Franquia estrelada por Sigourney Weaver está entre as melhores do gênero ficção científica.
Quatro diretores, cada um deixando a sua marca. Este feito inédito é uma das características da quadrilogia Alien, simplesmente uma das melhores do gênero de ficção científica. Outro ponto positivo é a presença de sua estrela, Sigourney Weaver, que simplesmente deu um show de atuação, principalmente nos três primeiros filmes, na pele de Ripley, a moça durona que encarar as temíveis criaturas do espaço com ácido no lugar de sangue, num futuro não muito distante. Cada um dos filme tem características próprias, refletindo a visão dos seus respectivos diretores, três deles ícones de sétima arte praticamente em começo de carreira. Efeitos especiais de primeira, uma criatura muito bem feita que mete medo até no fodástico Chuck Norris e enredos muito bem elaborados são outras características que fazem a quadrilogia Alien encabeça a lista dos melhores da ficção científica. Sem perder tempo, vamos aos comentários
"Seu grito não será ouvido no espaço!" Esta frase estampada no cartaz de Alien, O 8º Passageiro (1979) já preparava o expectador para o que estava por vim, uma verdadeira obra-prima do cinema. Dirigido por um quase estreante Ridley Scott (antes só tinha dirigido Os Duelistas, dois anos antes), que conduz com maestria um filmaço que dosa perfeitamente ficção, suspense e terror, a trama gira em torno de um tripulação que viajando de volta a terra, recebe estranhos sinais vindo de um asteroíde. Após investigarem, um dos tribulantes, Kane (John Hurt, excepcional) é atacado no rosto por uma estranha criatura, que tempo depois se desprende sozinha dele. Tudo parecia voltado ao normal, até que Kane tem um ataque durante a refeição e a tribulação descobre que ele foi hospedeiro de uma estranha e terrível criatura do espaço. Inicia-se uma asfixiante luta pela sobrevivência da tribulação.
Com um enredo muito bem escrito, que ganha força com um elenco afiadíssimo e efeitos especiais bem caprichados para a época, Alien, O 8º Passageiro tem todo climão de terror e suspense, que prende a nossa atenção e nos envolve do começo ao fim. Mas, sem sombra de dúvida, o grande mérito do filme é ter o genial Ridley Scott como diretor que nos presenteia com uma verdadeira obra-prima do gênero e de quebra, um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Em síntese, um filmaço excepcional que o tempo não apagou e até hoje insuperável. Nota 10,0.
Com o estrondoso sucesso de Alien, O 8º Passageiro, uma continuação era inevitável e para surpresa dos mais céticos, fomos presenteados por outra obra-prima: Aliens, O Resgate, dirigido desta vez por outro gênio da sétima arte, James Cameron, apenas no seu terceiro filme (o tosco mas divertido Piranhas 2: Assassinas Voadoras e o clássico O Exterminador do Futuro), pela primeira vez trabalhando com um orçamento milionário. Se Cameron surpreendeu o mundo com um fodástico filme estrelado por Arnold Schwarzenegger com orçamento bem reduzido, em Aliens, simplesmente mostrou toda sua genialidade. A trama se passa cinquenta e sete anos depois após a trama do primeiro filme, como Ripley acordando de um soninho básico e descobrindo que o tal lugar onde a tribulação da Nostromo foi colonizado. Sem nenhum sinal de vida dos colonos, a cooporação responsável por essa burrada, resolve mandar um equipe de soldados fodásticos, armados até os dentes, para averiguar está acontecendo e convencem Ripley de ir junto. O que a tropa de elite espacial não contava é que se meteriam numa guerra contra inimigos
Aliens, O Resgate surpreende em todos os sentidos, sendo um filmaço tão bom quanto original (para mim, ligeiramente melhor), com muito mais ação, sem perder o climão de suspense e terror, graçaos um roteiro muito bem escrito. De mocinha que tem que encara um monstrengo de calcinha para sobreviver, Ripley torna-se um Rambo do espaço e de saia, característica tão bem captar por Weaver que, merecidamente, lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Convocando quase todo elenco coadjuvante do clássico O Exterminador do Futuro, e com efeitos especiais de primeira, Cameron deita e rola nos presenteando com uma obra-prima do gênero, que à exemplo do seu antecessor, encabeça a lista dos melhores filmes de todos os tempos. Nota 10,0 é pouca para este clássico que também o tempo não e até hoje continua insuperável.
