Filmes.
O hilário e comovente surto de um Papa.
O que se passa na cabeça de um homem ao ser eleito para está a frente da maior e mais antiga Igreja Cristã da humanidade? É em cima desta premissa que desenvolve o enredo da comédia dramática italiana Habemus Papam que eu conferi no final da tarde do último sábado na tela do Cine SESI Pajuçara. Após o Conclave, o Cardeal Melville (Michel Piccoli, ótimo), eleito novo Papa, cai a ficha da grande responsabilidade de conduzir a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e surta no momento exato que iria ser apresentado ao mundo como novo Pontífice. Para ajudá-lo a sair da sua neura, os cardeais convocam o Dr. Brezzi (Nanni Moretti) melhor psicanalista italiano e que simplesmente é ateu. O filme tem um roteiro razoável que dosa na medida certa os dois gêneros tão antagônicos, mas, acaba se perdendo um pouco da segunda metade até o tosco e fraquíssimo final, que fustra bastante o público que se diverte e se envolve no dilema do novo Papa. Apesar disso, Habemus Papam é um filme acima da média e consegue, ao mesmo tempo, arrancar risada e nos sensibilizar, e ainda por cima consegue a proeza, cada vez mais inedita nos dias de hoje, de tocar num tema tão delicado, sem ser em nenhum momento ofensivo a Igreja Católica e aos seus representantes. Vale a pena conferir. Nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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