Junto com os mutantes do Professor Xavier, cabeça de teia abriu alas para os heróis da Marvel nas telonas, que chega ao seu ápice com Os Vingadores.
Muitos dos que assiste hoje nos cinemas o filmaço Os Vingadores - The Avengers, em especial os não familiarizados com o universo dos quadrinhos e de suas adaptações destes para as telonas não sabe que a Marvel, editora que abriga estes e outros personagens, amargou décadas de tentativas fustradas, fustrantes e toscas de emplacar seu elenco heroíco nas telonas. Para chega ao ápice com este filmaço do grupo mais cultuado do planeta, a Marvel deu virada espertacular e heroíca, digna dos super-heróis que abrigam, a maioria criados pelo mestre Stan Lee, precisamente no início deste milênio, com a estreia das franquias X-Men (já comentada aqui. Confira em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2011/06/de-volta-as-origens-mutantes.html ) e Homem-Aranha.
Maior e mais cultuado herói do universo Marvel, o cabeça de teia ganhou uma excepcional trilogia, produzida entre 2002 e 2007, dirigida pelo genial Sam Raimi, que calou a boca de muitos que desacreditavam no seu potencial, principalmente os fãs mais xiitas do herói, e tendo Tobey Maguire, se superando e dando um show na pele do herói e seu alter-ego o figuraça Peter Parker. Sem sombra de dúvida o grande mérito da trilogia, formada pelos melhores filmes de super-heróis da história do cinema, foi a manutenção de Raimi, Maguire e boa parte do elenco central nos três filmes, o que acabou dando continuidade lógica entre os filmes, nos presenteando com uma saga completíssima e quase perfeita, que, sem exagero nenhum, não fica atrás de outras trilogias, digamos, mais sérias, como O Poderoso Chefão, de Coppola.
O primeiro Homem-Aranha é um verdadeiro divisor de águas tanto da Marvel nas telonas como também do personagem que até aquele momento tinha no currículo fora dos quadrinhos algumas séries animadas e uma tosca, porém, divertida série televisiva. O filme traz a origem do herói, surpreendendo a apresentar um Peter Parker nerd e mais bobalhão, algo que Maguire sobre fazer muito bem, com uma atuação explêndida. Peter é um adolescente zero à esquerda, que sofre bulling dos colegas, apaixonadíssimo pela sua vizinha Mary Jane (Kirten Dunst, convicente) e que só tem como amigo o também introvertido Harry Osborn (James Franco, ótimo), filho do excêntrico e milionário cientista, Norman Osborn (Williem Dafoe, roubando a cena com uma das melhores atuações de sua carreira). Tudo começa a mudar quando, numa excursão rotineira de colégio, Peter é mordido por uma aranha radiativa. A ínicio assustado com a mudança em seu corpo, o rapaz vai conhecendo e utilizando aos poucos seus novos poderes, e como todo adolescente de sua idade, sem qualquer responsabilidade, até que o seu Tio Ben (Cliff Roberston), após lhe dar o famoso conselho ("Grandes poderes trazem responsabilidade!". Uma das frases mais inesquecíveis da história do cinema), é brutamente assassinado por um ladrãozinho barato, que minutos antes tinha cruzado o caminho do herói. Parker não somente acolhe o conselho do seu recém-falecido tio, como também resolve usar os poderes para ajudar as pessoas, combatendo a bandidagem. Pralelamente, Norman injeta sua fórmula experimental de super-soldado em si mesmo, surta, tornado-se o psicótico vilão Duende Verde, o maior arqui-inimigo do herói nos quadrinhos.
Finalmente, o herói ganha uma digna versão em carne e osso , estreando com o pé direito, num filmaço excepcional, com ação e humor na medida certa, somado a um elenco afiadíssimo, roteiro muito bem elaborado e efeitos especiais de primeira. Tudo isso, com a direção precisa do mestre Sam Raimi, que acabou nos presenteando com um dos melhores filmes de todos os tempos, repleto de sequências antológicas e inesquecíveis como a cena do beijo invertido do herói em sua amada Mary Jane e os memoráveis embates entre herói e o vilão Duende Verde. Homem-Aranha é uma verdadeira obra-prima dos blockbusters, que consegue a proeza de não somente agradar aos fãs de filmes inspirados em super-heróis dos quadrinhos com também dos cinéfilos que curtem um bom filme 100% diversão. Nota 10,0 é pouca para um clássico dos nossos tempos.
A segunda proeza de Raimi foi fazer uma continuação tão excepcional quanto o original, em 2004, com o também filmaço Homem-Aranha 2. Com os personagens devidamente apresentados no filme de estreia e mantendo basicamente o mesmo elenco, Raimi continua a saga do herói mais carismático dos quadrinhos. Parker passa por uma crise de identidade, já que ao mesmo tempo que deseja usar seus poderes em prol do povo nova-iorquino, ferrando com a bandidagem, quer viver uma vida normal, principalmente, tentando (re) conquistar seu grande amor, Mary Jane, que ele deu um toco no final do primeiro filme, e agora está noiva do astronauta John Jamerson (Daniel Gillies), que é filho do figuraça editor do Clarim Diário, J. Jonah Jamerson (J.K. Jamerson, cada vez mais hilário e impressionante com a sua perfeita caracterização do personagem, idêntica aos quadrinhos). Como o psicológico sempre acaba provocando reações no corpo, Parker perde seus poderes temporariamente e passa a viver tranquilarmente como um pacato cidadão Mané. Algo que dura pouco já que o Dr. Otto Octavius (Alfred Molina, convicente), cientista que ele admira, sofre um acidente durante uma exibição cientifíca mal-sucedida, tornando-se o vilão Dr. Octopus, que se unirá ao seu quase ex-amigo Harry, para detornar com ele.