Em 1992, é a vez de outro genial diretor em seu primeiro filme, assumir a batuta de um filme da bem sucedida franquia em Alien 3. Na trama, após vagar décadas no espaço, a nave que transporta os três únicos sobreviventes do filme anterior, cai num sórdido planeta que abrigar uma colônia penal, onde apenas Ripley sobrevive. Mas, a moça não está sozinha já que a terrível e horrível criatura veio com ela e começa atacar todo mundo, exceto, Ripley, que no decorrer da trama descobrimos o porquê. Apesar de manter o mesmo climão de suspense, terror e ação dos seus antecessores, e de uma atuação excepcional de Weaver, que, corajosamente, raspa a cabeça, Alien 3 reduz um pouco o bom nível da franquia, com um roteiro que deixa um pouquinho a desejar. Mesmo assim, o então estreante Fincher também deixa sua marca pessoal na franquia e nos presenteia com outro filmaço empolgante e envolvente. Nota 9,5.
A franquia tinha tudo para se encerrar com chave de ouro se os produtores não inventassem de fazer mais um filme, em 1997, o vexatório (em comparação aos três antecessores) Alien, A Ressurreição. A trama se passa duzentos anos depois do filme antecessor, com a maquiavélica cooperativa clonando Ripley, com intenção de tentar recriar e domésticar a terrível criatura. Só que neste processo, o DNA da criatura se mistura com a Rambo de saia do espaço, que volta terrívelmente tosca e com uma estranha relação com as criaturas, que voltam à detornar com os seres humanos, entre eles, interpretados por Winona Ryder, que divide o protagonismo com Weaver e Ron Perlman, o eterno Hellboy. Dirigido pelo estreante Jean-Pierre Jeunet, o filme até que não é totalmente ruim, e tem seus méritos. Mas, em comparação aos seus antecessores apanha feio, com um roteiro que deixa muito a desejar. Não é nenhuma obra-prima como os três primeiros, mas, também não é nenhuma porcaria. Nota 7,5.
A terrível criatura ainda apareceu mais duas vezes nos dois divertidos, porém, desnecessários e totalmente inferiores as suas franquias originárias Alien x Predador, que coloca para brigar os dois alienígenas mais famosos do estúdio Fox. Dirigido e escrito por Paul W. Anderson, que abriu mão de dirigir o segundo filme da sua bem sucedida franquia Resident Evil, o primeiro filme, produzido em 2004, a trama se passa no tempo presente, onde um grupo de pesquisadores descobrem uma pirâmide sub-terrânea na Antártida, que eles não sabem estão habitadas pelas terríveis criaturas do espaço. Para salvá-los e ao mesmo tempo detonar com eles, surgem os terríveis predadores. Respeitando a mitologia das duas franquias, o filme consegue surpreender e ser melhor do que o esperado, com uma trama satisfatória que convence. Apesar de ser inferior as duas franquias, cumpre direitinho sua função de diversão bobinha e descerebrada.
Já o segundo filme, de 2007, se passa logo após os eventos do primeiro, só que numa cidadezinha do interior dos Estados Unidos, com as terríveis criaturas aliens tocando o terror e fugindo da nave dos predadores predador sobrevivente corre contra o tempo para combater as terríveis criaturas e quem acaba se lascando com a briguinha dos dois E.T.s são os seres humanos, entre eles a gatíssima Reiko Aylesworth, mais conhecida por aqui com a personagem Michelle Dessler, a esposa de Tony Almeida no já saudoso seriado 24 horas, fazendo às vezes de Ripley. Dirigido pelos ilustres desconhecidos irmãos Colin e Greg Strause, o filme não consegue repetir a qualidade do seu antecessor, numa trama simplória, nada convincente, num roteiro fraquinho, sem aprofundamento, bastante genérico, que não faz jus a nenhuma das duas franquias, desperdiçando o potencial dos personagens fodásticos espaciais que tanto amamos. A fotografia escuríssima é outro ponto que só piora as coisas. Não chega a ser uma merda, mas, também não é grande coisa. Descartável e esquecível. Nota 7,5 para o primeiro e 3,5 para o segundo.
Criaturas medonhas fodásticas que tanto amamos
se estranhando em dose dupla.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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