Missões muito bem cumpridas
A primeira pre-estreia a gente nunca esquece. E quando esta é de um novo filme de uma das melhores e mais empolgantes franquias da história do cinema, fica mais inesquecível. Nossa, faltam palavras para externar a minha alegria a participar, na última terça-feira, na sala 3 do Complexo Kinoplex Maceió, da pré-estreia do filmaço Missão: Impossível - Protocolo Fantasma, quarto filme da excepcional franquia produzida e estrelada por Tom Cruise, que simplesmente humilha várias franquias, principalmente as modinhas como a recém-extinta Harry Potter e a quase lá, A Saga Crepúsuculo, que, se levam uma vantagem não fazendo feio na bilheterias, por causa dos fãs apaixonados, levam um surra e apanham pesado dos filmes do agente Hunter e sua equipe, no quesito ótimos filmes. Antes de comentar o novo filme e só para fazer o mal e deixá-lo mais curioso, alguns comentários dos primeiros filmes da franquia.
Um astro hollywoodiano de grande prestígio e quatro diretores, cada um com seu estilo próprio, que vão dos experientes e geniais Brian De Palma e John Woo aos estreantes em longas J.J. Abrams e Brad Bird. Quem diria que esta fosse a receita do sucesso para uma franquia baseada numa divertida série televisiva que fez tanto sucesso que até hoje tem fãs espalhados mundo a fora. A franquia Missão: Impossível impressiona por ser compostas por quatro filmes excepcionais, cada um como os seus diretores completamente livres para fazer seus filmes ao seu modo. Algo inédito vindo da indústria hollywoodiana, principalmente, por ter um astro, no caso Tom Cruise, como um dos produtores. Um feito impossível de se imaginar, bem nas proporções das missões encaradas pelo agente Ethan Hunt e sua competente equipe.
A franquia fez seu debute nas telonas em 1996, pelas mãos do genial Brian De Palma, no eletrizante Missão: Impossível. Na trama, somos apresentados ao agente Hunt que numa missão em Praga, cai numa cilada, vitimando toda sua equipe. Tido com traidor, Hunt corre atrás do prejuízo, a fim de livrar a sua cara da injusta acusação, descobrir e pegar os verdadeiros culpados. Mais uma vez, Brian De Palma (vale salientar que nove anos antes, De Palma tinha feito de uma adaptação de uma série televisiva, uma obra prima com Os Intocáveis.) transforma uma simples adaptação para o cinema de uma série televisiva num filmaço eletrizante, com ação e suspense na dosagem exata, nos presenteando com cenas antológicas e empolgantes de tirar o fôlego. Os efeitos especiais são excepcionais e impressionam. Na mesma proporção que o filme tem ação, pipocam na tela grandes atores como Jon Voight, Vanessa Redgrave, Jean Reno, Kristin Scott-Thomas, entre outros. Disparado um dos melhores filmes de ação de todos os tempos. Numa franquia como filmes praticamente empatados, para mim o primeiro filme tem uma ligeira vantagem sobre os demais. Nota: 10,0.
Era inevitável que um filmaço excepcional como Missão: Impossível fizesse um estrondoso sucesso. E em Hollywood, o mínimo de sucesso que um filme faça inevitavelmente gera uma continuação. E em 2000, o agente Hunt volta ainda mais fodástico, desta vez pelas mãos do mestre de filmes de ação John Woo, no frenético Missão: Impossível - 2. Se no primeiro filme, Hunt corria contra o tempo para se safar, desta vez, o agente reúne sua equipe para salvar o mundo da ameaça de um vírus letal, que caiu nas mãos do renegado agente Sean Ambrose (Dougray Scott). Desta vez o suspense é deixado um pouco de lado, dando lugar a mais cenas de ação mirabolantes, bem ao estilo de Woo, com direitos aos pombos voando no meio do tiroteio. O elenco, apesar de menos estrelar que o primeiro, está afiadíssimo. Além de Cruise, conta também com Ving Rhames, a lindíssima Thandie Newton e até se dar ao luxo de ter o excepcional Anthony Hopkins, numa ponta não creditada, como o chefe da missão. Em síntese, outro filmaço da franquia que está na lista dos melhores filmes de ação de todos os tempos, e de quebra, ainda contribuiu diretamente para a mais perfeita caracterização de um herói dos quadrinhos, já que Dougray Scott se machucou nas filmagens, dando lugar a um certo Hugh Jackman, lhe substituir no papel de Wolverine no primeiro filme da franquia X-Men. Nota: 9,5.
