Filmes.
Pré-estreia em clima de futebol.
Mais uma vez a direção do Centro Cultural SESI inova e realiza mais um interessante evento. Desta vez foi a pré-estreia do filme nacional Heleno, onde quem fosse vestido com a camisa do seu time, entraria gratuitamente na sala do Cine SESI para conferi o filme. Ideia criativa e ousada, que merece os nossos sinceros parabéns! Como cinéfilo, não perdi tempo, vesti a camisa antiga do meu glorioso CSA e fui conferi este filme, numa sessão lotada, a maioria de botafoguenses. Dirigido por José Henrique Fonseca, Rodrigo Santoro interpreta Heleno de Freitas, um dos primeiros bad boy do futebol brasileiro, que pelos excessos cometidos em vida faz outros jogadores polêmicos da atualidade, que não vale a pena citar, serem santos. Com uma vida desregrada, Heleno de Freitas, se auto-destruiu, sendo mais conhecido por seus escandâlos decorrentes principalmente do seu temperamento explosivo que não poupava nem seus colegas de time e seu vício em éter do que pelo seu talento com a bola no pé.
O filme foca justamente o lado negativo do atleta fora dos campos e praticamente ignora seu inegável talento dentro dos campos, tão elogiado pelos mais antigos comentaristas esportivos, sobretudo os que o viram atuar. Sem um ordem cronológica dos fatos apresentados (alternando a fase terminal de Heleno com o seu auge) e sem aprofundar a vida do personagem, o roteiro deixa muito a deseja e acaba gerando um filme um pouco arrastado e tedioso. Salva-se apenas pela excepcional fotografia em preto-e-branco e as boas atuações de um elenco competente, com destaque para Santoro que faz um gol olimpíco de interpretação, driblando a escassez de profundidade do personagem. Um atuação brilhante, principalmente na fase terminal do atleta, que nos ignorar o roteiro fraco e sem emoção. Em síntese, um filme salvo por apenas dois méritos, mas, que fizeram bastante diferença no produto final não ser um fiasco total. Pode até fustrar os fãs do esporte, mas, que serve de alerta para todos os atletas, amarem verdadeiramente o time que defendem (aliás, o verdadeiro Heleno, nada parecido fisicamente com Santoro, aparece nos créditos finais, através de várias fotografias da época.), como também não desperdiçarem seus talentos com excessos e se auto-destruirem como fez Heleno. Nota 6,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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