Filmes.
Escritor medíocre em dose dupla nas telonas.
Era uma vez um escritor norte-americano chamado Dan Brown, que mesmo tendo três livros escritos em quase dez anos de carreira, não despertava interesse dos produtores hollywoodianos. Numa indústria sedenta de novas ideias, é uma prova inequívoca que ele e sua obra não são lá grande coisa e beira a mediocridade. Até que um belo dia, lançou seu quarto livro O Código Da Vinci, que fez um estrondoso sucesso editorial, não por méritos próprios, mas, pela polêmica causada por fanáticos religiosos, que encararam a obra meramente ficcional escrita por Brown, como supostas verdades históricas descritas pelo autor, logo, heresias contra Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Igreja, o que acabou dando a obra e ao seu autor mais atenção que realmente mereciam. Falar mal de Jesus e da Igreja não é novidade nenhuma, já que outras obras e autores já tinham feitos isso, inclusive, tocando em temas bem mais polêmicos, agressivos e heréticos, e simplesmente foram ignorados. Mas, de alguma maneira, um escrito de livros de ficção mexeu tanto com o sentimento religioso de muita gente.
Particularmente, eu li o livro e posso dizer que é claramente visível no decorrer da leitura que ou Brown tem uma imaginação muito fértil ou ele fumou muita nóia antes de escrevê-lo para viajar tanto na maionese. Logo, ele e sua obra não devem jamais ser levados a sério. Mas, enfim, O Código Da Vinci estourou e, evidentemente, ganhou uma versão hollywoodiana em 2006, e de quebra, abriu portas que outro livro de Brown, Anjos e Demônios (em breve O Símbolo Perdido também) ganhasse as telonas. Sobre os filmes já realizados, ambos são dirigidos pelo competente Ron Howard e estrelado por Tom Hanks como o simbologista Robert Langdon, um herói muito mais cuca do que músculos.
O Código Da Vinci manter o mesmo enredo do livro. Na trama, Langdon é convocado às pressas pela polícia francesa, para ajudar na investigação do brutal assassinato curador do Museu do Louvre e amigo de Langdon. Ao lado da neta do finado (Andrey Tautou, apenas colírio para os olhos masculinos), o simbologista se envolve numa trama muito louca, que inclue várias pistas, símbolos, reviravoltas e vilões católicos, vestidos de hábito, que querem impedir a todo custo, que o grande segredo da humanidade, no caso o relacionamento amoroso entre Jesus e Maria Madalena, que gerou descedentes, não seja descoberto, o que poderia leva a Igreja e a fé em Nosso Senhor à extinção. Sinceramente, impossível levar a sério uma trama tão louca como essa. Burrice daqueles que protestaram, que só ajudaram na divulgação desta viagem muito louca, brôw.
Apesar de manter o mesmo enredo do livro e ter o seu roteiro escrito pelo talentoso Akiva Goldsman, o filme é decepcionante e não empolga. Nem mesmo os vinte e cinco minutos a mais no DVD Especial Duplo, consegue captar todo clima frenético e envolvente do livro. O filme não convence, mesmo com um elenco de primeira que além de Hanks e Tautou, conta com outros excelentes atores como Ian McKellen, Alfred Molina, Jean Reno e Paul Bettany, todos apáticos em seus personagens, um desperdiço total de tanto talentos juntos no mesmo filme. Salva-se apenas a razoável fotografia, que foi realçada pelas ótimas locações. Em síntese: vá ler o livro que é bem melhor.
Não preciso dizer que, apesar de ser um filminho morno e sem graça, O Código Da Vinci foi sucesso de bilheterias e três anos depois o trio Goldsman, Howard e Hanks voltam a encarar uma obra de Brown. Apesar dos fatos ocorrerem antes dos mostrados em O Código Da Vinci, na versão para as telonas de Anjos e Demônios, a trama se desenrola após a primeira aventura cinematográfica do simbologista exageradamente super-gênio. Desta vez, Landgon é chamado, mais uma vez às pressas, pelo Vaticano para investigar o desaparecimento de quatro cardeais e impedir um ataque terrorista previsto para acontecer em pleno Conclave, logo, vitimando não somente os cardeais, mais as milhares de pessoas, fiéis católicos e membros da imprensa, presentes a sede da Igreja Católica, num momento tão importante, onde todos querem ver a fumaça branca, acompanhada da frase "Habemus Papa!", ao invés de virar fumaçinha, mandadas pelo ar após a explosão de uma poderossísma bomba de energia.
Com um elenco menos estrelar que o filme anterior (além de Hanks, apenas Ewan McGregor é um rosto conhecido do grande público), mas desta vez com interpretações razoáveis, o filme é uma agradável supresa, pois é envolvente, frenético e prende a atenção do começo ao fim, um thirlley de suspense bem acima da média. Não li ainda o livro, mas, acredito que desta vez Akiva Goldsman e Ron Howard, captaram perfeitamente todo o clima do livro, nos presenteando com um filmaço empolgante, infinitamente superior ao seu antecessor. Em síntese: neste caso, além de ler o livro, assista também o filme. Imperdível mesmo!
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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