcegão da aposentadoria.

Com um orçamento bilionário, tudo é grandioso neste filme, dos cenários gradiosos aos efeitos especiais excepcionais, onde Nolan prova mais uma vez que não é necessário recorrer a modinha do formato 3D para nos impressionar e encher os nossos olhos. O roteiro muito bem escrito, que faz uma perfeita ligação entre os filmes anteriores da trilogia (mais uma vez, deixo registrado minha indignação por sequer citar o Coringa), a trilha excepcional e as atuações inspiradíssimas, incluindo de Hathaway que me surpreendeu como a Mulher-Gato, só completam a qualidade excepcional deste filmaço que cumpre o que prometeu no trailer, sendo verdadeiramente a conclusão épica da trilogia. Nolan, Bale e companhia cumpriram de forma excepcional e maestral a missão, nos presenteando, mais uma vez, com outra obra-prima nota 10,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


 

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