Depois de seis anos do último e dez anos da sua estreia nas telonas, Missão: Impossível - 3 chega as telonas pelas mãos de J.J. Abrams, vindo do sucesso das série televisivas Alias e Lost, fazendo sua estreia nas telonas. Desta vez, Hunt está de boa, trabalhando apenas como instrutor de novos agentes e prestes a casar com Julia (Michelle Monaghan). A pacata vida do agente vai pelos ares quando uma de suas alunas é capturada pelo sádico Owen Davian (Philip Seymour Hoffman). Hunt reune uma nova equipe e sai atrás do bandidão, antes que ele detorne com a moça e com seu próximo alvo: sua esposa. O filme segue a regra do terceiro filme da franquia é o mais fraco. Mas, não se esqueça que estamos falando de qualquer franquia, mas de Missão: Impossível, onde todos os filmes são excepcionais e empatados tecnicamente. Logo, fraco não quer dizer um filme ruim. Muito pelo contrário, já que o terceiro filme manter o nível excepcional da franquia. Nota: 9,0.
Enfim, depois de um pequeno resumo, onde comentei brevemente os três primeiros filmes, vamos aos comentários do novo filme. Missão: Impossível - Protocolo Fantasma, começa Hunt sendo resgatado de uma prisão russa e recebe a missão, junto com a sua nova equipe, de pegar códigos que ativam mísseis, nas mãos da bandidagem. No decorrer da missão os caras explodem o Kremlin e Hunter é tido como o culpado, o que faz o presidente dos Estados Unidos ativar o tal Protocolo Fantasma, que desativa toda a agência IMF. Evidente que Hunt e sua equipe formada por um geniozinho figuraça (Simon Pegg, roubando cena), um agente em busca de vingança (a lindíssima Paula Patton) e um analista, ex-agente (Jeremy Renner, apontado com o futuro astro da franquia) ignoram a ordem presidencial e mais uma vez correm o mundo, com a finalidade de limpar os seus nomes e detonaram a bandidagem.
Com um roteiro muito bem escrito, repleto de reviravoltas, o filme mantem o mesmo excelente nível da franquia, com ação do começo ao fime e desta vez acrescentando mais humor. Com um ritmo frenético, as sequências são de tirar o fôlego, e mesmo que façam o gênero "me engana que eu gosto", tão comum na franquia e sendo previsíveis por nós, meros espectadores, conseguem provocar reações e torcidas animadas. Isso graças a competente direção do diretor Brad Bird, que estreia com chave de ouro em seu primeiro filme com atores reais (ele dirigiu apenas três animações: O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille) que além de nos presentear com sequências excepcionais, arranca boas atuações do elenco menos estrelar de toda franquia.
Cruise continua cumprindo direitinho o papel do agente, numa atuação razoável e aparentemente se divertindo bastante atuando na franquia, assim como Renner, com um personagem que provavelmente crescerá tanto que será o próximo protagonista da franquia. Mas, o grande destaque é Simon Pegg, que está mais hilário do que nunca e rouba a cena na pele do figuraça Benji, um agente que é uma espécie de CDF da equipe. Outro que estreiou com tudo na franquia e dificilmente, deixaremos de vê-lo nos próximos filmes.
Com um ritmo frenético e sequências eletrizantes que ganham ainda mais destaque com os efeitos ainda mais caprichados, Missão: Impossível - Protocolo Fantasma é um filmaço de ação de primeira que mantem o nível excepcional da franquia tão bom quanto os filmes anteriores. Muito mais que um filme de ação é um espetáculo visual único, que obrigatoriamente precisa ser conferido nas telonas. Mais uma missão cumprida! E que venham as próximas! Nota: 9,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Cruise fazendo pose, enquanto o Kremlin explode atrás dele. Abaixo, trailers das outras missões da franquias, infelizmente, sem legendas. |
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