Com muito mais ação e humor, novamente na dosagem certa, Homem-Aranha 2 mantém o mesmo nível excepcional do original sendo um filmaço. Raimi nos presenteia com um roteiro ainda mais bem elaborado, com um elenco ainda mais afiado, efeitos especiais ainda mais caprichados (a cena do metrô onde o herói enfrenta Dr. Octopus e depois tem que salvar um trem em movimento de um desastre eminente é de tirar o folêgo de tão empolgante). Mas o grande diferencial é a direção primorosa de Raimi, que nos presenteia com outra obra-prima do cinemão entretenimento, repleto de sequências ainda mais eletrizantes e, de quebra, com um dos finais felizes mais românticos e emocionantes da história do cinema. Em síntese, a segunda aventura nas telonas de um dos mais queridos e simpáticos super-heróis dos quadrinhos é um filmaço excepcional e assim como o filme de estreia, a nota 10,0 é pouca.
Seguindo a tradição da maioria dos terceiros filmes serem o mais fraco de uma franquia, Raimi encerra a franquia em 2007 com Homem-Aranha 3. Neste caso, mais fraco não quer dizer pior ou queda de qualidade, muito pelo contrário, pois tudo vem melhorado em dose tripla. O fraco aqui refere-se apenas a comparação aos outros dois anteriores, a despedida de Raimi, Maguire e cia do universo do personagem, já que Homem-Aranha 3 é um filmaço que figura entre as melhores da história dos blockbusters. Na trama, o herói está de boa, conseguindo conciliar sua vida dupla de herói dos nova-iorquino e jovem comum, só love com sua amada Mary Jane. Numa bela noite de namoro ao luau, Vennon, um grotesca e minúscula, porém destrutiva, criatura simbiótica, chega do espaço e mais devagarzinho que a música do nosso Martinho da Vila, vai se aproximando e tomando conta do nosso herói. Como se desgraça só não bastasse, Flint Marko (Thomas Harden Church, em perfeita caracterização quase idêntica aos quadrinhos), bandido que supostamente matou o Tio Ben, reaparece e numa fuga sofre um acidente, tornando-se o vilão Homem de Areia. Além de enfrentar o vilão e si próprio possuído por Venon, nosso herói ainda terá que enfrentar seu ex-amigo Harry, agora assumidamente é o vilão Duende Macabro. Pense que os problemas do cabeça de teia acabaram? Sem chance, já que ele ainda terá que encarar uma crise no relacionamento e ainda o pentelho Eddie Brock (Topher Grace), um rival fotógrafo. Ufa! Haja estresse!
Raimi pisa na bola e encerra frustrando sua trilogia com um bom filme, mas repleto de erros no roteiro, que acabou gerando situações ridículas. As atuações são perfeitas e os efeitos ainda mais impressionantes. Só perde para os anteriores por ser um filme com uma dosagem trágica anunciada, porém, necessária para o desfecho da saga. Mesmo sendo, em comparação com os antecessores, o mais fraco da série, o fato é que Homem-Aranha 3 é um filme que não chega a ser uma merda, mas, frustra demais, principalmente após um filmaço tão fodástico e cultuado pelos fãs. Final indigno para uma trilogia tão excepcional. Nota 7,0. Independente desta derrapada, o fato é que, sem sombra de dúvida, Raimi, Maguire e todos os envolvidos na trilogia, marcaram para sempre não somente a história do cinemão hollywoodiano de entretenimento, como também das adaptações dos quadrinhos para as telonas.
A excepcional trilogia de Raimi, infelizmente, chegou ao fim, mas não a saga do herói aracnídeo no cinema, já que este ano, ele volta em O Espertacular Homem-Aranha, onde sua saga é reiniciada, ignorando totalmente os filmes anteriores, com novos diretor e atores. Particularmente, além de não gostar da ideia do afastamento dos envolvidos na trilogia original e deste título tosco e ridículo que remete aquelas animações infantis dos anos 60 e exibida por aqui nos anos 80, no extinto Xou da Xuxa, o trailer não me agradou, principalmente, o novo interprete do herói, Andrew Garfield. Espero está errado e que o novo filme nos surpreenda tanto quanto o filmaço de estreia do herói. Vamos esperar para o dia 06 de julho, data prevista para o filme estreiar aqui no Brasil, para tirarmos nossas próprias conclusões. Mas, para ser sincero, duvido que a nova franquia (antes mesmo do lançamento, o segundo filme já está agendado para 2014) consiga superar uma trilogia tão excepcional.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Recordar é Rever de fato. Tenho aqui os 3 filmes e revejo de vez em quando. Só uma correção: o "pentelho" Eddie Brock não era noivo de Gwen Stacy no 3º filme, mas somente "pentelhava" ela. Ele queria apenas.
ResponderExcluirA minha avaliação seria mais ou menos invertida da sua: o primeiro filme na minha opinião foi o "menos bom"; o segundo mais equilibrado e o terceiro, o mais eletrizante.
A princípio li sobre rumores de que Sam Raimi filmaria mais 3 filmes. Creio que seria melhor, lembrando que em time que está vencendo, não se mexe... Há porém avaliações negativas da trilogia de Raimi em alguns sites, sobretudo o 3º, considerado apenas um "espetáculo de efeitos especiais", como se não tivesse drama, ação, atuações ótimas...
Enfim, independente de opinião, foi uma trilogia marcante.
Oi Cristiano!!!! Muito obrigado pela sua correção e por sua opinião!!!!!
ExcluirSobre os rumores, de fato Raimi iria dirigir mais três filmes, mas, devido a confrontos de interesses entre ele e os produtores, acabou não vingando, e uma nova franquia surgindo. Confira em detalhes neste link:http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-100773/
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