segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

UMA MELHORA SIGNIFICATIVA.

Filmes.
Uma melhora significativa.

Depois de uma decepcionante semana de estreia, a sessão Festival de Sucessos da Rede Globo deu uma considerável melhora na programação. Apesar de, infelizmente, ainda ser exibidos filmes mais recentes, onde poucos de fatos fizeram sucesso de bilheteria, deixando no porão filmes excepcionais que nunca mais foram vistos na telinha, desta vez acertaram em exibir um ótimo título e alguns regulares, mas todos bem melhores que a maioria exibida na semana passada, como você pode conferir os comentários a partir de agora.

A semana começa com  a exibição de um verdadeiro campeão de bilheterias. Trata-se da comédia teen Superbad - É Hoje, que será exibida na madrugada de hoje para amanhã. A trama gira em torno de Evan (Michael Cera) e Seth (Jonah Hill), dois amigos de infância que estão prestes a se separar, pois irão estudar em faculdades diferentes. Mas, antes, querem superar seus problemas com as mulheres, tentando impressionar as gostosonas do colégio, Jules (Emma Stone) e Becca (Martha Maclsac), suas paixões. Como podemos perceber só por esta sinopse, o filme tem um enredo idêntico a maioria massacrante das comédias do gênero. No caso de Superbad, que também lembra ligeiramente uma versão teen de Se Beber, Não Case!  pelos personagens centrais parecerem um pouco fisicamente com os coroas doidões deste filme, nada tem a acrescentar e abusa de todos os clichês do gênero. Apesar disso, as piadas funcionam bem, graças aos esforços e atuações razoáveis da dupla de protagonistas e de Christhopher Mintz-Plasse, que se destaca a mais que os colegas como o Foggel, que completa o trio de amigos figuraças em busca de se dar bem  com as minas. Em síntese, uma comédia boba e previsível que diverte e até chega arrancar algumas risadas. Não chega a ser uma das melhores do gênero, mas é superior a maioria que já foram produzidas. Diversão descomprometida perfeita para terminamos bem o dia.

No dia seguinte é a vez da excelente aventura A Liga Extraordinária, estrelada por Sean Connery que interpreta o aventureiro Alan Quartemain (aquele que sai em busca das míticas minas do Rei Salomão, no livro e filmes homônimos), que no final do século XIX, é convocado pela rainha Vitória para combater um perigoso vilão que deseja conquistar o mundo. Para ajudá-lo nesta difícil missão, ele forma uma equipe, composta por outros personagens clássicos da literatura mundial como Dorian Gray (Stuart Townsend), Dr. Jekyll (Jason Flemyng), Mina Harker (Peta Wilson), Capitão Nemo (Naseeruddin Shah), entre outros. Com um roteiro criativo e muito bem escrito, o filme é uma divertida aventura que empolga, graças as eletrizantes e caprichadas cenas de ação, muito bem realizadas e as ótimas atuações do seu elenco que estão bem a vontade nos seus personagens e não se intimidam em contracenar com o excecpional Connery. O filme marcou a despedida com chave de ouro do veterano ator, que hoje encontra-se de pernas para o ar, curtindo a sua merecida aposentadoria. Disparado, até agora, é o melhor filme exibido na sessão Festival de Sucessos deste ano e também um dos poucos que realmente foram sucesso de bilheterias.

Quando fui pesquisar no site da emissora para escrever esta postagem, fiquei animado ao ver que de quarta para quinta será exibido Encontro às Escuras. Mas, como alegria de pobre dura pouco, a fustração veio logo em seguida, pois constatei que não se tratava da engraçadíssima comédia de 1987 estrelada por Bruce Wills e Kim Basinger, mas uma homônima descartável comédia romântica de 2006 que conta a história de um jovem cego (Chris Pine, convicente) que está a procura de um amor. Seu irmão (Eddie Kaye Thomas, mais conhecido como o pegador da mãe do Stifler nos três primeiros American Pie) arruma alguns encontros às escuras desastrosos. Até que um dia, ele conhece e sai com Leeza (Anjali Jay) uma jovem indiana comprometida, que trabalha como atendente de um consultório médico. Obviamente os dois se apaixonam e terão que superar as diferenças culturais para ficarem juntos. O filme é uma desprentesiosa comédia romântica, bobinha e totalmente sem graça como a maioria das produções do gênero. Com certeza, o filme mais fraco da semana exibido na sessão de cinema tapa buraco da Rede Globo. É melhor desligar a TV e ir dormir tranquilamente.

Na madrugada seguinte, é a vez do baixinho Jean Claude Van Damme dar as caras na sessão, em mais uma tosca e atual produção classe "C" . Como na maioria de suas produções atuais, no descartável Operação Fronteira, Van Damme liga o piloto automático e segue em frente, dando vida robótica a Jack Robideaux, um policial recém-transferido para a patrulha de fronteira, que irá encarar um grupo de renegados da Forças Especiais que agora vive do tráfico de drogas. Os toscos e patéticos bandidões não contavam que o novato patrulheiro no pedaço iria partir com tudo para cima deles e acabar com sua festa. Mais uma produção medíocre da atual fase decadente do astro de ação que até empolga em alguns momentos, com regulares sequências de ação, mas, em comparação aos seus filmes antigos, que realmente são bons, apanha feio. Em síntese, outro filminho fraco que dar para ir para cama sem ele.

Encerrando a semana é a vez da tosca, mas engraçada comédia O Pequenino, dirigida e estrelada pelos figuraças irmãos Wayans (mais uma vez, Kenen Ivory dirige enquanto que Marlon e Shawn estrelam) , que já nos presenteou com as excepcionais As Branquelas e o primeiro, e disparado o melhor da quadrilogia, Todo Mundo em Pânico. Baseado num desenho animado, o enredo do filme é bastante tosco e bobinho. Um diamante roubado vai parar por engano na bolsa de Vanessa (Kerry Washigton), uma linda dona de casa. Seguindo a moça e descobrindo que ela deseja muito ser mãe, Calvin (Marlon Wayans), o ladrão da jóia que é um tosco anão, resolve se passar por bebê, sendo acolhido pela moça e o seu marido Darryl (Shawn Wayans).  O enredo é desculpa esfarrapada para humor politicamente incorreto dos Wayans reinar absoluto durante todo filme, criando situações engraçadas de tão absurdas que são. Não é o melhor filme dos Wayans, mas, diverte e arranca algumas gargalhadas. Junto com A Liga Extraordinária, evidentemente resalvando as devidas proporções, é o melhor filme exibido, até agora, na sessão.

Com a melhora significativa, porém, ainda não saindo do comum, a sessão global deu um salto qualitativo  em comparação a semana de estreia. Apesar disso, ainda está longe de fazer jus ao seu título, já que dos dez filmes programados até agora, pouquíssimos realmente fizeram sucesso de bilheterias. Esperamos que a próxima semana seja ainda melhor. Quem sabe somos supreendidos com a exibição de excecpcionais filmes mais antigos, afinal, milagres sempre acontecem. E neste caso nem é preciso um, apenas criatividade e boa vontade daquele (s) que programa (m) os filmes da emissora carioca.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 






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